Capítulo 14

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Quando acordei Edward já não estava mais no chão e a sua cama estava dobrada e colocada no canto.

Eu comi e desci para começar minha investigação, as princesas não iriam escapar tão facilmente.

Pietra não escaparia.

Achei a maioria na sala onde escrevemos as cartas, elas estavam conversando amigavelmente e me sentei no sofá ao lado de Marcta.

— Então foi por esse motivo que deixou de ser rainha? Para fazer sua mãe ficar brava? — perguntou Marcta a Kenya.

— Sim. Ela queria me casar com o filho mais novo de um duque e eu não podia recusar.

— Céus, era Gustav? — perguntou Pietra, sorrindo de forma cruel.

A princesa de cabelos loiros curtos usava um vestido verde escuro e seus cabelos estavam com várias tranças com pequenas joias cintilando.

— Sim.

— Aquele que dizem não possuir... a parte que o faz ser homem? — questionou Marcta em expectativa.

Ivna sorriu copiosamente e levantei a sobrancelha com o rumo da conversa.

— O próprio.

Marcta gargalhou.

— Qual é a graça? — perguntei e ela me olhou indignada.

— Ora, como você nunca soube do Gustav o eunuco? Kenya o castrou.

Arregalei os olhos e a encarei.

— Não é como você pensa. Ele veio um dia para me conhecer melhor antes de nos casarmos e eu tive que aceitar. Ele não era uma pessoa agradável e tentou me agarrar a força, eu tentei fazê-lo parar, mas não consegui. Gustav não tinha muita força física então quando eu consegui tira-lo de cima de mim meu irmão apareceu e os dois começaram a lutar. Meu irmão mais velho não sabe exatamente quando parar e acidentalmente cortou as partes íntimas de Gustav — Marcta soltou o que presumir ser um suspiro misturado a uma risada. — Ele parou de lutar no mesmo instante, talvez os homens tenham uma conexão, mas juro que ele sentiu a dor que causou a Gustav. Depois disso os boatos se espalharam e inventaram que a culpa havia sido minha. Meu pai não ao permitiu que um homem que não pudesse lhe dar netos se casasse comigo e me mandou para a competição.

— Gustav nunca mais voltou a tocar alguém. Soube que pegou o barco de seu pai e partiu para se juntar aos exilados — disse Pietra.

Exilados? Será que ela estava de alguma maneira conectada com eles?

— Presumo que ninguém esteja aqui por causa do príncipe Edward — falei e Kenya sorriu.

— Não.

— Kenya! — advertiu Pietra e Marcta apertou as mãos não me olhando. Ivna era a única calma e sem qualquer resquício de culpa.

— O que? É verdade. Bem, não todas. Infelizmente Yanna realmente o ama. Mas o que importa? No final o amor não vence o dinheiro e a influência.

— Você o ama? — perguntou Pietra e seus olhos hoje eram quase verdes.

— Não.

— Então não deve nos julgar.

— Não estou. É apenas curiosidade. Vocês teriam sido rainhas se não participassem.

Kenya e Pietra ficaram com expressões nada amistosas e me perguntei se elas eram amigas. Pietra se ofendeu quando ofendi Kenya achando que se odiavam. Mas talvez elas tivessem um laço de amizade desde a outra competição.

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