O Navio

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O navio que vinha chegando, estava indo para o porto, provavelmente. Persebo que Dimitry se agita e sai do carro em direção ao limite da terra firme, ele joga uma chama imença para cima e a embarcação começa a virar em nossa direção. Olhei para seu rosto, foi o suficiênte pra que ele pescebese que eu queria uma explicação:

- Nós vamos embarcar na quele navio, não se preocupe, são meus amigos, vamos leva-la para um lugar seguro.
- Eles são pessoas normais?
- Não, são como eu e você, eles também tem poderes.
- Vão me levar para um lugar seguro, e meus pais?
- Eles também.

Ficamos ali minutos e minutos até que o navio chegase ao litoral. Ao encostar perto o suficiênte de nós, uma porta se abriu no casco da embarcação, revelando dois adolescentes empurrando uma maca grande o bastante para dois adultos, eles a condusiram para fora e abriram a porta de trás do carro (eles iam pegar meus pais), em seguida, uma mulher ruiva que aparentava uns 20 anos se dirigiu a mim e a Dimitry:

- Bom ve-lo novamente sr.Dimitry, e esta deve ser a garota da nevasca hein? Qual é o seu nome minha cara?
- Ana.
- É um prazer conhece-la Ana, sou a professora Daphne, por favor, venha comigo.
- Mas, minhas coisas, meus pais...
- Caio e Enzo vão cuidar disso, não se preocupe.

Daphne estendeu a mão para mim, relutante, eu olhei para Dimitry, que balançou a cabeça em sinal de aprovação.

Fui para o interior do navio, a mulher ruiva andava a minha frente guiando o caminho, as minhas costas eu sabia que estavam meus pais sendo levados juntamente com as bagagens, até que os tais Caio e Enzo se desviaram de nós levando tudo por outra direção:

- Ei! Minhas coisas!
- Como eu disse antes não se preocupe, seus pais serão levados para exames e suas coisas vão para seus novos aposentos.

Aposentos?

Antes que eu perguntasse, estavamos parando na frente de uma porta branca, onde minha anfitriã bateu:

- Dr.Antônio? Posso entrar?
- Só um minuto!

No segundo seguinte ouvi um gemido de dor masculino, tinha acabado de decidir que não queria entrar ali, porém não tinha escolha, haviam muitas pessoas ao redor, presumindo que, provavelmente alguém me barraria, ou eu não conseguiria achar a saida, achei melhor quardar esse sentimento pra mim.

Exatamente em um minuto, um homem jovem de cabelos escuros abre a porta:

- Como posso ajudar?
- Acabamos de resgatar esta jovem, poderia fazer um exame geral nela?
- Com certeza! Entre minha cara.

Fiquei nervosa, Dimitry e Daphne tinham me deixado entrar sozinha com aquele cara que provavelmente era um médico.

O homem me conduziu até atrás de uma cortina, lá haviam macas que podiam ser divididas por outras cortinas, na primeira delas estava um garoto com aproximadamente minha idade, ele estava de cabeça baixa e postura curvada, era tão pálido quanto eu e seu cabelo, um grisalho radical e estiloso com alguns fios negros. Chegando na próxima maca, persebi que as costas do rapaz estavam machucadas:

- Meu Deus, ele está bem?

Disse apontando pro garoto. Ele se virou e me encarou com expresão séria, seu rosto tinha uma certa beleza, com seus olhos azul cristal e feições bem desenhadas:

- Este é Stevan, foi só um acidente com os canos lá embaixo, ele vai ficar bem.

Disse o médico, Stevan o encarou não demostrando outra emoção:

- Se Dimitry estivese cuidando dos canos, ele não teria se machucado como eu.
- Pare de se atormentar! Dimitry é só mais forte que você, e não estava aqui porque tinha resgatado ela!

O jovem me olhou novamente, mas agora, estava me analizando:

- Você devia cuidar dela ao invez de tentar me consolar Antônio, eu já estou melhor.

Ele se levantou e vestiu uma camiseta preta que se encontrava antes em uma mesinha ao lado de sua maca. Enquanto se vestia, via seu rosto se contorser com o desconforto, depois ele saiu sem dizer mais nada:

- Bom...adolescentes, Fazer o que? Bem, minha jovem, se sente aqui por favor.

Me sentei, foi só então que reparei o quanto eu estava cansada. Senti meu corpo enfraquecer rápido até parecer que não tinha mais energia alguma, até meus olhos comeceram a se fechar, e quando me dei conta, estava dormindo em sono profundo.

Coração De GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora