Capítulo 14

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Poncho acompanhava cada passo de Any pela cozinha com um olhar sedento e apaixonado, por várias vezes teve que se controlar e sair de lá para não ceder ao impulso de agarrá-la. Any, sempre que sua mãe estava distraida, se aproximava dele e fazia um carinho.
_Acho melhor ficar na sala, não estou servindo para nada aqui mesmo.
_Own bebê manhoso mãe! Arruma serviço para ele.
Tisha riu.
_Ele pode lavar e cortar os morangos enquanto você faz o creme e eu arrumo o ravioli na assadeira.
_Gostei da ideia de ajudar. - sorriu e se levantou indo para pia ao lado de Any - E da ideia de ficar mais perto de você. - sussurrou em seu ouvido.
Com Tisha de costas para eles na mesa, Poncho não perdia a oportunidade de tocar ou beijar Any. Ela se divertia com a situação e ria baixinho.
_O que vocês estão aprontando que Any não pára de rir? - perguntou desconfiada, olhando pra trás.
_É que... - não sabia o que dizer.
_É que eu estou tentando provar esse creme e ela não deixa. - fingiu colocar o dedo na panela ganhando um tapinha de Any.
_Não pode Alfonso, tem que esperar tudo ficar pronto.
_Sim minha sogrinha linda. - sorriu travesso.
_Espero ser um dia mesmo. - Tisha respondeu, rindo.
O telefone tocou.
_Obrigada telefone por me salvar dessa situação constrangedora.
_Deixa que eu atendo Any, você não pode parar de mexer o creme agora.
_Tudo bem mãe.
_Finalmente a sós. - agarrou a cintura dela por trás, passando o nariz em seu pescoço.
_Bebê, não posso parar de mexer o creme senão vai queimar.
_Não precisa parar, eu só preciso ficar assim abraçadinho, só um pouquinho.
_Você é muito fofo sabia? - virou a cabeça um pouco e deu selinho nele.
_Fofo não, mas sei que sou lindo. - falou rindo e ganhando um tapinha na mão.
_Convencido você!
_Só um pouquinho. - dando um selinho nela.
_Era a Dulce. - Tisha gritou pouco antes de entrar na cozinha, fazendo o casal se separar - Ela perguntou se teria problema ela, Mai e os garotos virem aqui mais tarde e eu disse que não. - voltando para mesa.
_Mãe! Você nem sabe se eu tenho algum compromisso!
_Não tem não porque se tivesse teria me avisado antes e eu estou com saudades daqueles bagunceiros.
Poncho bufou frustrado.
_Agora vou ter que esperar mais ainda. - resmungou.
_O que disse Alfonso?
_Nada, só pensando alto. E Tisha, é Poncho ou você vai continuar chamando seu futuro genro de modo tão formal?
_Está certo Poncho. - entrou na brincadeira.
_Vocês não tem mais o que fazer não?
_É que você fica muito linda com carinha de brava. - apertou a bochecha dela enchendo de morango.
_Poncho, você me sujou!
Poncho olhou para Tisha de costas para os dois, se aproximou de Any e lambeu a bochecha dela.
_Poncho! - chamou a atenção dele num sussurro, olhando para sua mãe.
Ele deu de ombros e voltou a cortar os morangos.
Quase uma hora depois foram almoçar, conversaram e riram muito até a chegada dos amigos quase ao final da tarde.
Poncho já não aguentava mais ficar longe da Any para disfarçar e ela também começava a ficar nervosa, mas sua mãe nem dava sinais de que iria embora.

