Flares

Capítulo 31

  Hey! Demorei, mas estou de volta :)
Vocês realmente estão desesperados akdjnaskdjan vamos manter a calma, tudo vai se encaminhar de uma forma... bom, como posso dizer? Não sei, apenas confiem em mim.
Logo irei responder a todos os comentários hehe

Boa leitura!  

Kara Danvers

O choque daquelas palavras foi maior do que eu podia esperar. "Estou confiando a minha maior fortuna em suas mãos: a minha filha". Nada fazia sentido na minha cabeça, literalmente nada. Eu nunca tinha procurado saber mais sobre a história da Lena, sobre seus pais, sobre sua infância, pois eu sabia que era algo doloroso para ela recordar e contar, então eu simplesmente a deixo ficar confortável e dizer o que sente se sente segura para compartilhar. Porém, Lionel está contando comigo para algo muito, mas muito maior do que eu posso perceber. Havia algo que ele queria que eu descobrisse, que eu mantivesse comigo em segredo e ajudasse a proteger Lena. Mas proteger de que?

Cada frase ali se repetia várias e várias vezes, me fazendo pensar em todos os perigos que Lena estaria correndo. Lilian seria capaz de machucá-la? Seria capaz de fazer mal a própria filha? Até onde ela iria? Eu queria poder ver a foto dela, saber quem ela é e quem sabe conhecê-la, porque não faz sentido algum alguém odiar uma pessoa que nasceu de você, que foi criada por você. Lena nunca recebeu amor da mãe, nunca criou laço nenhum e eu me preocupava com o fato dela ter tanto medo guardado dentro de si. Do que Lilian Luthor era capaz?

Lionel sabia e sabe do ela pode fazer para atingir a filha. O senhor Luthor sabe tanto que se preveniu, mesmo sabendo que ficaria tão doente ao ponto de não conseguir ajudar Lena. Bom, a pergunta é: como ele sabia que ia ficar doente em estado terminal? Não é algo que conseguimos prever, mesmo que a doença seja câncer. Câncer é algo, na maioria das vezes, tratável e possível de haver uma solução. Mas não, Lionel sabia que ia ficar incapacitado, que perderia os sentidos e isso me faz pensar no que mais pode existir nesse cofre.

Me sinto perdida, essa é a verdade. Como eu, Kara Danvers, fui parar nessa situação? Quem são os Luthors? Bom, eu teria que descobrir sozinha.

─ Kara, está tudo bem? ─ Sara apareceu na cozinha e me encarou. Eu sequer sabia o que responder, então apenas suspirei.

─ Eu não sei...

─ Pode contar comigo, sabe disso ─ a loira se sentou ao meu lado e segurou nas minhas mãos, seus dedos estavam gelados. Eu podia confiar nela, sabia disso, porém se até para mim a situação é complicada, imagina para ela ─ nosso horário aqui acabou e então temos tempo para conversar.

─ Okay ─ suspirei ─ promete guardar segredo?

─ Prometo, agora desembucha ─ sorriu animada.

Respirei fundo e comecei a contar a contar tudo para ela. Contei sobre a história da filha falecida da minha namorada, sobre como Lena ainda comparece todos os domingos no cemitério para visitá-la, sobre o quarto no segundo andar, um que eu havia entrado apenas uma vez, enfim. Não deixei passar nada, detalhei cada parte e desabafei até sobre como eu me sentia nessa bagunça. Claro que eu não iria deixar Lena sozinha nessa ou pedir para que ela não tocasse no assunto, porém às vezes era muito pesado para mim, por mais que eu quisesse me esforçar ao máximo para ajudá-la, ainda era muito pesado.

Mas acho que amor é isso, você tentar. Mesmo sabendo que pode não conseguir, que pode falhar e que talvez até acabe piorando a situação, mas você tenta e tenta, até encontrar uma forma de melhorar. Eu a amo e apenas o fato de pensar que a amo me faz sentir uma urgência no meu coração. Aquela urgência de estar com ela, de abraçá-la, de vê-la sorrir e arquear a sobrancelha da forma sexy como fazia. Não havia nada nela que não me fizesse suspirar e pensar no quão sortuda eu era por tê-la comigo.