Capítulo 5

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Já no barzinho, Any se sentou com Mai e Dul. Poncho estava com os homens em uma mesa de bilhar, mas ela sempre o pegava olhando em sua direção.
_Any, já está sabendo das novas fofocas? - Dul perguntou com uma leve risadinha
_Não, qual é dessa vez? - bebeu um pouco de seu martini.
_Que a dama de gelo se derrete pelo diretor quente que chegou. - Mai sorriu achando graça.
_Falem o que quiser, Poncho é um amigo muito querido e não vou tratá-lo mal só para deixar esse povo com a língua dentro da boca.
Do outro lado, Poncho estava perdido em seus pensamentos olhando Any, mas quando voltou a prestar atenção a conversa não gostou do que ouviu.
_Cara, a Anahi não dá chance para ninguém, ainda perdi a aposta achando que ela ía me dar uma chance fora do trabalho. - Jaime quem falava
_A dama de gelo faz juz ao apelido, você que foi trouxa achando que podia ganhar. A mulher é mais fria que um bloco de gelo. - Aaron não perdeu a chance de zombar.
Poncho apertou o maxilar, estava nervoso e poderia facilmente quebrar a cara daqueles dois.
_Ela pensa que é o centro do universo, mas disseram que o nosso amigo aqui conseguiu tirar alguns sorrisos dela hoje. - Carlos apontou para Poncho - Qual o seu segredo hein?
_É fácil, é só não ser um otário que faz apostas envolvendo mulheres, não ser um zero a esquerda que mal pensa e nem ficar me namorando na frente do espelho. - sorriu cínico - Mas o mais importante, é conhecê-la há mais de quinze anos. - deixou o copo vazio na mesa - Com licença. - deu as costas deixando o jogo.
"Dama de gelo! Eles que não conhecem a mulher doce que ela é por trás dessa fachada."
Poncho foi direto a mesa das meninas e puxando uma cadeira se sentou ao lado de Any.
_Você não relaxa nunca?
_Eu estou relaxada, estou até bebendo ó. - Any balançou a taça na frente dele.
_Estou falando dessa roupa e desse cabelo.
_A roupa eu não vou trocar aqui né Ponchito, e o cabelo, já acostumei a usar ele assim. - passou a mão pelo coque.
_Mas eu prefiro ele solto  - dizendo isso, puxou o grampo florido que prendia o cabelo, fazendo a cascata de cachos cair pelas costas dela - Bem melhor assim. - sorriu de canto, guardando o grampo no bolso.
_Alfonso você me paga por essa. - rangeu entre dentes arrumando o cabelo e penteando a franja com os dedos.
_Pago até com juros pequena. - piscou sorrindo de lado.
_E pode ter certeza que vou cobrar. - deu um sorrisinho maldoso.
_Agora, falando sério, quando vamos sair, ir a um lugar legal, com pessoas legais. - baixando o tom da voz - Gente diferente desse povo do trabalho.
Mai riu.
_Quanta maldade Poncho, eles são super legais! Uhuu. - balançando os braços fingindo estar animada.
_Nem com você forçando a barra Mai. - Dul riu da amiga - Podemos falar com Chris e Ucker e marcar essa sexta. O que acha?
_Por mim está ótimo. Mas quem é Ucker?
_Um amigo do Chris que conhecemos há uns dois anos quando Chris voltou de Nova York.
_Me lembro do Chris, aquele palhaço que não desgrudava de você e da Dul né?
_Esse mesmo e ainda continua o palhaço de sempre. - Dul explicou.
_E o Ucker também é o peguete da Dul. - Mai denunciou a amiga.
_Qual é Mai? Eu por acaso saio contando que você é doida para beijar o Chris? - devolvendo na mesma moeda.
Any riu.
_Certo, vamos parar antes que as duas briguem. O fato é que vocês querem sair e eu prefiro ficar em casa.
Os três olharam sérios para ela.
_Está brincando né Anahi? - Dulce pediu sem conseguir acreditar no que ouvia.
_Nem pensar que você vai se trancar em casa enquanto a gente se diverti. - de maneira alguma Mai aceitaria isso.
_Vai sonhando mesmo, comigo aqui, você sai nem que seja amarrada. - cruzou os braços se recostando na cadeira e esticando uma perna do lado de fora da mesa.
_Ah Ponchito!
_Nem a nem b, você vai. - falou decidido a encarando - Por mim. - fez um biquinho irresistível.
_Poncho você sabe que isso é golpe baixo. - ficou emburradinha.
Mai e Dul observavam apenas rindo da cena.
_Vai pequena, diz que sim para mim. - sorriu torto.
_E eu consigo falar não para esse sorriso. Está bem vai, eu topo. - se deu por vencida.
Poncho se debruçou contra ela lhe dando um beijo na testa.
_Prometo que fico perto de você e não deixo nenhum babaca se aproximar.
_É bom mesmo.
_Certo, a cena está linda, mas temos que ir embora. - Mai olhou em volta - Parece que todo mundo já foi.
_Verdade, só ficamos nós. - Dul olhou para Poncho - É melhor você dirigir, a Any tomou cinco taças de martini, está toda soltinha. - riu da amiga que andava devagar por causa dos saltos.
Poncho foi até ela segurando em sua cintura e guiando ao carro.
Eles se despediram e foram embora, Any e Poncho mantinham o assunto sobre trabalho e os amigos, nada sobre relacionamentos pessoais.

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