Capítulo 20 - Vocês ficaram

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Por favor não me matem, juro que explico 

LEIAM AS NOTAS FINAIS QUE SÃO IMPORTANTES


SAMANTHA POV

Acordei sentindo minha cabeça prestes a explodir. Meus músculos doíam e eu mal conseguia me espreguiçar. Abri os olhos lentamente para logo em seguida me arrepender pois a forte luz matinal me acertou em cheio. Grunhi. Espreguicei-me bem devagar enquanto resmungava sobre a minha dor de cabeça, precisava de um remédio.
Me levantei da cama sentindo tudo ao meu redor rodar, que diabos eu havia feito ontem? Passei os olhos pelo quarto pra ter certeza absoluta de onde eu estava e comecei a andar me escorando pela parede graças a minha falta de equilÍbrio. Porra, o que aconteceu ontem?

-Bom dia, Zumbi -Guto estava sentado no tapete da sala com o notebook no colo e um largo sorriso, sua aparência era ótima e saudável, arfei invejando

-Dor de cabeça -murmurei e ele colocou o notebook de lado indicando para que eu deitasse em seu colo. Em alguns passos arrastados eu cheguei até o tapete e me joguei nele, apoiando minha cabeça na perna de Guto- Como foi a sua noite?

-Foi perfeita -ele soltou um alto suspiro e eu tentei sorrir- Benê e eu fomos para uma social aqui do hotel no centro de São Paulo, Clara estava lá e vários funcionários daqui também, Lica foi citada em todos os discursos, Clara riu demais  -sorri fraco, aquela piranha sabia conquistar as pessoas- Benê me apresentou para toda a sua família como alguém especial -ele exibia um largo sorriso- foi um jantar com um buffet cinco estrelas, lembrei de você, aposto que se divertia muito mais comendo no buffet do que nesse antro de perdição onde você se enfiou -ele me deu um leve tapa na cabeça e eu gemi- e como foi sua noite?

-Se eu disser que eu não lembro de absolutamente nada você acredita? -disse com a voz arrastada e sonolenta

-Pelo seu estado não há de se esperar outra coisa

-Eu só lembro de quando eu cheguei, tinha muita gente na pista -forcei a memória em busca de mais alguma coisa mas só me vinham coisas ofuscadas e sem sentido- eu não faço ideia de como cheguei em casa

-Samantha, pelo amor de Deus menina, eu confio em você por uma noite e você me volta pra casa assim

-Não enche, por favor -me apoiei no chão dando impulso para levantar
O telefone começou a tocar e eu soltei um alto gemido de protesto porque porra, que troço alto e irritante, minha cabeça porra. Guto em vez de levantar e atender só ficou rindo então eu mesma peguei o telefone

-Alô? -disse de muita má vontade e minha voz saiu arrastada

-Samantha? -uma voz reconhecida e empolgada me perguntou do outro lado da linha, porra que horas são? todo mundo tá bem acordadinho e eu aqui morrendo- sou eu, Keyla- sua voz alegre estava me irritando aquela hora da manhã, fitei o relógio e eram duas da tarde

-Ah, oi

-Seu humor matinal, eu adoro -ela disse rindo e algumas gargalhadas ecoaram atrás de sua voz- é que tá todo mundo aqui na casa do Tato, uma reuniãozinha, vem com o Guto

-Porra, teve festa ontem e vocês querem mais? -minha voz saiu mais grosseira do que deveria, mas ela apenas riu, aposto que devia saber do meu estado mas o que ela estava fazendo na casa do Tato?- e tá frio -resmunguei

-Você já abriu a janela? já saiu desse quarto? tá um calor infernal, Sam vem logo, para de glicose anal 

-Você é insuportável -ela ficou uns segundos em silencio esperando uma resposta- quem está ai? -ouvi algumas manifestações de alegria com a minha pergunta, ela deve ter colocado o telefone no viva-voz, outra piranha

Feelings i never know (LIMANTHA)Where stories live. Discover now