Capítulo 25

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Um jantar especial a Milei seria feito naquela noite.

Como o castelo estava tão agitado com os últimos acontecimentos o rei achou necessário fazer um jantar para que a princesa não se sentisse negligenciada e nem ao seu tio o qual eu não vi.

Ainda estava sendo evitada por Edward e evitava Leon, mesmo que o meu único modo de ir embora seja ele, não queria encontrá-lo antes de fazer meus sentimentos esfriar de vez.

Todos foram obrigados a comparecer no jantar e pensei que o rei não me convidaria por causa da nossa conversa. Mas não foi isso o que aconteceu.

Amália entrou no quarto antes do jantar e parecia nervosa.

— Como devo vesti-la? Céus, é um jantar importante — disse indo até o guarda roupas.

Larguei o livro que Ivna havia me emprestado e que ainda tentava entender o que dizia na cama e levantei indo até a varanda.

Eu tinha um pressentimento em relação aquele jantar. Um ruim.

— Não deve me vestir. Eu sei o que devo usar — disse a olhando.

Amália me olhou por um tempo e assentiu.

— Claro que sabe — falou e senti a ironia em seu tom. Amália era de guardar rancor. Ela saiu do quarto e suspirei indo até o guarda roupa e peguei uma camiseta simples e uma calça.

Algo que usaria em casa. Claro, que de um tecido mil vezes melhor o que eu usaria.

Me troquei e deixei os cabelos soltos e coloquei uma bota e esperei até o horário certo e sai do quarto. Fui para o salão de refeição.

Música de um violino era tocada por um homem em um canto da sala e velas bruxuleantes estavam dispostas em pequenos vidros redondos diminutos pela mesa a qual muitos pratos típicos do reino da princesa fora preparado.

Todos estavam na mesa. O rei na ponta a rainha ao seu lado esquerdo e Edward no direito. Leon sentava ao lado do irmão e Alba a sua frente com Yanna ao seu lado.

Ivna e Marcta sentavam ao lado de Yanna e do outro lado na ponta Imyir e Pietra na sua esquerda. Um homem de cabelos castanhos claros com mechas brancas sentava ao lado de Leon e tinha os olhos em um tom de azul ciano.

Usava roupas finas e casuais.

Todos na mesa estavam assim. Belos e ricos. Poder e nome.

Conforme fiz uma reverência e o rei me olhou notei um sorriso discreto em seus lábios e confirmei o que temia.

Aquela era sua forma de vingança. Mostrar nossas diferenças.

A única cadeira disponível era a do lado de Marcta e fui até lá me sentando.

Marcta me olhou de lado e sorriu tentando me tranquilizar. Ela havia notado, na realidade acho que todos haviam.

— Estou lisonjeada de receber um tratamento tão especial, majestade. Irei me acostumar mal a tamanha hospitalidade — disse Milei sorrindo. Ela olhou para Alba. — Quando será o casamento?

Com uma pontada no meu coração me servi de vinho e senti olhos em mim.

Alba a encarou.

— Em breve.

Não pude deixar de olha-la. Uma resposta vaga.

— Não estamos com tanta pressa — falou a rainha e Milei sorriu ainda mais. Alba parecia querer matar alguém com o garfo que segurava.

— Entendo. Um ano de noivado é muito tempo — a veia da testa de Alba parecia prestes a explodir. Mas ela ainda tinha uma expressão calma no rosto. Ela era boa em ocultar seus sentimentos.

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