_Vim o mais rápido que pude. - Chris abraçou Any ainda na porta - Quando você ligou, Ucker insistiu em vir.
_O que aconteceu Any? - perguntou depois de abraçá-la entrando no apartamento.
_Longa história. - fez eles se sentarem.
_Onde está o Poncho? - Chris perguntou preocupado.
_Procurando o inferno.
Ucker não aguentou e soltou uma risadinha, pedindo desculpa em seguida.
Any contou, em partes, o que aconteceu.
_Ele bebeu muito?
_Um copo de uisque e mesmo assim não foi tudo.
_Tem certeza?
_Absoluta Any, ele não tirava os olhos do celular esperando você ligar. - Ucker se adiantou a responder.
_Ele saiu de lá sozinho?
_Sozinho e praticamente correndo para te buscar.
_E de onde aquela vadia da Claudia surgiu? - perguntou mais para si mesmo.
_Claudia? - Any assentiu - Uma mulher com esse nome sentou na mesa quando fiquei sozinho, eu tentei ignorar, ela deu uma insistida, mas quando Poncho voltou para mesa ela saiu quase que correndo.
Enquanto conversavam, Poncho apareceu na sala ele se sentou ainda rindo e olhando os amigos que o observavam sem entender.
_Vamos levá-lo no hospital Any, ele não está bem.
Um pouco a contragosto e muito desconfiada, acabou aceitando a idéia de Chris e após três horas não se arrependeu.
_Acompanhantes do senhor Herrera. - o médico chamou aou entrar na sala de espera.
_Sou a namorada dele, Anahi.
_Senhorita, os exames de sangue que realizamos apontou uma dose de GHB no sangue do senhor Herrera.
_Não compreendo doutor.
_Em outros termos, seu namorado ingeriu uma dose considerável da droga do estupro. Ele tem sorte, pois é um homem jovem e forte, pela quantidade ingerida se ele não fosse tão saudável poderia não ter sobrevivido.
Any ficou estática, não sabia o que dizer.
_Vamos deixá-lo em observação essa noite e esperar a retirada da droga de seu sangue. Se a senhorita quiser pode permanecer com ele.
_O que exatamente essa droga faz doutor?
_Ela induz a pessoa que ingeriu a seguir o que outra pessoa fala como se a ideia tivesse surgido dela mesmo. Tudo o que você disser, ele vai repetir como se a ideia fosse dele, qualquer coisa que você disser para ele vai ser extremamente divertido, mesmo não tendo humor algum. Gostaria de ir vê-lo?
Any assentiu.
_Chris, Ucker, agradeço por tudo o que fizeram, mas acho melhor vocês irem. Mai e Dul com certeza já estão esperando vocês.
_Certeza Any?
_Absoluta Chris, vou passar a noite aqui com ele.
Os dois assentiram, se despediram e ela seguiu para o quarto com o médico.Poncho dormia calmamente quando entrou no quarto.
_Como a senhorita vai passar a noite, pode se acomodar no leito ao lado, esse quarto é particular, então ele será o unico paciente por aqui.
_Obrigada doutor. Só uma pergunta, o senhor poderia ne ceder uma cópia do laudo médico?
_Claro, amanhã quando passar para dar alta eu trago para você, e só mais um alerta, possivelmente ele não se lembrará de algumas coisas que ocorreram ontem, um dos efeitos dessa droga é amnésia parcial ou total do dia em que foi ingerida. Boa noite senhorita Anahi. - se direcionando a porta.
_Obrigada doutor, boa noite.
Assim que o medico saiu, Any se aproximou da cama de Poncho, acariciando os cabelos dele.
_O que fizeram com você meu bebê? - a voz tristinha.
Contrariando o que foi dito pelo médico, ao invés de se deitar no leito ao lado, se deitou junto de Poncho e depois de algumas horas adormeceu.Longe dali uma conversa nada amistosa ocorria.
_Eu fiz tudo o que você disse e não funcionou! - gritou alterada pelo plano não ter dado certo.
_Não deu certo porque é uma burra! Aquela noite no restaurante eu deixei bem claro, você tinha que levá-lo para cama, ele ía dormir e quando acordasse não restaria vestígios tão evidentes de que estava drogado! - gritou de volta - Mas não, nem para isso você prestou! Eu deveria saber que você não serviria assim que o detetive me entregou o relatório, uma mulher que não conseguiu sequer uma promoção em 4 anos de trabalho!
_Não grite comigo seu estúpido! Eu tentei fazê-lo dormir, mas ele não parava de rir e repetir o que eu falava como um robô! Agora além da Anahi querer me matar vou ter que aturar mais desprezo da parte dele. Você estragou tudo!
Velasco riu debochado.
_Você não tinha chance alguma, eu te dei uma oportunidade e você a jogou no lixo. Agora vou ser obrigado a partir para o plano b e graças aos céus ele não inclui a sua incompetência! Fora daqui e se disser alguma coisa, se der a entender que temos algum tipo de ligação, digamos que ninguém mais terá noticias suas.
Claudia abriu a boca para responder, mas fechou-a sem emitir um som. Pegou sua bolsa sobre a mesa e saiu dali praticamente correndo.
_Carlos! - chamou o segurança que apareceu prontamente - Quero que contate aquela pessoa, meu plano não deu certo. Tem certeza que ele é confiável e que ninguém saberá da nossa ligação?
_Sim senhor, fiz tudo da forma como me pediu.
_Ótimo, agora é esperar a próxima oportunidade. - se recostou na cadeira com um sorriso que significava problemas.Any acordou com a luz do sol entrando pelas persianas, passou a mão no rosto e se deparou com o olhar indagador e assustado de Poncho.
_Faz tempo que acordou?
_Acho que uns dez minutos. - levou a mão ao rosto dela - O que a gente está fazendo aqui?
_Deram uma droga para você bebê. - falou calma.
Poncho se assustou.
_Que droga?
_O médico disse que foi GHB, a droga do estupro.
_Mas como, por quê? Eu, eu não me lembro de ter bebido muito, nem nada diferente. - fez uma pausa - Na verdade, não me lembro de como fui para casa e nem como vim parar aqui.
_Olha bebê, não surta ok. - ele assentiu - Aparentemente, a Claudia colocou a droga na sua bebida, enquanto distraía o Ucker na mesa. Foi ela que te levou para o apartamento, acho que queria que eu pensasse que vocês ficaram juntos, porque os dois estavam só de roupas íntimas. - tentou falar o mais calma possível.
_Aquela vadia fez isso? - se alterando - Isso não vai ficar assim, ela vai me pagar por isso!
_Calma bebê, por favor. - beijou o rosto dele.
_E como você soube que era mentira? - tentando se acalmar.
_Bem, você não parava de rir, nem mesmo quando te mandei embora de casa. E quando desceu sem a camisa e disse que não sabia onde ficava o inferno voltou a rir. Daí resolvi ligar para o Chris.
_E o que eu queria com o inferno? - sem entender.
Any sorriu, envergonhada.
_Eu te mandei para lá. O médico disse que a droga induz a pessoa a fazer e repetir o que falamos, como eu te mandei para o inferno você estava procurando ele para ir mesmo. - agora achando engraçado ao se lembrar.
_Você me mandou para o inferno?
_Claro, eu cheguei no apartamento e encontrei você e aquela vaca deitados na sua cama e quase sem roupas.
_E eu procurando?
Any riu de novo.
_Sim, foi até que bonitinho, se não fosse as circunstâncias.
_Mas a Claudia ainda vai me pagar.
_Pode deixar que vou resolver isso amor. Agora descansa que daqui a pouco o médico vem te liberar.
Poncho respirou fundo.
_Certo, mas me dá um beijo, para eu ficar mais calmo.
_Bebê lindo.
E iniciou uma sucessão de beijos por todo o rosto antes de beijá-lo nos lábios e aprofundar o beijo.
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Aprendendo o que é o amor
FanfictionQuando uma grande decepção te fecha para o mundo e você não consegue confiar em mais ninguém e nem acreditar mais no amor, será que ainda é possível mudar? Alguém pode devolver a luz e fazer o amor voltar? Any tinha certeza que não. Mas acabará apr...