Capítulo 29

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Após ter tomado um chá no qual Amália me garantiu que faria efeito e não me prejudicaria a pedi para sair, mas ela ficou ali e acariciou meus cabelos até eu dormir e quase chorei com o gesto.

Dormi por um curto tempo e acordei com os olhos inchados e o nariz ruim.

Hoje seria uma porcaria encontrar Leon.

Não queria saber como ele estava.

Como eu queria ir embora e evitar toda aquele confusão.

Tomei um banho esfregando cada ponto onde ele me tocou, queria apagar da memória aquele momento, para que eu não sentisse aquele aperto no peito, queria apagar da pele.

Agradeci por ele não ter visto minhas costas, eu não conseguiria explicar e muito menos queria sua pena. Não suportaria ver o olhar de repulsão em seu rosto.

Coloquei um vestido amarelo de musseline e sentei na mesa já pronta para o desjejum. Amália deveria tê-lo posto enquanto eu tomava banho.

Não a vi pelo quarto então presumi que foi descansar. Ela merecia após tudo o que a fiz passar.

Peguei um pedaço de torta de abóbora e enchi uma xicara de chá não sentindo fome, porém me forcei a engolir aquele pedaço.

Tinha que comer pelo menos por Amália, quem o fez com carinho.

Uma batida na porta ressoou e coloquei a xícara no pires azul.

— Quem é? — perguntei temendo ser Leon.

— Sou eu, Edward.

Levantei fui até a porta aliviada com sua visita.

Abri a porta e um ramo enorme de flores de uma coloração peculiar preta preencheram quase totalmente a entrada.

O buque se deslocou para o lado e Edward apareceu com o rosto vermelho.

— Sinto muito, pelo meu comportamento antes. Eu... passei dos limites... por favor, me perdoe.

Sorri balançando a cabeça.

— Esta perdoado, entre — fui para o lado para ele entrar e fechei a porta quando ele passou.

— Eu fui um completo idiota. E eu trouxe isso como pedido de desculpas — Edward estendeu o buque na minha direção e hesitando o peguei.

O aroma era delicioso e meu nariz coçou.

A flor que ele me deu quando o pintei estava em um dos vasos no quarto, ainda viva por algum milagre.

— Obrigada, não acredito que teve coragem de corta-las.

Ele deu de ombros.

— São íris negras. Achei que como pedido eu deveria sacrificar as que eu mais estimo.

— Falando assim parece que recebi cadáveres, obrigada.

Ele soltou uma risadinha baixa então ficou em silêncio.

— Você está bem? — sua pergunta repentina me pegou de surpresa.

Edward analisava meu rosto e virei colocando as flores no vaso com a outra flor, evitando seu olhar.

— Sim.

— Você... sente saudades de casa?

Quase ri de sua pergunta e me virei para olha-lo.

— As vezes sim outras não — seria complicado explicar a ele toda a minha merda. Não acho que seria capaz sem querer chorar de raiva e frustração.

Princesa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora