Capítulo 44

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Bom, aqui está o ultimo cap de Flares e devo dizer q n revisei. Primeiro pq n consigo reler e n chorar, e segundo pq to na faculdade e tenho q entrar pra aula.

aviso q terão várias passagens no tempo!!!

boa leitura e até as notas finais

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Lena Luthor

─ Kara, eu preciso tomar uma decisão e eu conversei com a Diana sobre isso, nós acabamos chegando a um acordo ─ suspirei. Aquele domingo já estava sendo tremendamente emotivo e eu ainda tinha que piorar ─ mas eu quero que esteja comigo ─ Kara me encarou assustada. Tínhamos acabado de decidir algo grandioso e ainda estávamos sensíveis.

─ O que é?

─ Meu pai ─ abaixei o olhar ─ ele... ele não vai melhorar e nós duas sabemos que não tem mais o que fazer. Respirar e comer por aparelhos não é uma boa forma de se terminar a vida, Kara. Não quero isso para ele ─ ela então segurou minhas mãos novamente e sorriu carinhosamente. Aquele sorriso que sempre me aquecia.

─ Eu sinto muito, baby ─ murmurou ─ faça o que achar melhor e eu vou te apoiar, sempre. Você não está mais sozinha.

─ Então é isso... ─ voltei a encará-la ─ todo um passado, uma história, tudo ficando para trás. Eu nem sei como me sentir, porque quando olho para trás e vejo o que eu vivia, no que acreditava e em como doía... é tão confuso ─ confessei ─ até pouco tempo atrás eu visitava o túmulo da minha filha e agora eu vou derrubá-lo...

─ Um hora isso vai ficar certo no seu coração ─ explicou ─ são mudanças grandiosas, mas são para trazer acontecimentos melhores.

─ Obrigada, Kara ─ fechei os olhos, tentando lutar contra as lágrimas, mais uma vez ─ obrigada por me salvar, por não desistir e por sempre dizer a verdade.

─ Eu te amo, Lee ─ me beijou ─ me apaixonei por você no primeiro dia que te vi, mas achei né...

─ Que eu fosse casada com o Christian Grey ─ rimos.

─ Agora você pode ser a minha versão de Christian Grey ─ sorriu maliciosa ─ e que versão, devo dizer.

─ Não sabia que gostava desse tipo de coisa, sunshine ─ arqueei a sobrancelha ─ devo montar um quarto vermelho? Fazer um contrato?

─ Se você quiser me amarrar no ventilador eu deixo ─ brincou ─ me joga na parede e me chama de lagartixa ─ gargalhei. Essa mulher é impossível.

─ Oh, céus, Kara! ─ ela se jogou sobre mim e nós rimos ─ eu também te amo, baby.

─ Sobre o Lionel, vai ligar para sua irmã? ─ perguntou.

─ Sim, não vou fazer isso sem ela ─ pontuei e nós nos levantamos. Eu podia ouvir as risadas da Elisa e do Josh no andar debaixo ─ vamos nos arrumar e aí passamos para buscá-la, pode ser?

─ Claro ─ se aproximou novamente e agarrou minha cintura, me puxando para um beijo longo ─ nós vamos conseguir.

***

O caminho até a mansão foi feito no completo silêncio, não ousamos nem colocar qualquer música para tocar. Diana estava no banco de trás, perdida em seus pensamentos, enquanto eu também me permitia mergulhar nos meus. Kara dirigia sem pressa, como quem tenta prolongar mais o tempo até que finalmente pudessemos colocar um ponto final no passado. Eu ainda consigo vislumbrar os meus dias naquele "passado" que até ontem era o meu presente, que até semana passada me abraçava todas as noites antes de dormir e me convencia de que seria assim para sempre. Conseguia ainda me lembrar das dores de parto, do terror em descobrir que havia perdido minha filha, da angústia em se ter um berço vazio e um coração despedaçado.

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