Capítulo 17 - Despertar

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Meus olhos fitavam o céu azul e límpido, o sol brilhava forte fazendo seus raios amarelo ultrapassarem algumas nuvens brancas que pareciam algodão. O dia estava maravilhosamente lindo, fazia tempo que eu não presenciava um dia ensolarado. Desci meus olhos a minha volta, percebendo que eu estava naquele lugar que Sasuke havia me apresentado no dia em que ele havia se declarado para mim.

Observei com muita atenção aquela floresta verde com o rio que a cortava ao meio, gravando cada detalhe daquele cenário digno de uma pintura. A brisa suave que deixava o ambiente mais agradável batia em minha pele e fazia os meus cabelos esvoaçarem. Fechei meus olhos, sentindo a brisa quente tocar o meu rosto, era bom, fazia sentir-me confortável. Não tinha a mínima ideia de como havia parado naquele lugar, mas não importava, pois pela primeira vez eu me sentia em paz.

- Esse lugar é realmente muito bonito, não é? - Uma voz baixa, porém doce e melodiosa soou próxima, me assustando.

Abri meus olhos de uma vez e virei minha cabeça, encontrando uma mulher de pele clara, cabelos longos e negros com tom azulado, e vestida com um vestido branco que iam até os seus pés.

Quem era ela? Perguntei-me internamente observando-a, enquanto ela mantinha sua atenção na paisagem a sua frente. Estava surpresa por não a ter notado antes, sua presença era quase como se fosse invisível.

- Quem é você? - Minha voz fez ela virar seu rosto e olhar para mim. Seus olhos eram claros, o rosto redondo me lembrava alguém.

Um sorriso abriu em seus lábios, e tudo se iluminou a sua volta, uma coisa surreal.

- Sou Hana Hyuuga.

Prendi minha respiração automaticamente enquanto as lembranças povoavam a minha memória. Era isso, aquela mulher me lembrava Hinata, mas numa versão de uns vinte anos mais velha. Mas mesmo assim não deixava de ser bonita.

- Hyuuga? - Umedeci meus lábios, virando meu corpo para sua frente. - Você por acaso é alguma parente da Hinata?

Hana sorriu mais e seus olhos brilharam, os raios do sol que banhava seu rosto a deixava com uma aparência angelical.

- A minha menininha, sinto tanta saudade dela. Não só dela, mas também da minha outra menininha, do meu rapaz, e do meu marido. - Ela fechou os olhos. - Sinto muito por não estar com eles.

Senti meus olhos arregalarem quando percebi o óbvio bem a minha frente.

- Você é a mãe da Hinata. - Aquilo não era uma pergunta.

Hana abriu seus olhos e me fitou, o sorriso novamente abriu em seus lábios, sua cabeça assentindo positivamente.

- Deixei esse mundo antes do meu tempo e de um jeito trágico. Minha filha estava comigo e isso foi um dos motivos para deixá-la desestabilizada.

- Você está falando da Hinata? - Eu já imaginava de quem ela se referia, mas eu só queria ter a certeza.

- Sim - o sorriso morreu em seu rosto. - Hinata está a cada dia sendo consumida pela culpa e pelo ódio. Seu coração está cheio de amarguras, ela está cega em sua possível vingança. Ela está passando por cima de tudo e se auto prejudicando. Seus dons hereditários não podem ser controlados quando ela mesma não consegue controlar seu emocional. - Hana deu uma pequena pausa, fechando os olhos e depois voltando a abri-los, e me fitou. - Eu temo pela minha filha, ela está se destruindo a cada dia. Hinata não pode partir para o outro mundo antes de cumprir sua missão em vida.

- Por que você está me falando tudo isso? - Eu quis saber, não estava entendendo do porquê de Hana se abrir assim comigo.

- Por que você é a única que pode ajudá-la.

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