Capítulo XII

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Capitulo XII

GUS

Acordei tarde, tinha passado a noite lendo os relatórios do Advogado do Gus, queria estar preparado pra reunião como pai dele, algumas coisas rondavam a minha cabeça, tinha algo errado, a empresa dele estava bem das pernas, mas estava faltando alguma coisa, o relatório que tia Dafne tinha me dado antes de ficar doente era um, e agora o advogado tinha me dado um outro bem diferente, claro podiam ser investimentos, preciso entrar em contato com a contabilidade, mas antes de tudo preciso de uma reunião com a diretoria e o conselho, tinha alguma coisa estranha e eu ia descobrir.

O Gus tinha viajado com o Vini, nós tínhamos conversado sobre isso. O Gus queria mostrar pro Vini a vida que ele levava, 10 anos tinham feito muita diferença na vida deles, pelo que soube o Vini tinha passado muito trabalho, conversei com a Paula sobre isso, mas essas questões eram para o Gus resolver eu só precisava estar na volta e ajudar como eu podia. 10 anos... e eles ainda se amavam... depois dizem que o tempo apaga tudo .... bem eu já tava a cinco com o Gus, antes teve a faculdade e...bem...fazia quase isso e eu ainda não tinha esquecido ele...bem a vida segue.

Agora os negócios bem esses eram meus domínios, eu tinha algumas ideias para as empresas, mas não podia tomar nenhuma medida agora, as coisas tinham que ir acontecendo aos pouco ninguém podia saber que eu estava me preparando, a tia Dafne já tinha traçado as ideias gerais, eu só precisava seguir o rumo e ficar de olho no pai do Gus, ele era o meu objetivo principal, como o Gus seria o sócio majoritário na empresa dele, seria fácil de neutralizar as ordens dele, ainda precisávamos conversar com o outro sócio da distribuidora, a família segundo tia Dafne era de pessoas honestas, e estavam contrariadas com o pai do Gus, só quem freava ele era a tia Dafne mas com a doença ela ficou afastada dos negócios por um tempo longo de mais.

Eu precisava falar com eles e ver que caminhos tomamos, caso não sejam as pessoas que tia Dafne espera venderíamos tudo, as ações valiam um bom dinheiro, dinheiro que eles não tinham pra pagar caso não entrassem no nosso jogo. E se ficassem do lado do pai do Gus eu venderia tudo para uma outra companhia e veríamos como eles se sairiam com outros sócios interferindo em tudo, mas ainda tinha muita coisa pra acontecer.

Levantei e me arrumei ia ser um dia longo, eu precisava falar com o Joca tinha ligado pra ele, ficamos de almoçar juntos.

Quando cheguei no restaurante, ele já estava lá conversando com os garçons, pelo que vi ele realmente era bem conhecido na cidade.

Cheguei perto ele levantou e me estendeu a mão.

- Bom dia desculpe o atraso é que ainda não conheço a cidade direito. – falei, ele tinha um aperto de mão forte, gosto disso. -

- Sem problemas marquei aqui por que já estou acostumado, costumo vir almoçar nesse restaurante agora que a aposentadoria me alcançou.

Fizemos nossos pedidos ele ficava me olhando devia estar curioso em saber por que eu pedi essa reunião longe de todos.

- Bem João Carlos eu ...

- Joca por favor, quando falam João Carlos parece que estão chamando meu pai.

- Ok, Joca então, olha eu sou muito direto não consigo ficar fazendo voltas desculpe por isso.

- Tranquilo gosto de pessoas assim, também não tenho paciência para joguinhos.

- Bom, olha eu quero dizer que nos estarmos conversando não tem a princípio nada a ver com o abrigo em si, gostei muito da escolha dos meus amigos, minhas questões são mais pessoais.

- O Gustavo? – ele ficou me olhando. –

- Sim, tu deve imaginar por que eu precisaria conversar contigo, e eu vou ser bem honesto não sei onde estou me metendo, eu consigo me virar muito bem, minha maior preocupação é ele.

ENTERRAR O PASSADO - CLAUDIOOnde histórias criam vida. Descubra agora