Ruggarol

14

KAROL:

Deitei no sofá morta de cansaço e Nancy e Matheus subiram direto para o quarto.

KAROL:Aí morri...

RUGGE:Imagina eu estão-ele  disse  sorrindo e eu suspirei e ele se jogou no sofá também ficamos lado a lado.

KAROL:Vai me contar o que aconteceu ontem?-eu disse olhando para ele que olhava o teto em silêncio.

RUGGE:Quer mesmo saber de tudo?

KAROL:Quero.Espera...Nós transamos?-perguntei de primeira e Ruggero riu.

RUGGE:Não-ele respondeu me olhando agora.

KAROL:Não mente pra mim,fala tudo sobre ontem,toda a verdade ok?

RUGGE:Ok.

KAROL:Se eu descobri que você estava mentindo te dou um chute no saco- eu disse e Rugge arregalou os olhos.

RUGGE:Não vou mentir.

KAROL:Tá,agora conta-pedi

RUGGE:Você estava muito bêbada,e o Agustín me ligou pedindo para te buscar.

KAROL:Há Deus...-murmurei chocada.

RUGGE:Depois de discutir com você sobre te levar pra casa,simplismente te peguei no colo e levei,você me xingou óbvio e você tomou um banho gelado e tomou um remédio e se deitou e dormiu-ele disse.Não era só isso,tenho certeza.

KAROL:Ruggero...Não é isso.

RUGGE:É sim.

KAROL:Você mente muito mal.

RUGGE:Karol...

KAROL:Vai me falar o que aconteceu depois que eu deitei ou não?-Eu disse e ele suspirou.

RUGGE:Você pediu pra mim deitar com você...

Por um momento para de respirar.

KAROL:Nós...?

RUGGE:Não não Não-ele falou rápido e eu relaxei.

RUGGE:Você me beijou-ele disse assim do nada,arregalei os olhos e fiquei de boca aberta,eu não estava preparada para essa revelação.

KAROL:Uau...É...uau - murmurei e sentando no sofá e ele fez o mesmo me analisando.

RUGGE:Então é isso-Ele disse e eu me levantei e Ruggero olhava atentamente meus movimentos peguei uma garrafa de vinho e fui até ele de volta me sentando ao seu lado,abri a garrafa e tomei um gole do vinho e enquanto Rugge me olhava.

KAROL:Acho que vamos precisar disso-eu disse apontando para a garrafa e Rugge pegou a garrafa e tomou um gole.
Escutamos passos apresados,olhamos e era Nancy e Mateus com mochilas na mão.

KAROL:O que é isso?

NANCY:Esqueceu que hoje vamos dormir na vovó?-ela disse animada e Matheus olhou pra mim e depois para Ruggero e sorriu.

MATHEUS:É claro que sim.

KAROL:Há,então eu levo vocês.

NANCY:Você anda muito esquecida viu,a vovó vai vir pegar nós -disse ela me olhando com um sorrisinho safado no rosto,se ela não fosse tão parecida comigo em tudo eu diria que ela não era minha filha inocente.
Nancy,quer muito que eu e Ruggero ficamos sozinhos e ela sabe muito bem pra que.
Ouvimos uma bozina e os dois sorriram.

NANCY:Tchau mãe,Tchau pai,amo vocês!-ela disse acenando e correndo para o carro Matheus deu um risadinha.

MATHEUS:Amo vocês também,e...Se divirtam-ele falou e senti meu rosto ficando vermelho e Ruggero riu.
Quando o carro sumiu de vista com meus filhos dentro suspirei e bebi mais um gole do vinho.

KAROL:Tá bom né...-murmurei e me levantando e colocando uma música bonitinha e voltando a beber junto com Ruggero.
Depois de um tempo nós não estavamos nem bêbados e nem sóbrios,sabíamos o que estávamos fazendo.

KAROL:Nada a ver,acho que na verdade a Carolina odiou primeiro o Agustín-falei enquanto girava o dedo indicador em volta da tampa da garrafa

RUGGE:Eu acho que foi o Agustín- ele disse e eu sorri sozinha.

KAROL:Foi ódio a primeira vista-falei rindo junto com Rugge.

RUGGE:Se lembra quando a Candelaria conheceu você?

KAROL:E como poderia esquecer da Candelabro?-falei e rimos de novo,quando Rugge namorava a Candelaria eu costumava a chama-la de Candelabro e ela ficava muito brava e depois todos começaram a chamar ela assim o que deixou ela com muito mais raiva de mim.

RUGGE:Ela de tinha te chamado do que mesmo?

KAROL:Egocentrica e patricinha-falei imitando a voz enjoada da Candelabro e Rugge riu.

KAROL:Quem era egocêntrica era ela,não dividia o namorado com ninguém credo,e patricinha é o cu dela- eu disse e rimos.Por algum motivo aquilo tudo era engraçado.
Escutei aquela batida da música e parei de falar e levantei a mão pra cima.

KAROL:Ooooh essa música...-falei balançando as mãos e Rugge me olhava sério agora.

RUGGE:Eu me lembro dela-ele murmurou e nos olhamos sérios.

KAROL:A última vez que dançamos Yes I Do eu tinha percebido que te amava-eu disse e ele suspirou.

KAROL:Tudo passou tão rápido...

Rugge se levantou e veio até mim estendendo a mão pra mim e eu olhei sem entender.

RUGGE:Dança comigo?-ele perguntou e eu sorri e peguei sua mão e ele me puxou para perto.Aquela aproximação não era segura mas eu quero que se foda.
Estávamos abraçados enquanto dançávamos lentamente eu com a cabeça encostado em seu peito,podia ouvir seu coração que estava acelerado,saber que ainda causo isso nele me deixa muito feliz.
Ele me girou fazendo eu ficar muito mais perto dele agora.
Eu e ele nos olhávamos em silêncio meu coração estava acelerado e me senti anciosa.
Fomos chegando mais perto e mais perto até que senti seus lábios nos meus.