Capítulo VI

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Capítulo VI

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Capítulo VI









Todos os guerreiros tinham conseguido ganhar nas lutas contra Rita, e nisso eles tinham terminado o treinamento, então finalmente conseguiram um bom dormitório.

Para organizar os dormitórios, foram reacomodados os quartos das tropas no subterrâneo, já as tropas mais importantes, como os soldados de elite e os seus superiores em dormitórios reservados a eles no subsolo, no castelo. Agora os guerreiros saíram e foram realocados no subsolo próximo aos oficiais superiores e inclusive perto do Coronel. Portanto, todos têm seu quarto próprio.
Agora os guerreiros não terão que dividir o quarto, pois antes o grande problema é que eram quatro homens e uma mulher, e toda mulher necessita de privacidade. Acabou que ela passava horas trancada no banheiro. Agora cada um tem o seu banheiro próprio.

Cane não parava de pensar na Amélia, e para piorar, ele esteve com a consciência pesada. Ele estava tentando dormir, porém não conseguiu. Para esfriar a cabeça e relaxar um pouco, quis andar pelos arredores para conhecer o castelo.
Quando se levantou, foi trocar de roupa, acabou encontrando uma calça em seu guarda roupa, porém no bolso, continha o cartão de memória de Stars, que o retirou do corpo de metal antes das explosões. 
Seria difícil replantar a memória em outro robô, então decidiu guardar como lembrança. Usou uma caixa de sapatos e colocou os seus pertences mais valiosos nela, como o anel e o cartão de memória. Também colocou outros papéis, fotos antigas, chaves, e diversas coisas, e guardou com cuidado.
Mas antes de esconder em seu armário, decidiu colocar o anel em seu dedo para se lembrar dela. Enfim, guardou tudo e se retirou do quarto para andar pelo corredor.
Seguindo até área do saguão, acabou observando uma iluminação saindo pela fresta de uma porta dupla de madeira, e logo depois ouviu vozes saindo daquela sala, então os reconheceu. Cane decidiu entrar para conversar, então entrou lentamente tentando evitar o ruído daquela porta, logo encontrou apenas Miranda e Daven em uma sala de estar grande, muito luxuosa, com uma lareira acesa e um conjunto de sofás belíssimos em volta de uma mesa antiga em frente a lareira. Atrás possuía estantes de livros e até mesmo armaduras medievais.
Os dois estavam sentados em um sofá grande com a forte iluminação da lareira, assim estiveram conversando. Quando Cane percebeu que os dois estavam ali, acreditou que estivessem em um momento íntimo, então para chamar atenção deles, deu um toque na porta, como se estivesse pedindo permissão:
— Posso ficar aqui com vocês? — perguntou Cane.
— Venha, sente-se aqui — respondeu Daven indicando o sofá.
Cane com pouco de timidez, se encaminhou e sentou-se ao lado de Miranda e ela perguntou:
— Perdeu o sono?
— Perdi, quis ver como é essa parte do castelo, até parece que estamos na era de ouro. — Respondeu ele olhando ao seu redor.
— Imagina só quanto deve custar tudo isso, milhões — afirmou Daven.
— Como vocês se conheceram? — Perguntou Miranda mudando puxar assunto.
— Eu conheci Daven quando fui transferido a uma missão diplomática na Confederação, e aí o conheci, era um oficial médico. Depois das guerras terroristas, me puseram a Inteligência Galáctica, e indiquei que Daven fosse também realocado na minha unidade, afim de descobrir os mistérios do império fanático, então aconteceu diversas coisas no meio do caminho, foi difícil... — explicou Cane virando-se para Miranda.
— Também, além de mim, conheceu Amélia na Confederação, e ao longo do tempo, Kevin e Lambert, e todos nós viramos amigos, até então irmos a IG e conhecer Mia para realizar estas missões — completou Daven.
— Quem eram elas? — Perguntou Miranda curiosa.
— Mia era uma estrangeira da IG, era uma intérprete e uma guia nas missões até Cirus. Já Amélia foi diferente...
Daven iria comentar sobre Amélia, mas achou imprudente falar sobre à frente de Cane, então a deu a deixa para o guerreiro continuar a falar de sua própria esposa, porém ele esteve com a consciência pesada ao ouvi o nome de sua esposa. Eles ficaram alguns segundos em silêncio, então Miranda iria perguntar de novo, porém Cane respirou fundo e respondeu:
— Amélia foi... minha esposa... ela morreu quando nós fomos caçados pelo esquadrão da morte de Al-qamar, logo após as missões na IG. Ela morreu tentando me proteger — disse Cane com a consciência pesada.
— Sinto muito, eu não sabia que você era casado — lamentou Miranda, — você é bem misterioso, sempre se escondia naquela cabana na Islândia.
— Foi um momento difícil para mim, são histórias que devemos superar — respondeu Cane.
— Durante uma parte da minha vida, estive atrás dos verdadeiros assassinos do meu mundo, passei quase 10 anos para achá-los, mas depois disso vi o que fazendo não iria trazer meu mundo de volta, enfim superei — afirmou o que Cane concluiu. — Mas já imaginou a gente nesse nível, se casando, para enfim chegar na praia que te disse. — Sugeriu Miranda relembrando uns de seus sonhos a Daven.
Ela começou a se aproximar de Daven, com seu fixo a ele e se aproximou ainda mais dos lábios do guerreiro, acabou ignorando novamente Cane que o deixou bem constrangido. E quando finalizaram, ela disse se ajeitando para se aproximar de Daven:
— Sabe, eu tenho um sonho, durante minha vida toda, nunca tive tanta paz, aquele momento onde você se senta no sofá e esquece dos problemas. Gostaria de viver em paz, num planeta tropical, sem ninguém para perturbar nossa privacidade, numa praia em frente ao oceano. — Compartilhou ela para Cane e Daven.
Então, Daven segurou a mão dela no mesmo instante, como uma afirmação para o sonho dela, e estiveram olhando um para o outro, logo entraram em um clima romântico aos beijos e acabaram ignorando Cane. Ele esteve desconfortável em ver aquela relação, ainda mais na frente dele. Enfim, ele se retirou da sala rapidamente, enquanto Daven e Miranda o ignorou completamente. O guerreiro se encaminhou até as longas varandas que rodeavam tanto o castelo quanto a muralha.

As Guerras de Thracian  Vol 1Onde histórias criam vida. Descubra agora