Prólogo

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Heitor Ferraz

Dois anos e meio atrás...

Resolvo sair da agência mais cedo e fazer uma surpresa para Bruno em nosso apartamento. Sei que em uma hora dessas ele já deve estar em casa, já que como fotógrafo ele faz seu próprio horário.

Lembrar do meu noivo me traz um sorriso automático ao rosto, ele com certeza é a pessoa que quero passar o resto da minha vida, não é atoa que o pedi em casamento. Estamos juntos desde os tempos da faculdade, sempre o achei o cara mais lindo do mundo, em todos os sentidos.

Minha mãe não gosta muito dele, mas sei que é seu ciúmes falando mais alto. Bruno pode ser difícil as vezes, mas tem um bom coração.

Arrumo minhas coisas e desligo o computar em seguida, logo saindo da minha sala. Como CEO de uma grande agência de modelos, tenho muito trabalho, mas as vezes posso me dar uma folga.

- Olívia, estou saindo e não volto mais hoje, se alguém ligar anota o recado. - Falo para minha secretária quando passo por sua mesa.

- Sim, senhor Ferraz. - Ouço a responder e entro no elevador em direção a garagem subterrânea. Entro em minha lamborguini preta e vou para casa. Escuto meu celular tocar e logo o conecto no sistema de som do carro para atender.

- Alô! - Atendo a ligação, parando em um semáforo na mesma hora.

- Oi filho! - Escuto a voz da minha mãe e meu sorriso se abre na hora. "Amo essa mulher!"

- Oi mãe! Tudo Bem? - Pergunto, querendo saber como estão as coisas na casa dos meus pais.

- Tudo sim meu amor, e com você?

- Também estou mãe, tirando o cansaço do trabalho... depois que o papai se aposentou estou sobrecarregado.

- Oh meu amor, você tem que trabalhar menos viu, cuidar da sua saúde. - Fala como a mãe preocupada que sempre foi.

- Vou tentar mãe. - Respondo.

- Quero saber quando vai vir aqui ver seus pais? Está nos trocando por esse seu namorado. - Fala fazendo seu drama tradicional e eu rio com isso.

- Vou almoçar com vocês no domingo dona dramática. E Bruno não tem nada a ver com isso, para de implicância mãe. - Falo cansado.

- Não é implicância filho, mas ele não é o melhor para você. - Fala ela pela milésima vez.

- Mãe, nós dois nos amamos e vamos nos casar em breve. Já está na hora da senhora aceitar. - Falo sério.

- Tudo bem, não falo mais nada! Beijos meu amor, te amo! - Ela se despede.

- Beijos mãe, também te amo! - Me despeço dela e logo a ligação é encerrada. O sinal abre e sigo meu caminho para casa, parando antes em uma floricultura para comprar um buquê de rosas vermelhas, que são as preferidas de Bruno.

Chego em meu prédio, indo para a garagem privada. Saio do meu carro, levando comigo apenas as flores e vou  em direção ao elevador que vai direto para minha cobertura. Assim que estou em casa, deixo minhas chaves na mesinha de centro e tiro o blazer, o deixando em cima do sofá.

Subo as escadas em direção ao quarto, mas paro no meio do caminho ao ver roupas espalhadas pelo chão. Sinto meus batimentos cardíacos aumentarem a cada momento que fico mais perto da porta entreaberta do quarto. E meu mundo para, assim que escuto os gemidos conhecidos de Bruno saírem de lá. Não querendo acreditar no que está acontecendo, abro a porta do quarto, me deparando com a cena do meu noivo transando com meu melhor amigo.

Uma Nova Chance | Livro 01 [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora