Capítulo Quinze

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Daniel

Saio de mais uma sessão de fotos, a fim de encontrar meu lindo namorado para irmos almoçar em casa. Vou em direção ao elevador e assim que estou dentro, aperto o botão do último andar. Há mais duas outras pessoas no lugar, e me olham torto, quase dou uma mal resposta para esses embustes, mas resolvo poupar minha linda boquinha disso.

Assim que o elevador chega ao andar que eu quero, saio e sigo em direção à sala de Heitor. Vejo sua secretária com uma cara de quem viu um fantasma, mas ignoro e sigo em frente. Assim que abro a porta da sala, sinto meu sangue ferver com a cena que vejo. Aquele rameiro de uma figa está com aquela boca imunda na do meu namorado. "Ah, mas esse vadio me paga!"

- Que porra é essa? - Pergunto assim que vejo Heitor empurrar aquele puto e limpar a boca em seguida.

- Amor, não é nada disso que está pensando. - Heitor fala mais branco que um fantasma. Tadinho, ele acha que vou brigar com ele por causa dessa putiane de esquina.

- Aquieta o facho Heitor, eu sei muito bem o que vi. E meu assunto é com esse puto aí. - Falo apontando para o ser desprezível a minha frente, que está com um sorriso nojento no rosto.

- Não se exalte meu bem, só estávamos relembrando os velhos tempos. - Fala com deboche.

- Amor... - Heitor tenta falar.

- Já falei pra calar a boca Heitor, não tô com paciência! - Falo com raiva.

- Não fala assim com o Heitor! - Fala o vagabo, achando que tem algum direito.

- Ô galinha, para de cacarejar. - Falo chegando perto dele e pego em seu pescoço. Não sei onde arrumo força, mas a adrenalina está ajudando.

- Me solta seu selvagem. - Ele fala assustado e eu gosto de ver essa reação.

- Agora presta bem atenção no que eu vou dizer. Você nunca mais vai chegar perto do meu namorado. Você já teve a chance de ter ele, e como o idiota, puto, vadio e vagabundo que você é, deixou ele escapar. - Falo devagar olhando em seus olhos.

- E se eu não quiser? - Ele pergunta rindo.

- Vai acontecer isso. - Falo e solto ele, me afastando e dou um soco em seu rosto. Sinto uma dor grande no meu punho, mas vale muito a pena quando vejo o sangue escorrer de seu nariz.

- Seu louco, sem classe! Você quebrou meu nariz! - Ele grita com a mão no rosto.

- Sou mesmo, e não queira ver eu descer meu nível com você, porque você pode ter outras coisas quebradas. - Falo e pego o telefone na mesa de Heitor falando com sua secretária, pedindo para ela mandar os seguranças.

Alguns minutos depois vejo dois homens grandes entrando na sala, acompanhados da secretária.

- Podem tirar o lixo. - Falo apontando para Bruno que está encolhido em um canto com a mão ainda no rosto. - Ah, e não deixem mais ele entrar nessa empresa. - Dou a ordem e eles saem puxando ele para fora.

- Você vai me pagar por isso! - Ele grita com raiva, enquanto é levado para fora.

- Vou estar sentado esperando! - Falo e fecho a porta.

Sento no sofá que tem na sala, bufando de raiva. "Por que eu não podia ter um dia tranquilo Deus?"

- Posso falar agora? - Heitor pergunta depois de algum tempo, se aproximando de mim com sua cadeira.

- Fala! - Digo olhando de relance para ele.

- Eu não quero que desconfie de mim, eu juro que não queria aquilo, ele me agarrou. - Ele diz com aflição.

Uma Nova Chance | Livro 01 [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora