4º Capítulo

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Já tinha tocado e tinha chegado a hora do terror. Entrei na sala juntamente com um conjunto de pessoas que calculei serem a minha turma. Sentei-me na secretária ao fundo da sala perto do parapeito da janela. Assim sempre que estivesse aburrecida podia olhar para o céu azul e deixar-me perder na minha imaginação .. Eu não queria estar ali. Eu queria voltar para casa, para a minha verdadeira casa. Olhei para o quadro branco que se encontrava mesmo atras de uma senhora que teria os seus trinta anos, se tanto, e que me estava a fazer sinal para ir ter com ela. Ela parecia muito simpatica, tinha um sorriso muito sereno e caloroso ao mesmo tempo. Aproximei-me dela e ela disse-me que eu tinha de me apresentar á turma. Rapidamente me afastei um bocado dela e recusei fazer tal coisa. A Senhora , que devia ser a professora,  de imediato fez uma cara de quem ficou supresa com a minha reação. Não foi preciso muito para ela me convencer a apresentar-me, bastou dizer: " caso não faças o que te estou a pedir terei de o comunicar ao director que por sua vez irá comunicar ao seu pai! " Quando ela disse que o meu pai iria saber um arrepio enorme pecorreu-me a coluna. Virei-me para a turma e fiquei a olhar para todos eles. Eles olhavam para mim como se eu fosse algo estranho que nunca tinham visto e isso ainda me punha mais nervosa. Eu queria sair dali por isso muito rapidamente e de forma fria apresentei-me:

-O Meu nome é Maria, Maria Williams! Tenho dezasseis anos e venho de Portugal. O Meu pai é o arquitecto João Alves.

Na sala ouviu-se um grande ruído que era provocado pelo o som de espanto que as pessoas produziam com a boca. Até mesmo a professora ficou supresa por saber que o meu pai era o grande João Alves, o maior arquiteto de todos os tempos. Estava a sentir-me constrangida ali no meio daquela gente toda por isso decidi perguntar se me pudia ir sentar. Foi nesse momento em que outro grande ruído foi produzido. Desta vez não eram os alunos visto que era muito mais forte, como se alguma coisa tivesse batido na parede.  Não sei o que se passou comigo mas aquele barulho todo bloqueou-me e eu nem sequer o pescoço conseguia mexer. Derrepnte a professora lançou a mão ao puxador da porta da sala de aula e com um sorriso que lhe ia de orelha a orelha começou a falar com alguem:

- Atrasado outra vez? O Menino nunca aprende ? Posso saber o porquê de ter chegado atrasado? Espere nem é preciso mencionar. Foi por causa do basket não foi !?

Eu continuava ali parada sem fazer nada, e foi quando ouvi uma voz rouca e ao mesmo tempo tão doce que me virei para a porta.  Na porta estava um rapaz  alto, esguio com um cabelo castanho cheio de caracois que lhe caíam sobre a testa. Tinha uns olhos verde esmralda que me davam voltas ao estômago só de olhar para eles. Nem era preciso a professora ter mencionado que ele jogava basket pois mal olhei para ele percebi que ele deveria ser desportista visto que levava o uniforme de uma forma muito descontraiada. A verdade era que o uniforme lhe caía que nem uma luva, ficava mesmo bem dentro dele. Voltei a olhar para ele sem nunca que ele se aprecebesse de que o estava a observar e vi um sorriso a formar-se na sua cara. Ele continuava a olhar para a professora que era sencivelmente mais baixa do que ele e num tom irónico respondeu :

- Como é que advinho?

- Menino Styles é a última vez que o desculpo. Acho que o mais acertado era pedir aos seus pais para lhe comprarem um relógio. Agora fassa-me um favor e vá sentar-se uma vez que a sua nova colega se estava a apresentar. 

