Capítulo 33

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Michel narrando

Como fui idiota em pensar que meus amigos não estavam nem para o meu aniversário?! Bom, a resposta é fácil, eu sempre fui um idiota, dessa vez não seria diferente. Julguei todos eles, e no final fui surpreendido.

Havia passado a tarde do meu aniversário chorando. Pode parecer gay, e não estou nem aí pra quem achar isso, até por quê não tenho preconceitos. Mas a questão é que eu sou humano, tenho sentimentos e emoções, e desta vez não me controlei. Letícia foi a única pessoa que quis passar a tarde comigo, após o período da manhã quando todos tinham ido embora de minha casa, inclusive ela, meu celular tocou e era a mesma, me chamando para ir na sua casa.

Foi divertido, rimos do passado, assistimos filmes e até afogamos as mágoas. Tudo com muito respeito. Ao anoitecer, Letícia apenas disse que tinha que resolver algo, e que eu podia ficar a sua espera, pois não ia demorar. Assim fiz, e cumprindo sua palavra ela não demorou. Foi que começou a tal surpresa, com Vinícius chegando logo depois de Letícia, dizendo que queria me levar a uma balada, mas que eu teria que me arrumar depressa.

Sim, me passaram para trás. Não desconfiei de nada, e no fim me diverti pra caramba.

Agora, depois de ter tido a minha melhor festa de aniversário, Diendly está ao meu lado, sorrindo com timidez, com os olhos fixos aos meus. Confesso que isso está muito suspeito.

- Como assim não vamos nesse carro?- pergunto sem entender nada. Estamos só nós dois aqui do lado de fora desse salão,os outros foram embora.

Diendly, em um sinal ainda maior de timidez, esconde uma parte do rosto com uma de suas mãos, respira fundo e diz:

- Está na hora do seu presente, Michel.- e é assim que minha mente viaja e meu coração acelera.

Ela pega seu celular, manda uma curta mensagem para alguém que não faço ideia, e em seguida vejo um carro se aproximando de onde estamos. Tento descobrir quem é o motorista daquele carro preto luxuoso, mas tudo é em vão, pois nunca vi este cara. O mesmo desce do banco do motorista e vai rumo a porta dos bancos de trás à abrindo. Diendly 'desfila' até o carro, segura na porta e fica me encarando.

" Lógico, estou igual uma estátua aqui, tentando adivinhar para onde vamos. Ela está me esperando."

E de modo automático vou até ela.

- Não estou entendendo nada, você pode até estar indo me matar. - sussurro em seu ouvido.- Mas espero que seja de amor.

Isso foi clichê? Sim ou claro?

sei que deu efeito, pois o corpo de Diendly correspondeu com arrepios e o rosto vermelho. Ela não tinha me respondido nada, apenas entrou no carro e se manteve séria.

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