Capítulo Doze

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Daniel

Ainda estou tentando processar a notícia de que tenho um irmão, e pelo que estou percebendo, ele é alguém que precisa muito de amor e carinho. Me deixou triste saber que ele não teve a chance nem de conhecer nossos pais, cresceu achando que era sozinho e sem ninguém para apara-lo. Sei que também fui assim, mas pelo menos o lugar onde cresci era cercado de amor e carinho, e pude por breves anos ter o amor também de nossos pais.

- Quando posso buscá-lo? - Pergunto, sentindo as mãos de Heitor nas minhas, me passando conforto e força.

- Primeiro você vai se tornar o seu responsável e já pode buscá- lo. Mas já adiantei o processo para o senhor, é só assinar e já pode ter ele contigo. - O advogado fala e tira alguns papéis de sua pasta. Ele me entrega os documentos e eu leio cada um com atenção e assino em seguida. Não quero que meu irmão fique mais tempo naquele lugar, que só pelo que ouvi não é boa coisa.

- Amanhã eu irei para o interior, quero tirá-lo de lá o mais rápido possível. - Falo sério e entrego os papéis em suas mãos.

- Perfeito, mesmo sendo domingo não haverá problema, e eu irei acompanhá-lo. Vou deixar meu telefone e me comunique a que horas saímos. - Ele diz em seu tom profissional, e me entrega um cartão com seu número de telefone.

Ele logo se despede e eu o acompanho até a porta, a fechando logo em seguida. Me jogo no sofá sentindo uma dor de cabeça tomar conta de mim.

- Tudo bem Dani? - Escuto a voz de Du e abro meus olhos o fitando.

- Está sim Du... Não vou dizer que não foi uma grande surpresa, mas eu nunca deixaria a única pessoa que tem meu sangue sozinho, quando precisa de mim. - Falo sério.

- Estamos com você, e vou contigo amanhã. - Heitor fala me olhando e eu fico agradecido pelo seu gesto, mas acho melhor ir sozinho agora.

- Não precisa amor, eu acho melhor ir sozinho amanhã. Quero conhecer ele primeiro e depois apresento vocês dois a ele. - Falo pegando em sua mão e deixo um beijo nela, sorrindo para ele em seguida.

- Você que sabe amor... o que acha de  descansar um pouco? Acho que foi muita emoção para um dia. - Ele fala em um tom preocupado, e eu assinto  com a cabeça.

Dou um abraço em Du e um beijo no rosto, para ele saber que tudo está bem e vou em direção ao quarto com Heitor. Tiro minha calça, ficando apenas com a blusa e a cueca, e Heitor já tira tudo ficando apenas de boxer. E olhar para ele me dá uma vontade de tê-lo em mim.

- Amor o que acha de descansar depois? - Pergunto, me sentando em cima do seu pau, aproveitando que ele está meio deitado na cama.

- Safado! Já quer se aproveitar de mim? - Ele fala sorrindo brincalhão.

- Sempre vou querer meu amor. - Falo e começo a rebolar em cima do seu membro, sentindo aos poucos ele ganhar vida abaixo de mim. Eu sei que para Heitor é um pouco mais difícil manter uma ereção, e o sexo se torna uma mistura de sensações. Ele passa os braços por minha cintura em uma aperto e me puxa capturando meus lábios em um beijo necessitado. Sinto suas mãos embaixo da minha blusa e segundos depois ela está no chão. Passo minhas mãos em seu peitoral e começo a arranha-lo de leve, sentindo seus pelos. Solto sua boca e começo a beijar seu corpo sem parar de rebolar em seu colo e escuto seus gemidos rouco.

- Queria sentir seu gosto hoje. - Ele fala no meu ouvido, me surpreendendo e me arrepiando ao mesmo tempo. Sinto meu membro ficar mais duro com isso e meu ânus se contrair em tesão e expectativa.

- Se senta mais acima. - Ele pede e eu logo abandono minha cueca e faço o que ele pediu, me posicionando a sua frente. Ele coloca as mãos em minha bunda em um aperto forte e começa a lamber a cabeça do meu pau me levando a loucura. Quando ele me coloca inteiro na boca, não consigo conter um grito que vem a minha garganta e a partir daí meus gemidos se tornam mais intensos. Vejo ele pegar lubrificante na gaveta da mesinha ao lado da cama e lambuzar seus dedos nele. Segundos depois me sinto ser invadido e meu prazer aumenta cada vez mais de nível.

Assim que ele sente que vou gozar ele para de me chupar, me arrancando um gemido de frustração total.

