Capítulo 2

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Kara Danvers

Um ano depois...

─ Como ela está? ─ Maggie, que entrou no apartamento do hospital em que eu estava, segurando um pacote da Subway, me encarou ─ alguma notícia?

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─ Como ela está? ─ Maggie, que entrou no apartamento do hospital em que eu estava, segurando um pacote da Subway, me encarou ─ alguma notícia?

─ Ela está estável ─ suspirei ─, mas ainda tem que ficar internada e sob observação...

─ Ei, ela é forte ─ minha cunhada me abraçou ao ver minhas lágrimas caírem novamente ─ forte como a mãe dela ─ sorrimos.

Há uma semana, eu e Elisa, estávamos no hospital infantil de Metrópoles. Depois de várias discussões sobre eu adotar ou não a minha menina, Alex acabou se dando por vencida, afinal ela mesma já estava sobre os encantos do nosso anjinho de olhos incrivelmente verdes. E assim foi. Elisa completou seu primeiro ano de vida ao meu lado e das suas tias, acompanhada também de Winn - que acabou virando seu padrinho por consideração. Mas, apesar de amar tudo o que eu tinha agora, cuidar de uma criança tão frágil sugava todas as minhas energias.

Nossa pequena menina de aço enfrentava uma luta diferente a cada mês. Internações, pequenas cirurgias, intervenções médicas, doenças que para uma criança dita "normal" seria algo simples de se lidar, para Elisa não era e nunca seria. Seus pulmões eram frágeis, seu coração, sua imunidade e por aí vai. Perdi as contas de quantas vezes eu saía correndo da nossas casa, aos prantos, sentindo meu coração se comprimir dentro do meu peito, simplesmente porque uma gripe corriqueira havia se transformado em uma pneumonia e, por minha filha ter doenças crônicas como bronquite, tudo piorava.

E quando ela teve que fazer a primeira cirurgia? Eu pensei que ia morrer, cheguei bem perto de ver a luz no fim do túnel. Elisa tinha apenas quatro meses quando foi levada pela pediatra do hospital onde Alex trabalhava e submetida a primeira operação. A partir dessa primeira vitória, a apelidamos de menina de aço e coração de ouro. Meu pequeno anjo significava tudo para mim e eu já nem me lembrava do fato de que eu nunca a havia gerado, não havia a concebido, porém é o que dizem: mãe é quem cria e eu, Kara Danvers, sou mãe de um pedacinho do paraíso, o meu paraíso. Elisa Danvers.

─ Onde está Alex? ─ perguntei.

─ Atendendo o último paciente de hoje e logo estará aqui ─ sorriu carinhosamente, mostrando suas covinhas. Acho que eu me apaixonaria por alguém com covinhas como a dela ─ hoje é aquele paciente ─ cochichou.

─ Aquele? ─ cochichei de volta. Alex era psiquiatra e havia tido um problema com um paciente que havia se apaixonado por ela. Inclusive propôs casamento ─ ainda bem que você lida com gente morta. Sinceramente, é bem mais fácil e você nem corre o risco de matar ninguém.

─ Eu concordo totalmente contigo ─ comentou rindo. Maggie também havia se formado em medicina, coincidentemente na mesma faculdade que minha irmã, porém ela trabalhava para o FBI como médica legista.

─ A tia mais gostosa e querida chegou ─ Alex adentrou o quarto animada e nos encarou rindo.

─ Humildade nunca foi seu forte ─ comentei e ela rolou os olhos.

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