Ele rapidamente desviou o olhar para mim e eu continuava a olhar para ele. Não sei bem porque mas quando ele me viu sorriu e apareceram covinhas na sua cara. Por muito fofo que ele parecesse havia algo nele que me estava a incomodar e muito. Eu não sei o que é mas eu não ia com a cara dele nem por um segundo que fosse. Numa tentativa de ignorar este pensamento desviei o olhar do seu e olhei para o resto da turma que continuava a olhar para mim, mas desta vez era diferente. A maioria das raparigas tinhas os olhos a brilhar e não paravam de olhar para o tal Styles. Algumas delas quase que o comiam com os olhos. Ó por amor de deus elas nao reparam nas figurinhas que fazem?? Mas agora isto faz sentido ele é bonito tenho que admitir e o facto de ter tanto a professora como as alunas a olhar para ele com olhinhos de cães abandonados só podia significar que aquele rapaz ali era um dos rapazes mais cobiçados da escola. Agora percebo o meu desconforto quando ele olhou para mim. Foi interrompida dos meus pensamentos quando aquela voz rouca começou a falar de novo :

-Olá sou o Harry, Harry Styles e tu és ? É que eu acho que te conheço de algum lado mas não tenho bem a certeza...

Agora tudo fazia sentido! Ele era o famoso Harry Styles e como eu tinha pensado era o rapaz mais cobiçado da escola. Era o campeão mundial de basket e se não me engano conseguiu esse título no ano a seguir ao acidente. Ele estava acostumado a ter todas as raparigas a correr para ele, mas se ele esparava que era isso que ia acontecer estava muito enganado. Eu não sou como as outras decerteza:

-Não é que tenhas algo a ver com isso mas chamo-me Maria, Maria William.

Derrepente o sorriso na sua boca desapareceu dando lugar a um perfeito "o". Ele ficou supreso dava para perceber mas eu não entendia porquê. Será que era outra vez por causa do meu pai? derrepnte um sorriso apareceu outra vez na sua cara e este começou a caminhar na minha direção o que me fez recuar alguns passos. Ele quase que gritou aos  ouvidos o que me fez estremecer:

-Tu és a Maria William, a Maria William Alves?  ès aquela rapariga que ganhou os mundiais com  doze anos ?- Finalmente ele alcançou-me e agarrou no meu pulso - És mesmo tu ?

Eu fiquei surpresa como é que ele sabia quem eu era, como é que ele me conhecia. Ninguem naquela turma me reconhceu visto que eu fui consagrada como campeã pelo nome Maria Alves e ninguem sabia o meu nome todo . Por isso é que depois da morte da minha querida mãe comecei a usar o seu apelido de forma a que ninguem me reconhecesse. Mas este rapaz aqui á minha fernte reconheceu-me como é que é possivel ? 

Mais uma vez desviei o olhar para a turma e vi que toda a gente olhava para nós ainda mais suprenedidos do que antes. Agora já todos sabiam quem eu era e eu não queria isso. Não queria mesmo. Eu queria ser uma rapariga normal mas este rapaz tinha de vir armar-se em trengo e estragar tudo. Agora estou mesmo furiosa !

- Sim sou eu e porfavor não me gastes o nome !

Ele ficou a olhar para mim com cara de espantado. Derrepende colocou mais força sobre o meu pulso e olhou-me nos olhos o que ainda me enervou mais. Da forma mais educada que conhecia disse:

- Solta-me por favor!

Ele continuava ali a olhar para mim e não fazia o que eu lhe disse. Derrepende abriu a boca e disse:

- Eu tenho uma coisa para te pedir! Por favor podes...

-Eu detesto repetir-me por isso faz-me um favor e solta-me agora !- resmunguei entre dentes , já estava a atingir o meu limite.

- Espera deixa-me só fazer-te uma pergunta. Podes...

Desta  vez eu não o deixei terminar a frase e num movimento brusco soltei-me da sua mão, olhei para ele para que ele percebece que me tinha enervado e de forma rude respondi-lhe tentando nao explodir no meio daquela gente toda:

- Faz-me um favor não me voltes a tocar como se fossemos amigos ou algo do género, porque não somos nem nunca iremos ser.

Passei por ele e pelo resto da turma e fui sentar-me naquele que seria o meu ponto de imaginação, a minha carteira.  Quando me sentei percebi que ele continuava ali á frente a olhar para mim com cara de trengo. Rapidamente desviei o olhar e comecei a comtemplar aquele azul no céu que me acalmava sempre.

As aulas foram passando e eu tentei sempre ignorar o Harry que estava sentado mesmo na carteira ao lado da minha.

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O momento mais esperado já aconteceu finalmente se conheceram... Espero que estajam a gostar e obrigada por lerem :3

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