- Calma gatinho, agora vem a melhor parte! - Ele fala sorrindo com a boca lambuzada. Sabendo o que ele queria dizer, eu desço me alinhando ao seu pau que está duro feito rocha. Para brincar um pouquinho com ele, começo a lamber seu pau e escuto seu gemido. Alguns minutos depois eu começo a sentar nele, sentindo ele entrar em mim... No começo sinto uma dorzinha pelo seu tamanho anormal, mas logo o prazer me toma ao senti-lo totalmente dentro de mim. Começo a quicar nele e vejo sua cara de satisfação, beijo sua barriga e vou subindo para seus mamilos, chupando cada um. E no meio de todos aqueles toques, beijos e sensações, acabamos alcançando nosso orgasmo juntos.

- Eu te amo! - Falo quando estou deitado ao seu lado na cama, com seus braços ao meu redor.

- Eu te amo muito mais! - Escuto ele dizer e logo o sono me consome.

* * *

No dia seguinte acordo bem cedo, queria pegar logo a estrada e trazer meu irmão logo para casa. Me despeço de Heitor que iria para casa dos seus pais ficar um tempo com eles e de Du. Encontro com o advogado na entrada do prédio e logo pegamos a estrada rumo ao interior.

Chegamos a cidade um pouco antes do almoço e fomos direto ao orfanato. Assim que chegamos em frente ao prédio onde fica o orfanato, entendi tudo o que o advogado disse. O lugar parece ser abandonado, em nada se parecia com o lugar onde fui criado. Aquilo com certeza não é lugar para ninguém se viver, muito menos crianças e jovens desamparados.

- É aqui? - Pergunto ao Pedro para ter certeza.

- Infelizmente sim... Sinto dizer que a situação lá dentro é pior. - Ele fala com sinceridade, me deixando chocado com aquilo.

Saímos do carro e passamos por um portão enferrujado que dá acesso ao orfanato. Pedro abriu a porta e realmente por dentro o lugar ficava pior... precisa urgentemente de uma boa reforma. Há algumas crianças  espalhadas pela sala e algumas descem uma escada correndo. Vi de longe alguns meninos mais velhos com um semblante nada agradável. Aquelas crianças precisam de mais amparo, e isso aqui não é uma vida muito agradável.

- Vamos para a sala do diretor. - Senhor Pedro fala, e o sigo até uma sala que fica no fim do corredor.

Ele bate na porta e logo uma voz nos manda entrar. Assim que a porta se abre, me deparo com um homem de quase meia idade, rechonchudo e com cara de mal amado, que já me deu ranço.

- Bom dia Fernando, eu vim com o irmão do Vinícius, ele vai levá-lo hoje. - Pedro fala e vejo o homem abrir um sorriso em minha direção.

- Prazer em recebê-lo. - Ele diz ainda com aquele sorriso no rosto, que eu não retribuo.

- Pra mim não é um prazer senhor, apenas quero levar meu irmão embora, então vamos agilizar tudo?! - Falo, pois não fui com a cara desse homem nem um pouco.

O cara fica meio sem graça, mas nem ligo. Pedro mostra para ele os documentos necessários e depois de conferir que está tudo certo o homem vai buscar meu irmão. Me sinto nervoso nesse momento, não sei como será nosso encontro... só espero que tudo saia bem.

Minutos depois ele vem com um menino de estatura baixa, com os mesmos olhos e cabelos que eu, mas ele parece mais novo do que realmente é, e aparenta uma feição bem assustada. Ele me olha, mas logo desvia seus olhos e posso jurar que vi medo ali.

- Oi Vinícius, eu sou o Daniel... acho que já sabe que sou seu irmão, não?! - Pergunto me aproximando aos poucos dele.

- Sim! - Ele fala baixo, e quando eu vou pegar em sua mão ele se afasta com brutalidade de mim. Fico assustado com seu ato, mas não falo nada e me afasto.

- Ele não gosta de ser tocado, vive excluído por aí! - Fala o diretor com um tom de desdenho e eu fico com mais raiva desse cara.

- Tudo certo né senhor Cavalcanti? - Pergunto para Pedro, ignorando aquele ser desprezível.

- Tudo sim Daniel! - Ele diz, e eu assinto com a cabeça e foco meus olhos em Vinícius.

- Vamos para casa! - Falo para meu irmão, que assente com a cabeça e começa a me seguir porta a fora.

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Olá jujubas! E , o que acharam?

Bjs da Juh 😘😘

Uma Nova Chance | Livro 01 [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora