PERSEU Ó PERSEU

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O matador da Górgona Medusa. Era filho de Zeus – para variar quem não é filho de Zeus? - e de Dânae, filha de Acrísios, aquele do palácio, rei de Argos. Advertido de que seria morto pelo neto, Acrísios trancou a mãe e a criança numa arca de madeira muito bem feita e trabalhada em ouropéis, lançando- os ao mar.

Mas tudo que tem brilho falso se entrega. Chegaram à ilha de Sérifo, onde foram salvos e onde Perseu cresceu. Polidectos, rei de Sérifo, apaixonou-se por Danaê e, temendo que Perseu talvez interferisse em seus planos, enviou-o numa missão para obter a cabeça da Medusa, um monstro para o qual quem voltasse o olhar, era transformado em pedra. Todo mundo queria se livrar do rapaz.

Auxiliado por Hermes, mensageiro dos deuses, Perseu abriu caminho por entre as Greias, três velhas decrépitas e desgrenhadas, daí o nome, que compartilhavam o mesmo olho entre elas e vigiavam (só rindo mesmo) a caverna que levava ao local onde estavam as Górgonas. Perseu tomou-lhes do olho e recusou a devolvê-lo até que elas lhe dessem a direção para alcançar a Medusa. Elas apontaram a direção com dedos afilados e raquíticos.

Recebeu das ninfas um par de sandálias aladas, um alforje mágico que guardaria qualquer coisa que fosse colocado dentro dele e um capacete que o tornava invisível. Equipado com a espada flamejante de Hermes, - mal podia segurá-la de tão quente que era, - uma espada que nunca podia ser entortada ou quebrada, e, ainda pior peso, o escudo da deusa Atena, que o protegeria de virar pedra.

Perseu encontrou a Medusa e a matou, vou já dizendo. Com seu capacete que o tornava invisível, ele foi capaz de escapar da ira de suas irmãs e, com a cabeça do monstro em seu alforje ele voou nas sandálias aladas de volta para casa. Coisa muito simples de se fazer naqueles tempos.

Enquanto passava pela Etiópia, por mero exercício, salvou a princesa Andrômeda prestes a ser sacrificada para um monstro marinho e a tomou como sua esposa. Seguindo para Sérifo ele libertou sua mãe de Polidectos usando a cabeça da Medusa para transformar o rei e seus seguidores em pedra, ampliando assim as estátuas do palácio que ficou muito mais belo e felizmente ornamentado. Então todos retornaram à Grécia, onde Perseu, acidentalmente, matou seu avô Acrísios com um disco digital (atirar com a ponta dos dedos) , cumprindo assim a profecia.

De acordo com a lenda, Perseu foi à Ásia, onde seu filho Perses governou os persas, povo que recebeu seu nome.

Simples assim.

MITOLOGIA PELO MÉTODO CONFUSOOnde histórias criam vida. Descubra agora