Flares

Capítulo 42

Bom, volteeeeei!

Sei que prometi que voltaria ontem, mas o meu vizinho resolveu montar um show de sertanejo no quintal e meu irmão quis competir no gospel. E eu só quis morrer mesmo askdjsnakjdnkasjdn

Mas, como eu prometi 3 dias de att, hj teremos essa e amanhã mais uma YAY

Devo avisar que faltam apenas 3 cap para Flares acabar e meu coração ja ta sofrendo.

boa leitura!

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Lena Luthor

─ Vamos continuar? ─ perguntei depois do choque.

─ Você pode respeitar o meu momento, por favor? ─ debochou ─ eu estou tendo um momento intenso aqui.

─ Ah, claro ─ rolei os olhos ─ e qual era aquela de "Lena é uma Luthor" para dizer que sou uma pessoa ruim, hein?

─ Eu nunca disse que eu era uma pessoa boa ─ se defendeu rindo ─ e eu sou uma Luthor.

─ Sim, você é ─ bufei ─ e quer que eu faça o que? Um festa de boas vindas?

─ Achei que os Luthor fossem mais de ritual de sacrifício, sangue e essas coisas ─ falou pensativa, me fazendo rolar os olhos mais uma vez ─, mas não vou negar uma festa e se não fizer eu serei a irmã mais traumatizada da face da Terra.

─ Preferia quando eu era filha única ─ brinquei e ela me estapeou no braço ─ isso dói!

─ Vamos continuar a trabalhar aqui, por favor ─ fingiu seriedade ─ está me desconcentrando. Por deus, Lena, será que eu tenho que fazer tudo?

─ Caralho, você é insuportável ─ resmunguei ─ ok, vamos ler a próxima carta.

─ Quem era Alexander Luthor? ─ questionou ao ler o envelope e eu dei de ombros, já tinha visto o nome, mas não sabia exatamente quem ele era ─ bom, vou ler.

"Essa são as minhas últimas palavras para aquele que nada pode falar. Não mais. Meu querido e amado filho Alexander Luthor. Eu tinha tantas coisas para te falar, tantas coisas que eu ainda queria que visse, que experimentasse, que sentisse e tudo isso foi tirado de nós tão cedo. Cedo demais. Quando você nasceu, eu cheguei a pensar que todos os meus problemas não eram mais importantes, que não importava o quão difícil fosse ser o meu dia, você estaria lá e me receberia com toda sua alegria e carisma. Mas foi por pouco tempo. Pouco demais.

De certa forma, eu e sua mãe sabíamos que isso seria assim. Todos os médicos nos alertaram sobre suas más formações congênitas, sobre suas complicações e disseram que podíamos desistir de você ainda quando estava sendo formado. Como desistir de você, Lex? Como? Sua mãe insistiu que nós conseguiríamos, que nós sobreviveríamos e tudo daria certo. E eu acreditei, com todas as minhas forças. Então nosso menino nasceu, já apresentando todos os problemas que viriam por diante, ficou internado por meses até poder ir para casa e dormir no quarto que escolhemos especialmente para ele. Você não conseguia sentar ou levantar a cabeça, não conseguia comer se não fosse por uma sonda ou respirar com a ajuda de aparelhos, porém ainda sim sorria. Ainda sim nos encarava como se fôssemos as melhores pessoas do mundo.

No seu aniversário de um ano, nós o passamos no hospital, com seu coração quase parando, com você quase nos deixando. Mas naquela noite, eu e sua mãe te pedimos por mais um tempo, só mais um pouco. E você ficou, Lex, por nós. Mais um ano se passou e tudo piorou, nós já tínhamos consciência de que seria assim, de que seria doloroso e complicado. Sua mãe chorava todas as noites, não deixava seu quarto por nada nesse mundo, não parava de repetir o quão injusta a vida estava sendo contigo, que não deveria ser assim, pois você era o menino mais incrível que ela já tinha conhecido. Então eu me afastei, porque sabia que íamos te perder mais cedo ou mais tarde, e eu não suportaria entrar no seu quarto e saber que nunca mais iria te ver sorrir.