Capítulo 32

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  Olha quem voltou, não é mesmo? Ceis são muito desesperado aksdjnakjdn
Enfim, eu ainda n respondei os comentarios, mas vou fazer isso esse fds ok? Obrigada pelo carinho, pelos elogios, pq serio, isso significa demais pra mim, é o que me mantem escrevendo aqui pra vcs :)

Boa leitura e nos vemos nas notas finais!  

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"O que não te mata, faz você desejar que você estivesse morto. O que não te destrói, deixa você quebrado em vez disso."

Kara Danvers

De repente, eu não conseguia respirar. Minhas mãos tremiam e eu podia sentir meu estômago revirar dentro de mim, gerando ânsia. Quando me disseram uma vez que a verdade destrói, mas a mentira corrói, nunca pensei que destruição tivesse um gosto tão amargo e também nunca imaginei que pudesse cogitar viver na mentira. Às vezes você acha que tem controle de tudo ao seu redor, das suas finanças, da sua alimentação, de seus filhos e então vem apenas uma situação, uma única simples verdade e daí, todo seu mundo vem abaixo, em questão de segundos.

A teoria do caos diz que: uma pequena mudança no início de um evento qualquer pode trazer consequências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro, gerando o que chamamos de eventos caóticos. Porém, segundo essa mesma teoria, o caos não é algo ruim e sim algo que não podemos controlar. O bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo, é o que diz esse estudo, e há quatro anos atrás esse caos se instalou na minha vida.

A ideia de que caos não é algo ruim pode ser bem pessoal, dependendo do seu tipo de pensamento e visão de mundo. Eu podia ter levado aquela criança recém nascida, dentro de uma caixa de papelão, para o orfanato que tinham me indicado. Eu podia ter recusado fazer tal coisa, podia ter ligado para a polícia e denunciado aquilo como abandono de incapaz. Podia nunca ter aceitado esse emprego quando recebi a resposta, podia ter começado a namorar Diana ao invés de insistir com a Lena. Caos. Uma simples decisão, um único passo, e sua vida muda para sempre.

Seja lá qual tenha sido a borboleta a bater suas asas anos atrás, ela pode ter certeza que nunca pensou no tamanho bagunça que gerou.

─ O que... co-como... ─ me levantei num pulo do sofá e continuei encarando aquele teste de DNA.

Lena Luthor tem no mínimo 99,99% de chance de ser mãe biológica de Elisa Danvers.

Meu mundo estava desabando e isso nunca pareceu tão assustador. A dor no meu peito pode sim ser chamada de desespero, de confusão e de falta de ar. De tudo o que eu podia esperar da vida, isso foi o que nunca passou pela minha cabeça, de nenhuma forma. Chega a ser irônico pensar que, em todo esse tempo, várias vezes as situações chegaram a me mostrar a verdade. Estava estampado na minha cara, era óbvio e era... era a verdade mais dolorosa que eu já havia recebido. Agora tudo faz sentido quando dizem que, muitas vezes, preferimos não acreditar no óbvio.

─ Kara, por favor, respira ─ Alex tentou me abraçar, mas eu desviei bruscamente, muito nervosa para ter qualquer contato no momento.

─ Você está muito pálida, precisa se acalmar ─ Sam murmurou ao meu lado. Eu sequer percebi que eu estava chorando. Tudo era um borrão na minha frente.

─ Por favor...

─ Não encosta em mim! ─ falei um pouco alto e Alex se assustou ─ você... ─ solucei, ainda sem ar e com as lágrimas grossas contornando minhas bochechas ─ vo-você... não tinha esse direito! ─ quase gritei ─ como... porque?

─ Kara, me desculpe, e-eu...

─ Eu preciso de ar ─ murmurei rapidamente e procurei pela minha bolsa. Precisava sair dali, precisava de um ambiente aberto e, principalmente, precisava ficar sozinha.

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