Eu era aquele pontinho negro em um barquinho de papel
Navegando nas águas turbulentas de meus pensamentos
Dias preto e branco vem e passa com quase todos de chuva. A chuva, que se fazia molhar e pingar em cada momento difícil
Era assim a monotonia do navegador solitário, sem fim, sem destinatário.
Até que um dia, dentre todos estes vividos, finalmente surgiu o sol
Seus raios de luzes escapavam nas nuvens timidamente, como quem nunca tinha descoberto deste lugar sombrio antes
E o navegador solitário, uma vez que vê o sol tão belo, seu coração se enche de calor, harmonia, aquela sensação de um abraço confortável na lareira de casa, onde nevava lá fora.
Os dias se passavam coloridos e o navegador solitário acordava cada vez mais animado para encontrar-se com o sol. Sua pele já não estava tão mais pálida, estava bronzeado como um surfista, seu sorriso estampava-se mais frequentemente em seu rosto, que de antes nunca se deixou de ver.
Ele estava decidido que iria declarar-se para o sol no dia seguinte, e fez um poema no meio da noite. Assim, adormeceu sorrindo.
Mas desta vez, quando o navegador saiu de sua cabine para ver o sol, ele não estava lá. Havia neblina, a turbulência de uma tempestade próxima se aproximava. O sol foi embora quando houve a primeira decaída.
E foi assim, com o soltar do poema de um apaixonado iludido, às brisas de um mar profundo, que o navegador prosseguiu sua infinita jornada á felicidade, novamente em preto e branco.O sol prefiriu a Lua.
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Carta Aberta Ao Meu (Quase) Amor
PoezjaAmores não correspondidos ou apenas poemas aleatórios que transbordam em seu coração.