Flares

Capítulo 15

  Heeeey! Eu voltei sahushaus eu ia atualizar de madrugada, mas acabei dormindo hehe
Bom, hoje teremos mais das nossas meninas lindas e teremos uma revelação por parte de um dos personagens, espero que gostem!
Obrigada por comentarem, por darem fav e por amarem essa historia comigo <3

Boa leitura!  

Lena Luthor

Não sei quanto tempo ficamos daquela forma. Logo senti a sua língua enroscando com a minha, seu sabor era único e seu hálito de hortelã era delicioso. Sua mãos ainda seguravam firme na minha cintura, enquanto as minhas estavam depositadas em seu rosto e a música já havia acabado, porém nenhuma de nós havia se importado com esse detalhe. Eu podia sentir meu corpo superaquecer e os arrepios percorrerem cada centímetro da minha pele, como descargas elétricas num fio desencapado.

Arrepios... sei. Consigo ouvir a voz de Mike na minha cabeça falando sobre isso. Vamos chamar os arrepios de... coisos. Certo.

Quando o ar se fez necessário, ambas nos afastamos, ainda de olhos fechados e suspiramos. Beijá-la poderia se tornar facilmente meu novo vício e isso me assustava, não posso afirmar que ela sinta o mesmo que eu quando nos aproximamos dessa forma, quando nossos olhos se encontram e isso era o que mais me afligia nesse momento. Como seguiríamos daqui para frente? Como ficaria nossa recente amizade?

Kara encostou sua testa a minha e eu abri os olhos, apenas para analisar cada detalhezinho do seu rosto, como quem decora uma matéria para prova. Eu queria decorar cada batida do seu coração perto do meu, me sinto idiota ao pensar o quanto isso está mexendo comigo. É possível estar tão entregue dessa forma? Acho que não, mas não é como se amor fosse ciência e eu sempre lidei melhor com fatos científicos do que com sentimentos. Sabe o mais irônico disso? Biologia não é uma ciência exata, nunca foi e amor, paixão ou o que quer que seja, também não. Não é nem ciência muito menos algo exato. Eu podia me sair muito bem ao fazer contagem de cromossomos, descrever a divisão celular e dizer que uma mutação irá ou não surgir de um c'rossing over realizado de forma errônea no meio da meiose, mas eu jamais poderia afirmar que a célula seguiria viva ou não, se um câncer era ou não causado por fatores externos.

Ciência, assim como estar apaixonada, te deixava num caminho sem respostas e mesmo assim você segue em frente. Porque, qual a melhor sensação do que enfrentar o mistério de ser surpreendida a qualquer momento?

─ Kara, eu...

─ Não diga nada ─ ela me puxou novamente para um abraço ─ podemos conversar sobre isso depois. Mas, por favor, não me afaste de novo, não precisa ter medo de demonstrar para mim...

Certo, respira. Sei muito bem a minha tendência a afastar alguém que ultrapassa algumas barreiras minhas, mesmo que fosse uma ou duas. No entanto Kara não estava ultrapassando nada.

Ela estava derrubando cada barreira que eu havia levantado, derrubando cada tijolo que eu arduamente carreguei para esse enorme muro que me cercava e quer saber? Isso não estava doendo e eu não estou com medo, bom... talvez um pouco. Mas se ela continuasse a me segurar assim sei que nada disso vai importar.

─ Me desculpa por isso. Sentimentos me assustam, ter alguém se importando comigo me deixa apavorada ─ confessei.

─ Já percebi ─ riu ─, mas me deixa ficar.

─ Se eu disser não, você vai desistir?

─ Não ─ ela sorriu e ajeitou os óculos, da mesma forma fofa de sempre. Ai, droga. Tomara que isso não consuma meus neurônios ─ inclusive, talvez isso me faça sempre ficar tentando te puxar para um abraço ─ brincou.