Capítulo 17

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— Haverá um baile está noite — anunciou Amália, entrando no quarto.

Estava tentando achar as cartas de Damien e não conseguia descobrir onde as escondi.

— Outro? — perguntei me levantando do chão, onde achei que debaixo da cama poderiam estar as cartas.

— Este é muito importante. Vocês conheceram aliados poderosos e claro o jornal falará de cada uma de vocês para os dez reinos. E tenho certeza que a rainha comunicou a vocês ontem.

Ontem eu estava ocupada observando as princesas e não tinha ouvido metade do que a rainha falou.

Meu estomago se revirou.

Outro baile. Se fosse como o último seria terrível.

— Posso usar um vestido vermelho?

Amália me encarou.

— Claro... mas porque?

Dei de ombros casualmente.

— Gosto dessa cor — gostava do fato de que se derrubarem vinho, ninguém iria perceber.

Mesmo sabendo que a próxima coisa que Alba fará não será derrubar vinho em mim.

Temerosa e com náuseas evitei o desjejum e fui procurar Ivna.

Queria saber o porque ela me deu aquele livro. Não entendi nada do que ele dizia e havia gravuras macabras de cálices, o sol e a lua e várias pessoas sendo desmembradas e algumas sendo comidas.

Havia até mesmo uma parte que parecia uma lista de ingredientes para uma receita.

Perto das escadas eu vi que a movimentação era enorme. Vários criados corriam com bandejas e arranjos de flores.

Guardas carregavam pesados vasos e vi Clarissa gritando ordens.

Passei por eles tentando não esbarrar em ninguém.

— Eu garanti que você fosse a única com aquela cor de vestido — disse a rainha logo a frente para Yanna que corou.

— Não precisava, rainha.

— Pare de bobagem, claro que precisava. É a cor favorita de Edward. E não precisa ser formal comigo, me chame de Vanisha.

— C-claro, Vanisha — seu rosto estava tão vermelho que achei que ela fosse desmaiar.

— Ai está você — falou o Anjo me assustando. — Vamos. Temos que revisar seu conhecimento com os nomes da realeza.

— Não posso ganhar uma folga hoje?

Porcaria, eu precisava encontrar Ivna.

Ela me encarou e concordei com a cabeça suspirando a segui e ela pegou um caminho diferente passando pelo salão do trono de ossos.

— São de verdade? — perguntei.

— Sim, dos antigos reis — foi tudo o que disse e um arrepio involuntário me fez acelerar o passo.

O pai do rei estava ali amontoado em meio aos outros reis. Um costume macabro e doentio. Se sentar em cima de seus antepassados e governar sob seus olhos.

Após uma aula rápida sobre os reis que viriam, entre eles a princesa Milei do reino Aequor.

Forneciam pesca e proteção marítima a Mountsin.

Se envolviam constantemente em conflitos com piratas, mas ao todo era um reino pacifico em frente para o mar.

Deveria ser deslumbrante.

Princesa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora