Capítulo VIII

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Capitulo VIII

Mas eu ainda precisava conhecer mais essas empresas.

Pelo capital em investimentos, e o número de funcionários, elas deveriam ser a maior empregadora do município, eu estava entendo o nível de domínio do pai do Gus sobre a cidade, mas bem vamos devagarinho. Agora era hora de pensar no Gus. -

- Bem querido acho que teu pai deve estar louco da vida contigo, tu além de receber toda a herança da irmã dele, ainda será o dono da empresa que ele administra e foi dono por tanto tempo, e não sendo o suficiente, ainda pode tirar o controle acionário da outra. –

- Como assim??

- Bem a administração da Distribuidora é dele por que tua tia concordou, e fez parte das negociações, mas se tu te unir ao outro sócio, vocês terão 65% das ações e poderão dirigir a empresa.

- Tô muito fudido mesmo, ele vai querer me matar, e agora o que eu faço?? – um sinal vermelho acendeu na minha cabeça, até onde o pai do Gus poderia ir?? Até onde sei o Gus não tem um herdeiro direto. -

- Calma garotão, a questão agora é o que tu quer? O que tu pode fazer eu já estou por dentro. – Preciso ver essa questão de segurança. -

- Eu não sei Claudio, tu sabe que isso não faz parte do meu mundo, sabe que as academias são tudo que eu sonhei na vida, e nem administrar elas eu sei. Tu sabe que dependo de ti pra tudo isso, aliás quero de gradecer por ter vindo correndo pra ficar do meu lado.

- Tu sabe que não precisa agradecer por nada, se não fosse tu ter confiado em mim, eu provavelmente estaria trabalhando em um escritório pequeno, e estaria gordo e feio. – ele começou a rir, gordo nunca, feio...acho difícil, sempre fui modesto, -

- Bobo, Claudio isso tudo que tá acontecendo, sei lá, não quero toda essa responsabilidade é muita gente pra pensar, mas quero que a fundação tenha tudo que ela tiver de direito, esse é o legado da minha tia, quero que a fundação dela não dependa de nenhum de nós para continuar.

- Bem Gus temos várias opções e vender tudo pode ser uma delas, deixa eu conversar por ai, tomar pé da situação, depois podemos sentar e conversar, por enquanto quero te passar a situação das academias, e tu vai me contar tudo que tem acontecido por aqui.

Precisava por ele a par do que acontecia na capital, nada anormal, mas eu gostava da sensação de conversar com ele, eu sou muito duro as vezes, e o Gus me faz ter um outro pensamento sobre as coisas, digamos que ele me faz ter um coração, acho que era isso. –

Ele me contou o que estava acontecendo, fiquei ouvindo ele, precisava saber o que se passava naquele coração imenso que ele tinha. Ter o Vinicius de novo na vida dele estava mexendo com ele mais do que o Gus queria admitir. –

- Bem queridão, tá tudo muito confuso, quem sabe resolve uma coisa de cada vez.

- Que tu sempre gostou dele eu nunca tive dúvidas, teu coração sempre teve dono, mas não toma nenhuma resolução com pressa, tenha calma, vocês esperaram 10 anos por essa chance, não apresse as coisas. Como tu mesmo falou vocês na realidade não se conhecem, então a hora é agora. Quem sabe saiam por uns dias juntos, façam uma pequena viagem, se conheçam, junte o passado de vocês com quem vocês são agora. Conhece o filho dele, entenda essa criança. Depois ai sim, toma uma decisão, esteja certo do que quer, tem uma criança no meio de tudo isso que vocês viveram. Agora quanto a tudo que aconteceu antes com vocês....

- Esquece já passou, isso não pode pesar na tua decisão não tenha medo, e....se nada der certo? – segurei a mão dele -

- Querido, tu já superou coisa pior estando sozinho, e dessa vez eu vou estar do teu lado, tem teus amigos na volta, tu tem que ter foco. Agora me diz, em que pé está a situação do abrigo e do orfanato?? – ele abriu um sorriso tava mais leve... -

ENTERRAR O PASSADO - CLAUDIOOnde histórias criam vida. Descubra agora