◽ Venti

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— O que acha de Lorenzo ou Mattia?

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— O que acha de Lorenzo ou Mattia?

— São bonitos, mas são nomes muito comuns.

Nossa saga à procura do nome perfeito para o monstrinho continuava a todo vapor. O problema era que Fiorella tinha um gosto peculiar demais e a maioria das sugestões eram descartadas por serem comuns, chatas ou sem graça.

Escolher um nome acabou sendo uma tarefa mais difícil do que eu pensava, afinal nosso filho carregaria ele como sua identidade, por isso não queríamos errar ao decidir essa questão.

Eu também gostava da ideia do monstrinho carregar um nome diferente, porém não estávamos conseguindo entrar num consenso quanto a isso.

— E que tal Diego? — sugeri, assistindo a italiana me encarar por alguns segundos, arqueando a sobrancelha como se quisesse ler meus pensamentos.

— Posso saber o por que desse nome? — retrucou, mordendo a ponta da caneta que segurava entre os dedos.

— Sei lá, eu acho bonito. — dei de ombros, apesar da minha despista não ter funcionado.

— Se for por causa do Diego Maradona, já pode tirar o seu cavalinho da chuva, porque eu não vou homenagear nenhum jogador de futebol, ainda mais argentino. — rolou os olhos entediada.

— Nós nunca vamos conseguir escolher esse nome. É muita responsabilidade. — bufei, largando o celular em cima do sofá. — A cada dia que passa eu acho que essa criança vai ser nomeada de monstrinho pra sempre.

— Eu quero um nome forte, que transmita segurança, lealdade. — continuou sua explicação, no momento em minha mãe saiu da cozinha para a sala de estar, limpando as mãos no avental que ela usava enquanto preparava o almoço.

— Acho que vocês precisam fazer uma seleção. Cada um separa três nomes, no estilo que vocês procuram, e a partir dessas seis opções vocês fazem uma escolha. — Alicia sugeriu, sentando-se no sofá entre nós dois. — Se continuarem nessa de olhar todos os nomes do mundo, vai ser impossível decidir.

— Eu ainda fico com a opção de chamá-lo de monstrinho. — resmunguei quando Alicia me deu um beliscão no braço. — Ai, mãe, doeu.

— É pra doer mesmo. Meu neto não vai se chamar monstro. — balançou a cabeça perplexa.

— A Alicia tem razão. Nós devemos escolher três nomes e hoje a noite decidimos qual a melhor opção. — Fiorella assentiu, levantando-se do sofá.

Era fascinante para mim observar o quanto a barriga dela crescia a cada dia. A italiana estava na metade da gestação e agora podíamos ver com mais facilidade a protuberância redonda. Por ter um corpo pequeno, Ella sentia algumas dores na coluna, mas na maioria das vezes eu achava que isso era apenas uma desculpa para que eu fizesse massagem nas suas costas e nos seus pés.

Daylight • Paulo DybalaOnde histórias criam vida. Descubra agora