Eu também canso, sabe? Por mais difícil que seja imaginar isso, mas sim, eu também canso. Canso de sempre entender os tantos lados das outras pessoas, enquanto parece um milagre que me entendam. Também canso de ser quem deixa o orgulho de lado e procura pra resolver as coisas. É cansativo às vezes procurar permanecer amena, quando na verdade queria explodir como todo mundo faz. Só que eu não consigo falar coisas que sei que vão ferir, porque saber machucar eu sei, mas provavelmente iria doer mais em mim. Eu não consigo machucar porque sei o quanto dói. As palavras ficam pairando na minha mente por muito tempo, essa é a parte ruim da boa memória. Talvez sou um pouco ingênua por acreditar que existe um tipo de amor ou cuidado onde vai existir lealdade, confiança, sem frases que mais parecem facas. Quem ama não usa as feridas do outro, sabendo desse ponto fraco, para revirar quando isso pode ser usado como vantagem própria. Não é?
Transformaram o amor em uma doença. Onde te fazem mal e depois dizem que gostam de você. Pessoas tóxicas te fazem acreditar que você é sombrio. E quase por um minuto eu acredito, mesmo tentando ao máximo me manter firme e repetir para mim mesma que eu sou boa. Que não sou aquilo que dizem de mim.
Não quero uma disputa sobre quem está com a razão. Não quero ter razão, quero ter paz.
— Nina Benavídez
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Carta Aberta Ao Meu (Quase) Amor
PoesiaAmores não correspondidos ou apenas poemas aleatórios que transbordam em seu coração.
