Em Lights On, Paulo Dybala e Fiorella Allegri descobriram seus sentimentos e lidaram com as dificuldades de um relacionamento exposto na mídia.
Agora em Daylight, os dois estão determinados a fazer dar certo, mas ainda precisam trabalhar muitos asp...
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Positivo.
Foi o resultado que apareceu nos testes de gravidez.
Não posso negar que essa mera possibilidade não tinha passado pela minha cabeça por conta de todos os sintomas que estava sentindo, porém nunca achei que fosse realmente se concretizar.
O argentino estava certo ao falar que não éramos cuidadosos.
Depois de um tempo juntos, acabamos esquecendo desse detalhe tão importante, afinal eu não tomava remédio contraceptivo, aumentando ainda mais nosso risco.
Perdi as contas de quantas vezes tentei relembrar o último momento que tivemos relações sem camisinha, para assim justificar a gravidez.
Nessa mesma noite que descobrimos a razão pela qual estava me sentindo mal, eu não consegui falar mais nada após ver as duas listrinhas rosas no palitinho. Apenas fui direto pro banheiro, passando quase meia hora debaixo do chuveiro, para enfim sair do box e encontrar Paulo dormindo profundamente em nossa cama.
Eu e ele seríamos pais.
A ficha ainda não tinha caído e acho que não cairia tão cedo.
O pensamento de que um bebê crescia dentro de mim era estranho e me deixou acordada durante toda a madrugada refletindo em como as coisas mudariam a partir daquele instante.
Eu não sabia cuidar de criança. Nunca fui do tipo de mulher que idealizou ser mãe e muito menos imaginava que isso pudesse acontecer tão cedo e de uma maneira não planejada. Quando você se tornou tão descuidada, Fiorella? Tinha vinte e três anos, por isso não poderia justificar esse acontecimento com falta de conhecimento ou maturidade.
Sabia muito bem os riscos que corria ao se deixar levar pelo clima e tesão do momento, esquecendo-se das responsabilidades que poderiam surgir de tal ato.
Responsabilidade essa que seria dependente da gente por muito tempo.
Após uma noite em claro, no dia seguinte à descoberta eu e Paulo não tocamos no assunto. E assim seguiu por três longos dias.
Compreendia que ignorar esse novo fato das nossas vidas era a pior reação que poderíamos ter.
Porém eu estava extasiada e precisava de um momento a sós comigo para assimilar toda a situação.
Até mesmo Paulo, que sempre deixou claro querer ter filhos, parecia assustado sem saber como reagir ou se comportar.
O medo e as inseguranças pareceram cair nos ombros do jogador, fazendo com que ele percebesse a dimensão que era se tornar pai de um bebê.
Uma vida indefesa que precisaria de todo amor e cuidado do mundo.
E foi com essa mistura de sentimentos, aflições e devaneios que eu acabei me afundando de vez no trabalho, saindo de manhã e voltando apenas à noite para casa, como se aquele período que eu passava com a mente ocupada pudesse me fazer relaxar e esquecer todo o tsunami que estava por vir.
