Capítulo 14 - Morte e fuga no hospital de Cracóvia

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Caminhavam pela Rynek Glowny, a praça principal da Cracóvia, Polônia. Era um novo fuso horário. O dia amanhecia. Fazia muito frio e havia muita gente indo à igreja. Eles adaptaram suas vestes transmutatórias e andavam com discrição, observando se alguém os seguia. Como não sentiram nenhum alerta em suas auras ou o efeito panopticon, relaxaram.

- Não íamos direto para o hospital? - lembrou Emílio olhando para o gorro de crochê que Katherine pôs na cabeça.

- É cedo. As crianças ainda estão dormindo.

- E é na ala infantil que vamos entregar a carta? - perguntou Will. - Pensei que era para entregá-la a um idoso. O Ben é um idoso. Portanto, ele deve ter amigos idosos. Isso é lógico!

Katherine fez uma cara de "eu-não-acredito-que-ele-disse-isso".

- Não é bem assim - respondeu ela retirando do casaco o pequeno envelope com as iniciais de Ben. - Eu vou me encontrar com as crianças. Vocês aguardam no hospital e preparam o coração do sr. Goldschimit. O último desejo dele é ver as netas.

- Netas? - estranhou Will.

- Sim. Tem um restaurante para acropolianos ali na Rua Sienna. Vamos - apontou Katherine.

- Acho que sei onde fica - disse Will. - Estão com fome, não é? Bem que minha mãe nos convidou para jantar. Agora aqui é café da manhã! Que beleza...

- Kat, como você conhece tudo aqui? - perguntou Emílio.

- Já vim aqui algumas vezes com meu pai e também com... - evitou olhar para Emílio - Waldrick.

Ele viu o ar quente saindo da boca dela. Ergueu a cabeça e calou-se de vez, tentando esconder a insatisfação pela notícia. Não sabia explicar a razão de não gostar de Waldrick. Mas não conseguiu conter a curiosidade. Katherine percebeu.

Emílio queria saber por que Waldrick a acompanhava em viagens à Cracóvia. Por pouco, não perguntou. Contudo, admirou a sinceridade de Katherine. Ela poderia ter simplesmente mentido, mas preferiu falar a verdade.

Will logo notou a alteração nas feições de Emílio só em ouvir o nome de Waldrick.

- Agora entendi - intrometeu-se, só para quebrar o clima. - O Prof. Wallace é realmente um cosmopolita. Aposto que tem família aqui... Eu adoro a sensação de liberdade no mundo das nações! - exclamou saltando na frente deles para distrair Katherine e impedir que Emílio perguntasse alguma bobagem sobre Waldrick. E conseguiu.

Eles entraram numa rua movimentada para aquele horário. Próximo a um armazém, uma loja de artefatos antigos recebia turistas de diversos lugares.

- Não parece um restaurante e a igreja fica do outro lado - comentou Emílio no ouvido de Will estranhando a quantidade de pessoas.

- Eu confio na sua garota!

- Ela ainda não é minha garota.

- Mesmo assim eu confio nela. E você deve fazer o mesmo. Aposto que ela já nasceu cosmopolita.

Emílio e os Lumens: o Quinto Poder (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora