CAPITULO XIX
Me preparei para ir a prefeitura, tive reunião com o seu Daniel e o Rafael, precisava entender como aquela cidade funcionava, eles me contaram sobre os vereadores e o pessoal da prefeitura na realidade o prefeito não tinha muita autonomia dependia dos vereadores para administrar a cidade, a maioria dos cargos na prefeitura infelizmente eram políticos e como os vereadores eram ligados ao pai do Gus e do Vini eu teria que primeiro fazer eles entenderem que os pais dos meninos já estavam sem poder financeiro.
Para isso eu contei com a ajuda de todos, inclusive dos meninos e do Joca, enquanto seu Daniel e o Rafael espalhavam nas esferas mais altas que o Gus era o herdeiro de tudo e portanto o pai dele ia ficar sem as empresas, ou seja sem dinheiro, os meninos espalhavam na cidade a mesma coisa, só que nos lugares certos, bares, restaurantes, escolas onde eles pudessem falar, a fofoca iria correr rapidamente por toda a cidade e claro eles já eram odiados por muita gente, muitas pessoas eu já sabia que estavam felizes com isso.
Combinei com o seu Daniel de nos encontrarmos na prefeitura no mesmo dia, ele iria mais cedo e eu e o Gus mais tarde. Ele iria trancar um pouco o Prefeito eu sabia quem eu queria primeiro. Ele era famoso na cidade.
Era o secretário da Fazenda, eu achei engraçado uma prefeitura tão pequena com títulos tão grandes, já tinha levantado toda a ficha dele, ele era responsável por todo o movimento financeiro tudo passava pela mão dele, e claro ele era mandado pelos vereadores da cidade, não que não houvesse gente descente na câmara, mas sabemos como isso funciona. Provavelmente era através dele que o pai do Gus estava conseguindo que o dinheiro da fundação que a prefeitura devia não saísse, os contratos do Murilo fossem revogados, e claro o material da escola do Tavinho não saísse e o Vini fosse afastado do posto de saúde, eu ia acabar com isso de uma tacada só, iria fazer ele entender que outras pessoas estavam assumindo o lugar do pais do Gus e do Vini, e que o jogo estava mudando. Caso ele não notasse eu já tinha um plano na manga.
Quando entramos na prefeitura, era tudo bagunçado, péssimo atendimento, fomos encaminhados para uma sala e ficamos esperando pelo prefeito, esperando demais já pro meu gosto, eu avisaria o seu Daniel quando ele poderia sair da reunião com o prefeito quando a porta abre e entra um homem engravatado todo empertigado quase comecei a rir tal a arrogância do dito cujo.
- Desculpem o atraso, mas o prefeito está em reunião, talvez ele não possa lhes receber hoje, podem me adiantar o assunto e verei o que eu posso fazer. – Era um senhor de uns 60 anos, já não gostava dele antes de conhecer agora então muito menos. -
- E você é? – eu não ia deixar por menos, ia implicar só um pouquinho. -
- Arthur Ribeiro, sou o secretário da fazenda. – eu tava me segurando pra não rir, pela cara dele ele achava um absurdo nós não sabermos quem ele era. -
- Bem nós estamos aqui para saber sobre nosso contrato com a Prefeitura, as verbas do abrigo que representamos estão atrasadas conforme o convenio realizado entre nós e a prefeitura, não sei se o senhor está por dentro dos nossos pagamentos. – Claro que ele sabia quem a gente era e o que queríamos aqui. O Gus só ficou me olhando. -
- Bem senhores, já que são bem diretos vou resumir para vocês, com a crise vamos ter um corte significativo com as verbas, temos muitas coisas mais importantes para resolver. Sabe que a prefeitura reduziu os custos com esse tipo de ajuda, não poderemos fazer mais nada por esses delinq...rapazes. – Filha da puta, tá bem eu tava levando de boa, mas...-
- Interessante, passar o problema para os outros e não cumprir seus compromissos, isso que eu posso chamar de uma grande administração, bem logo se vê pelo modo com que a cidade está. – Eu não sou uma pessoa muito calma mesmo, bem tava na hora dele ver que as coisas iam mudar. –
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ENTERRAR O PASSADO - CLAUDIO
DiversosSe espera ler um Romance, esquece, não sou assim. Eu sou o que sou, fiz o que fiz e não me arrependo, faria de novo.