Eram quatro da tarde quando Dul, Mai, Chris e Ucker apareceram.
_Oi pessoal, como passaram de ontem para hoje?!
_Eu muito bem obrigada! - praticamente dando pulinhos de tão animada.
_Eu percebi. - Any riu, olhando para Chris que sorria - E a sua animação tem algo a ver com o sorriso bobo daquele ali? - apontou para ele.
_Eu espero sinceramente que sim, né morena? - beijou a bochecha dela.
_Finalmente deu uma chance Mai?
Mai sorriu.
_Segui o conselho que dei para você.  Chris prometeu se comportar.
_Prometi que vou crescer. - revirou os olhos.
_Aleluia!!! - Any falou rindo - Já estava passando da hora de vocês se acertarem.
_E a senhorita com o senhor Herrera? - perguntou olhando Poncho jogado no sofá.
Any sussurrou.
_Estamos bem obrigada e sem mais perguntas enquanto dona Tisha está aqui.
_A velha história de só marido e mulher moram na mesma casa? - Dul perguntou sem acreditar.
_Essa mesma. - suspirou.
_Que retrô, credo! - torceu o nariz.
_E você Ucker, por que essa cara?
_Porque na certa Poncho está querendo me matar por sexta. - fez uma careta.
Any riu.
_Não tanto quanto pelas rosas no sábado.
_Ai gzuis estou ferrado!
_Fica tranquilo, ele é um fofo e faz tudo para não me ver triste, e brigar com amigo meu me deixa triste. - piscou um olho.
Ucker sorriu.
_Bem melhor.
Eles saíram do hall de entrada e foram direto para sala, Any e Ucker por último.
_Você ainda continua com cara de quem comeu e não gostou.
_Estou bolado ainda com a história da Dul ter me dispensado, eu nunca passei por isso. - falou sem graça coçando a nuca.
_É play boy, não deu valor agora vai ter que correr atrás do prejuízo.
_O quê? Eu correr atrás? Eu nunca fiz isso!
_Hora de começar a fazer. - deu dois tapinhas no ombro dele e foi se sentar ao lado de Poncho.
_Até que enfim vejo vocês, seus desnaturados!
_Não faz drama tia. - a abraçou sorrindo.
_Não é drama, eu falava mais com Poncho por telefone quando ele estava na Suíça do que com vocês.
_Tisha chorona! - Mai sorriu ao cumprimentá-la.
_Não sou chorona Maite! Só gosto de ter vocês por perto. Agora quero todas as novidades. - pediu rindo.
Conversaram muito, riram e comeram, já era quase seis da tarde quando Tisha se despediu, deixando a turma sozinha.
_Gosto muito da minha mãe sabe, mas...finalmente! - se jogando no colo de Poncho fazendo todos rirem.
_Ainda não falou para ela sobre vocês? - Ucker perguntou, atrasado no assunto.
Any negou com a cabeça.
_Quando Tisha souber vai querer me arrancar a força daqui e Any não quer. - beijou o rosto dela.
_E por que?
Dul revirou os olhos.
_Porque tia Tisha tem o pensando retrô de achar que só marido e mulher moram juntos. Que namorados tem que curtir o momento e não dividir problemas de casais, que isso desgasta a relação antes de mesmo de começar. É por isso bonequinho de plástico.
_Ei! - não gostando do apelido - Não gostei disso aí não.
Dul deu de ombros.
_É a sua cara, bonitinho por fora, mas oco por dentro.
Um silêncio geral caiu sobre a sala.
_Vou nessa pessoal. - Ucker levantou se despedindo e saiu sem nem olhar para Dul.
_Carajo Dul exagerou! - Any falou assim que ouviu a porta se fechar.
_Nem falei nada. - balançou os ombros como se não ligasse.
_Chamar o cara de oco não é bem não falar nada.
_Foram vocês que disseram que deveria dar uma dura nele. - meio irritada.
_Dar uma dura Maria, não ofender. - tentou sorrir para quebrar o clima.
_Fiz errado? - perguntou sem jeito.
Mai, Chris e Any assentiram.
_Fez. - Poncho foi o único a falar.
_E o que eu faço agora?
_Vai lá e conserta ruiva! - Mai falou o óbvio.
_É melhor ir logo antes que ele não queira nem te ver mais. - Chris completou.
Dul levantou num pulo se despedindo e indo atrás de Ucker.
Os outros se entreolharam e riram.
_É melhor a gente ir também Chris.
_É sim morena, o casal deve estar querendo ficar sozinho e a gente também.
Se despediram e Any os acompanhou até a porta.
_Graças!!!! - puxou-a para o seu colo assim que Any se aproximou - Achei que não ficaríamos mais sozinhos hoje.
Any sorriu e em resposta, apenas o beijou.

Perderam a noção do tempo ali, um nos braços do outro entre beijos e amassos. Poncho alisava a barriga de Any por baixo da blusinha e começava a subir as carícias, mas ela segurou suas mãos.
_Calma bebê! Vamos jantar primeiro e depois cama, tudo bem?! - perguntou rindo.
_Não, a única fome que eu estou sentindo é de você por ter ficado o dia inteiro do seu lado sem quase te tocar. Foi torturante sabia?
_Eu sei bobinho, eu também sofri.
_Então nada de nada, eu preciso de você agora. - deitando seu corpo sobre o dela iniciando mais um beijo.
As mãos de Poncho voltaram a fazer o caminho por baixo da blusinha alcançando os seios, envolveu-os nas palmas de sua mão, massageando e apertando os mamilos.
Any arqueou as costas, gemendo o nome dele.
Poncho sorriu e deslizou as mãos tirando a blusinha e o sutiã em seguida. Levou as mãos ao zíper da calça que ela vestia, deixando Any completamente nua. Sem desviar os olhos dos dela, retirou sua camisa, calça e cueca num piscar de olhos. Ele voltou a se deitar sobre ela no sofá, abaixou a cabeça de encontro aos seios sugando e mordendo, revesando as carícias. Any puxava os cabelos dele, gemendo e gritando seu nome.
O membro de Poncho roçando contra a intimidade dela, deixava-a ofegante.
_Poncho...chega de tortura...preciso de você dentro de mim.
Poncho nada respondeu, apenas a beijou, invadindo a boca dela com sua língua e ao mesmo tempo penetrando seu membro nela.
Any gemeu entre o beijo, tornando-o mais profundo e possessivo. Poncho se movimentava sobre ela com estocadas fortes e profundas. Os corpos suados, colados um ao outro, estremecendo pela antecipação do clímax.
Any ergueu os quadris, rebolando e cravando as unhas nos ombros de Poncho. Chegaram ao clímax juntos, uma sincronia perfeita.
Poncho caiu exausto sobre ela, os dois sorrindo como bobos.
_Agora sim podemos comer e ir para o quarto.
Any fez beicinho.
_Já acabou?
_Não, ainda temos que tomar um banho e ir para o quarto não significa dormir. Não para mim e para você. - sorriu torto, pegando Any nos braços e subindo as escadas.
_Adoro quando você me carrega assim, me sinto tão protegida nos seus braços. - o rosto escondido no pescoço dele.
_E eu amo carregar você assim, porque eu amo protegê-la.

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