Capítulo 38

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E ai, bebês? Estou de volta e devo dizer que Flares está na reta final :(

Obrigada por todos os comentários, os faves e todos os elogios. Faz toda a diferença pra mim.

Esse cap está mais curto, mas ele é intermediário para a parte final da fanfic e espero que todos gostem.

Boa leitura!

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Diana Prince

Meu corpo tremia e todas as minhas articulações doíam. Eu podia saber se era dia ou noite por conta das frestas da veneziana, mas já não tinha como saber as horas. Quantos dias eu fiquei desacordada? Há quantos dias eu estava aqui nessa casa? Consigo me lembrar de alguns flashes de acontecimento, porém não sei a ordem de nenhum, se James apareceu aqui a algumas horas ou se isso foi ontem, anteontem... não sei. Meu pulso continuava atado a cama através de uma corrente e meu braço latejava de permanecer na mesma posição.

Quando paro para pensar sobre o que eles estavam me submetendo, lágrimas grossas escorrem pelo meu rosto. De tudo que eu podia esperar na minha vida, seja bom ou ruim, fácil ou difícil, aquela era a última coisa. Estupro, sequestro e controle. O medo e a angústia se tornaram meus amigos dentro desse quarto úmido e escuro. Minha garganta seca pedia desesperadamente por água, no entanto eu não tinha coragem de beber qualquer coisa que me dessem. Conseguia claramente me lembrar do que houve da última vez e só de pensar que James esperava pela próxima vez que eu desmaiasse, todo meu corpo arrepiava de pânico.

As palavras frias e cortantes dele ainda sobrevoavam minha mente. Nada fazia sentido, absolutamente nada. Se Lena era minha irmã, porque eu estava sendo submetida a aquilo? Porque eu? Se ela era minha irmã, porque eu quem tinha que pagar por coisas que sequer tenho conhecimento dos fatos? Porque eu tenho que dar herdeiros? Lena tem o Josh, tem a Elisa e com certeza pode ter muitos outros filhos e... a não ser que... a não ser que ela não possa mais engravidar. Isso seria um motivo, mas mesmo assim os fins não justificam os meios, não nesse caso.

Não quando você sequestra e estupra alguém para conseguir o que quer.

Eu sou uma Luthor. Uma bastarda, claro, mas ainda sim sou uma Luthor. Lena é minha irmã e eu também tenho direito a todas as respostas que ela tem. Onde estaria a minha mãe? O que ela fez de tão errado? Óbvio, dormir com homem casado nem de longe é algo "certo", porém quem sou eu para julgar. Talvez eu e minha mãe tenhamos bem mais em comum do que pensamos. Ou pensávamos.

Minha mãe podia estar morta, Lilian podia ter... enfim. De que adianta eu pensar nisso agora. Tentei me mexer, mas novamente as correntes me mostraram que eu não podia ir muito longe ou me mover demais. Meu corpo ainda reagia ao entorpecente, minhas pernas doloridas tinham marcas arroxeadas próximo da minha virilha e na área interna das minhas coxas. Tentei segurar um soluço ao pensar que eu podia engravidar daquele homem inescrupuloso, que eu podia estar nesse momento esperando um filho que tinha um destino predestinado e selado.

Puxei novamente a corrente, sentindo meu pulso arder e sangrar em alguns arranhões. Eu precisava sair dali, precisava pedir ajuda e ficar bem longe de tudo e todos. Me ajoelhei sobre o colchão e procurei por qualquer coisa que pudesse me ajudar. Grampos, uma faca ou até mesmo uma chave. Nada. Não que eu fosse expert em fazer isso, apesar de assistir muitos filmes nada se compara com a vida real. Foi então que percebi que a cabeceira de ferro da cama estava para quebrar da parte de trás e que, provavelmente, James não tinha percebido. A casa era velha, os móveis e até os papéis de parede, com certeza ela deveria estar ali há anos.

Me equilibrei entre a cama e a parede, ficando em pé no pequeno espaço, e movi a corrente até chegar na barra de ferro que se soltava do restante da estrutura. Ouvi alguns passado pelo corredor e uma luz foi ligada, me fazendo sentar no colchão e segurar a minha respiração. James não podia voltar agora, eu não aguentaria mais seu corpo sobre o meu, seu cheiro e suas mãos me aliciando. Senti um enorme nó na minha garganta, meu estômago ardeu com o ácido gástrico, me causando ânsia e eu repeti a mim mesma que não podia chorar. Não agora.

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