Capítulo XIX
Ainda de madrugada, quase 40% da população já tinha fugido da Base Farola e se encaminharam para o mais longe possível da região. Algumas pessoas assumiram a liderança para manter a população a salvo naquele deserto e mantê-la viva até que chegue a ajuda.
Dentro de um salão de operações na torre da cidadela, havia uma movimentação atípica, pois os estrangeiros estavam evacuando a região para caso a radiação os afetasse ou arma falhasse e explodisse, portanto, restaria apenas os operários e coordenadores da arma no salão de comando.
Skarif entrou naquele grande cômodo e estava cercado por sua guarda pessoal. A primeira coisa que fez foi se encaminhar até seu posto e pedir uma atualização dos preparativos para iniciar o disparo. Portanto, um oficial deu sinal verde aos preparativos, e então o Almirante ordenou que marcassem o alvo, e desta vez seria um conjunto de planetas a mais de 10 anos-luz de Thracian. Um sistema construído artificialmente para abrigar a sede universal do Senado Galáctico que luta massivamente contra o império fanático.
Existe 5 planetas artificiais que tem sua função de abrigar as extensões do Senado, mas são como luas que orbitam uma espécie de gigantesca estação espacial semelhante ao um planeta no centro, lá é o maior centro metropolitano do universo conhecido, e atingir aquele planeta artificial seria o xeque-mate para o império fanático de atingir seu ápice.
Para assegurar que consigam continuar sua ideologia profana, eles construíram muitas tropas e infantaria espaciais para continuaram seu plano ao redor das galáxias, mas sua peça do rei, no sentido figurado está na terra, a arma de destruição em massa para destruir o Senado e outros mundos a longa distância, e então para proteger suas ações, emitiram que permanecesse uma gigantesca nave na órbita de Thracian.
Existem duas armas de destruição em massa de Al-qamar, primeira é a nave imensa na órbita de Thracian com o formato de um bumerangue, com diversos hexágonos formando o casco e acima dela, na centralização, está o canhão imenso que tem a capacidade de destruir planetas, e é a mesma arma que provocou a dizimação em Thracian. Hoje em dia ela fica rodeando o planeta para impedir que naves clandestinas possam fugir do planeta ou entrar.
Ele é do tamanho de um planeta anão, como por exemplo plutão, mas o motivo de ter todo este tamanho e devido as usinas que carrega para disparar com sua arma poderosa.
Devido sua imensa dimensão, ela é muito lenta para fazer viagens ao redor do espaço e tem altos custos ao império fanático, portanto ela está lá, como se estivesse guardada, esperando para sua próxima missão.
A outra arma está na terra, a mesma onde estão os guerreiros, e agora está prestes a extinguir mais uma vez outro mundo. Desde o início da construção da primeira nave, o projeto dos Al-qamarianos era destruir planetas, e um cientista conseguiu perpetuar esse sonho mortal. Durante meses eles testaram, porém a arma tinha muitas limitações, contudo o sonho era destruir por completo um planeta, então quando o conselho do império observou que a arma não fez o que foi planejado, eles decidiram matar os cientistas, porém foi descoberto que precisava aumentar a intensidade, pois foram esta ideia foi ignorada devido ao risco de contaminação da radiação, e uma eclosão de um evento muito maior, então logo de imediato foi construído outra arma com uma capacidade maior e mais segura de destruição total.
Ainda na tubulação de esgoto e fiação de energia, os guerreiros conseguiram chegar à usina, estavam em uma espécie de corredor com as saídas das tubulações para o núcleo de enriquecimento. O corredor fedia e ainda era escuro e trazia a sensação de claustrofobia a eles, mas isso não os incomodou, pois estavam perto de seus destinos. Todos estavam ansiosos, e andavam totalmente em alerta.
Daven ia na frente, usando o seu sistema de navegação para achar o caminho certo, já os outros o seguiam atrás, andavam com passo apressado, e então em meio aquele nervosismo formou um silêncio quase perturbador, pois pensavam, o que pode haver aqui, alguém, algum soldado?
A silêncio estava perturbando, e os mais inquietos ficaram mais nervosos ainda e Kevin esteve, um tanto quanto, incomodado e quis relembrar:
— Esses túneis, me lembraram aquela missão na cidade-planeta.
— Se lembram daquele cassino artificial? Era tão real, pena que destruímos tudo — Daven disse e lançou um pequeno sorriso.
— Eu quase tive um surto com a beleza do lugar, era lindo... — Respondeu Lambert.
— Que missões são essas? — Perguntou Miranda um pouco curiosa.
— Era as nossas missões malucas no universo. Sabia que Cane para jogar uma bomba que poderia soltar um vírus mortal no espaço, saltou da nave e a jogou no buraco negro, ele foi idiota porquê aquela grande força gravitacional estava-o puxando, e a nave também, foi quase um suicídio, porém acabou escapando, e de alguma forma incrível, sobreviveu — Daven relembrou umas das missões enquanto observava o seu monitor no pulso
— Sério? Nossa, como você sobreviveu ao efeito da espaguetificação? — perguntou Miranda para Cane.
— Sinceramente não sei, mas me lembro do meu corpo ter se esticado todo e depois voltou ao tamanho normal. Foi como um pesadelo, foi bem aterrorizante, porque toda aquela imersão da escuridão rodeando meu campo de visão, foi bem desconfortável — respondeu Cane, também rindo de seu feito na época que era um pouco mais malandro.
— Você é sortudo em ter sobrevivido, espero que nós tenhamos essa sua sorte para sobreviver a isso. — Afirmou Miranda também ironizando.
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As Guerras de Thracian Vol 1
Science FictionLivro 1 da Saga Guerras de Thracian No futuro, após uma espécie alienígena ter assolado a humanidade. Guerreiros que se autoexilaram, buscam uma aliança com a população abalada para somar forças com a Resistência, para juntos reconquistarem o mundo...