Sexta 13:47
Eva
Eu já estava parada no estacionamento fazia uns quinze minutos, meu coração já está bastante descompensado, mas mesmo assim eu tentava me convencer que tudo iria acabar bem.
Porra.
Quem eu estou querendo enganar? É do PChris que estamos falando! Eu nem sei em que tipo de problema ele se meteu, e aqui estou eu envolvida nisso tudo sem nem ao menos ter ideia do que está acontecendo.
Eu sei que disse ao Chris que confiaria nele, mas a verdade é que minha consciência me acusa a cada cinco segundos de que eu estou em uma enorme encrenca.
Recebo uma mensagem da minha mãe dizendo que ficaria um período longo fora de casa, o que fez o meu coração desacelerar um pouco. A última coisa que eu quero é que a minha mãe se envolva nisso tudo, mesmo eu não sabendo exatamente o que é isso tudo, respondo a mensagem dizendo que está tudo bem e que ela não deveria se preocupar.
Como eu não fazia ideia de qual era o carro do Christoffer, acabei encostando na grade do estacionamento esperando a boa vontade do querido PChris aparecer. Depois de uns mais três longos minutos, vejo ele vindo na minha direção, ando na direção dele.- Desculpa a demora. Estava resolvendo uma coisa.
Ele me leva até o carro, e dirige silenciosamente até a minha casa, assim que ele estaciona, descemos e fomos até a porta. Lembra do meu coração? Então, ele está descompensado de novo.
Tenho tantas perguntas na minha cabeça agora.
O que ele deve ao Ivan?
No que será que o Chris se meteu? E me meteu?
Por que ele está tão preocupado em me ajudar?
Mas sei que se eu fizer algumas dessas perguntas a única coisa que eu vou ganhar em troca vai ser um belo de um "não é dá sua conta" ou "isso não diz respeito a você".
Sabe ele ainda é o mesmo Penetretor Christoffer Schistadd que eu fiquei na festa passada, mas agora nesse exato momento ele não é mais o mesmo. Eu não sei dizer o que é, mas com certeza tem algo diferente.
Destranco a porta e chamo ele para dentro. Assim que eu tranco a porta novamente, nós ficámos ali na sala olhando um para o outro com um belo ponto de interrogação na testa. Mas ele que veio até aqui, sou eu quem precisa de explicações, entretanto algo me diz que ele tem um plano.- Então, o que acontece agora?- pergunto.
O celular dele começa a tocar.
- Arruma suas coisas.
Ele diz e sai para atender o celular.
Autoritário? Imagina...
Desço às escadas até o meu quarto, pego uma mochila e jogo tudo lá dentro. Eu nem sei exatamente o que eu tenho que levar. Só sei que a minha cabeça não para de girar.
Ouço a voz do Chris me gritando da sala.- Aqui embaixo. - grito.
Ouço seus passos batendo na escada, ele abre a porta.
- Mudança de planos. - ele diz.
- O que é agora? - pergunto irritada.
Ele me olha de cima em baixo.- Eu só quero ajudar.
Eu respiro fundo.- Porra! Eu nem sei o que está acontecendo, minha cabeça não para de doer e eu só quero que isso acabe! - Ele revira os olhos no final do meu pequeno "discurso".
- O que eu menos preciso agora é do seu drama.
Ele não grita, não demonstra nenhum tipo de irritação, mas demonstra cansaço na voz, então ele apenas fala isso e sai do meu quarto me deixando sozinha. Eu sei que ele só quer me ajudar, - eu acho - mas eu preciso de respostas e ele não parece muito disposto a me dar.
Subo as escadas, procuro ele dentro da casa e não encontro, vou até o quintal e o encontro sentando na escada da varanda fumando, sem saber muito o que fazer sento um pouco mais distante e fico ali, encarando a rua.- Sint... - começo, mas ele logo me corta.
- Eu sei, você sente muito. - ele dá um longo suspiro. - Vou ficar aqui.
Me queixo vai ao chão.
Como assim ele vai ficar aqui?
Ele fala como se não fosse nada demais, como se tivéssemos uma longa duração de amizade e intimidade. Isso me apavora, mas faço de tudo para não demonstrar como a sua ideia me deixa totalmente desconfortável.- Ok... - Como eu não sabia o que dizer, eu só falei isso.
- Tenho que ir em casa. Quer vim comigo?
Ele já havia descartado o cigarro, sua atenção estava desconcertantemente em mim, seus olhos verdes estavam repousados em mim, mesmo ele olhando os meus olhos, parecia que sua atenção estava além.
- Tá bom.
Ele se levanta e seguimos para o carro. Só haviam se passado sete minutos, mas minha cabeça estava processando como se houvesse passado uma eternidade. Sei que não deveria perguntar sobre, talvez a única coisa que ele me dê seja um fora, mas eu vou tentar.
- O que você deve ao Ivan?
Ele olha para mim rapidamente e depois volta a sua atenção para a estrada, um sorriso de canto aparece de leve na sua boca.- É melhor nem saber.
Eu reviro os olhos.- Podemos pular essa parte onde você se faz de misterioso? - Ele ri. - Acho que eu mereço saber o que está acontecendo, tem haver comigo também.
- A questão é essa. Isso não deveria ter nada haver com você. - Ele suspira pesadamente.
Eu o observo por um tempo e penso em como esse ser humano parece esses tipos de garotos misteriosos que sempre tem um lado negro que nunca revelam a ninguém, que por trás de toda essa marra de "pegador gostosão" existe uma outra pessoa completamente diferente que quase, ou ninguém, tem acesso. E por alguns segundos eu quis ser uma dessas pessoas.
- Eu sei que eu sou um gato, mas você já está me assustando. - ele diz, soltando uma risada irónica.
Eu rio debochadamente.
- Você é muito convencido.
Durante o resto do caminho eu não parava de pensar em como ele tem se preocupado com a minha segurança, ele podia simplesmente pouco se fuder com tudo isso e seguir com a vida dele, ou talvez ele apenas queira livrar a cabeça dele de um peso na consciência, sabe se lá o que esse Ivan é capaz de fazer quando está com muita raiva.
Minha cabeça está divagando em mil pensamentos de como e por que. Meu Deus. Isso tudo é uma grande loucura, por que eu não sou uma adolescente corna normal? Eu poderia estar devorando um pote de sorvete com calda de chocolate e comendo pipoca ao mesmo tempo. Mas não, eu estou no carro de um fuckboy, que quer me "proteger" desse tal de Ivan e eu não faço ideia do porque desse cara achar que o Christoffer Schistad tem algum interesse em mim.
Na verdade é uma ótima pergunta. Por que será que esse cara acha que o Chris tem algum tipo de interesse por mim?
Mais perguntas e nenhuma resposta. Estou começando a me acostumar com isso.
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Risco De Sentimentos
RandomChris&Eva Eva. Chris. Como descrevê-los? Bom, com certeza, não como um casal normal, na verdade nem sequer eram um casal, nem mesmo amigos. Seu drama com o Jonas mexe fortemente com ela, e como em um perfeito filme clichê, quem estava lá para salv...