Capítulo 20

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  Eu chegaaaaaaaaaay! Demorei, mas voltei!
Gente, ceis tao tudo nervosinho aksjdnsakjdnskjdn calma, ainda tem chão pra gente rodar ok?
Obrigada pelos comentarios, por tudo e por serem os melhores leitores <3

Boa leitura!  

Kara Danvers

O dia tinha passado tão rápido que eu nem sequer notei que a manhã estava virando noite. Sara estava de licença, pois tinha ficado extremamente gripada e, como a saúde de Lionel era frágil e Lena preza pela saúde de seus funcionários, a loira estava ficando em casa. Isso causou uma revolução na cozinha, afinal as meninas não sabiam bem a ordem das coisas e também, digamos que a culpa seja minha, já que quem solicitava as comidas e bebidas era ninguém menos que eu mesma.

O mais difícil do dia de hoje nem foi a ausência de Lance, que já acontecia há alguns dias, mas sim o fato de que eu e Diana ficamos sozinhas. Ela claramente não estava feliz comigo, mesmo nunca tendo devidamente discutido uma com a outra, a morena parecia me odiar com muita força e isso era ridículo, eu nem fiz nada tão grave para ela me detestar dessas forma. Diana é sim bonita, gostosa e atraente, era inclusive uma ótima amiga, porém não pode me obrigar a sentir por ela o que sinto por Lena. Não, o que eu sinto pela minha chefe é completamente diferente e nem tem a ver com o fato dela ser linda, inteligente e fodidamente maravilhosa, em todos os sentidos.

Minha cabeça estava cheia e eu mal raciocinava coerentemente. Por mais que minha noite tenha sido um paraíso e ter tudo claro na minha mente, cada detalhezinho, ainda sim eu estava preocupada. Alex não tinha me ligado, apenas respondido as minhas mensagens, porém eu notei que seu ânimo não era dos melhores e sabia que isso era algo bem maior do que eu sequer posso imaginar. Sempre pensei que ela era a mais sábia, a mais corajosa, a mais inteligente e a mais protetora. Alexandra Danvers era a cópia de nossa mãe Eliza, sempre enxergando um passo a frente, sempre pensando nas consequências de cada ato e dando os melhores conselhos. Ao contrário dela, eu sempre fui a descabeçada em vários sentidos, a que se metia em confusões que geravam muitas risadas e a que precisava de proteção, de ajuda. Nunca me importei com isso, eu gostava de ser protegida pela minha irmã e de sentir seu amor incondicional por mim.

Depois que nossa mãe faleceu, todas as noites eu fugia para a varanda da casa de nossa tia - onde tive que morar até Alex me buscar - no meio da madrugada, me sentindo perdida, desamparada e sozinha. Foram diversas as vezes em que chorei até sentir minha cabeça doer, até sentir meus pulmões doerem de falta de ar e minha pele rachar com o frio que me fazia tremer. Alex se levantava, ficava ao meu lado até que eu me sentisse confortável com sua presença e então me acolhia nos seus braços. Seus abraços sempre tão aconchegantes, tão quentes e amorosos, eram como os de nossa mãe. Eu gritava, eu pedia socorro, pedia para que ela voltasse e pedia para que tudo aquilo fosse apenas um terrível pesadelo. Mas eu acordava no dia seguinte e nada tinha mudado, minhas mãe não voltaria. Era apenas eu e Alex...

Com o passar de uns anos, acabei percebendo que Alex não era toda essa fortaleza de conforto, confiança e força. Minha irmã também sentia medo, também sentia falta da nossa família, sentia falta da Sam, dos nossos dias sem preocupação. Perdi as contas de quantas vezes a ouvia chorar escondida no banheiro, de ver ela se afundando em estudos para não ter que pensar no coração partido, na solidão e no quanto ela tinha sido forte por tempo demais. Acabei aprendendo que ninguém é cem por cento corajoso, cem por cento firme e cheio de esperanças. Todos quebram uma hora ou outra, todos perdem aquela chama que se manteve acesa por tantos anos, aquela que te fazia acreditar que tudo ia melhorar e voltar a ser como antes.

Alexandra estava se apagando e eu não sabia o que fazer. Me sentia confusa, afinal eu sempre fui a que era protegida e não a protetora. Claro, sempre me meti em brigas por conta da minha irmã mais velha, foram muitas as vezes em que eu bati em meninas e meninos, apenas por que eles a faziam chorar. Sempre tive meu jeito de proteger e Alex não reclamava, na verdade, ela sempre me ajudava a esconder os roxos e arranhões que eu ganhava nas brigas. No fim, era sempre Alex que me cuidava.

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