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Notas iniciais:

Eu disse que iria esperar o próximo jogo da Champions pra escrever esse capítulo, porém não resisti! Ficou curtinho mesmo, mas espero que goste!

Boa leitura.

Quando o árbitro apitou o final da partida, eu tinha a perfeita convicção de que lidaria com as consequências das minhas ações

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Quando o árbitro apitou o final da partida, eu tinha a perfeita convicção de que lidaria com as consequências das minhas ações.

Durante toda a semana, a equipe da Juventus se preparou para o confronto com o grande Real Madrid, porém o resultado não poderia ter sido pior.

O time espanhol precisou de apenas dois minutos para calar todo o Allianz Stadium de uma forma dramática. Mesmo isso não nos abalando de cara, afinal sabíamos da força do nosso adversário, quando o tempo começou a correr e vimos que nossos lances não estavam dando certo e nem gerando algum tipo de resultado ao nosso favor, o desespero acabou tomando conta, principalmente das minhas escolhas dentro de campo.

Meu primeiro cartão amarelo veio por uma suposta simulação para cavar um pênalti. O segundo apareceu quando deixei o pé em uma dividida dura com Dani Carvajal, resultando assim no meu cartão vermelho e na expulsão quase que imediata. Com um a menos, a Juventus não conseguiu evitar o terceiro gol dos galácticos.

Embora com o sangue quente eu não conseguisse pensar no peso das minhas escolhas, assim que entrei no vestiário do Allianz Stadium a ficha realmente começou a cair em meus ombros sobre o meu desempenho.

Além de não ter conseguido controlar meu temperamento, eu tinha prejudicado ainda mais meu time, resultando dessa maneira num placar quase que irreversível para o próximo jogo.

O cansaço psicológico estava presente, junto com o pensamento nos possíveis títulos das manchetes que detonariam minha carreira ainda naquela noite e na manhã seguinte nos jornais esportivos. Eu sabia que como jogador de futebol estava sujeito aquilo, principalmente com a atuação que tive nos gramados, mas odiava ver as pessoas duvidando da minha capacidade como atleta e até mesmo do meu caráter.

Meus companheiros começaram a entrar no vestiário com a expressão de derrota estampada em seus rostos e a única coisa que pude fazer foi pedir desculpas para todos eles, mesmo sabendo que isso não me livraria de receber as críticas dele.

Massimiliano passou por mim sem nem ao menos me olhar no rosto, reunindo toda a equipe antes do banho para seu sermão, desde os jogadores que estiveram em campo, os que ficaram no banco de reservas, até a parte técnica.

- Isso que vocês apresentaram hoje em campo por acaso foi o que treinamos durante toda a semana?

Allegri começou, fazendo todos nós apenas balançar a cabeça negativamente, já que sabíamos que o homem odiava ter seus discursos interrompidos com desculpas esfarrapadas.

Daylight • Paulo DybalaOnde histórias criam vida. Descubra agora