Capítulo 15

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Após alguns minutos conseguimos chegar ao grande estabelecimento cheio de luzes e pessoas, paramos em frente a porta de vidro fumê ao lado da fila.

– Oi, vocês já chegaram, estava as esperando. – Nós viramos rapidamente e Thomas estava parado com um terno preto emoldurando todas as suas curvas.

– Essa não é a nossa entrada, comprei entradas para área VIP. – O olhei com espanto.

– Eu não tenho dinheiro para isso. – Ele sorriu docemente com ironia.

– Eu comprei, vocês não precisam pagar nada. – Eu sorri, ele era tão doce.

– Finalmente um cara legal, obrigado. – Larissa falou e nos agarrou pelo braço levando-nos para porta dourada ao lado da fumê.

Entrei um pouco apreensiva, o lugar era abafado o cheiro de vários perfumes diferentes tomava conta do meu olfato, as luzes brancas não paravam de piscar com variações entre os segundos, a música tinha uma batida devagar e sensual com uma letra nada convencional, Larissa saiu diretamente ao bar que ficava no canto leste, Thomas estava parado ao meu lado tão sublime e tranquilo suas mãos enfiadas em seus bolsos, seu olhar esverdeados encarando o nada juntamente com seus cabelos bagunçados porém de um jeito tão arrumado, tentei me manter calma enquanto o olhava mas meu coração estava disparado, sua beleza me encantava, me tirava o fôlego, senti minhas pernas bambearem assim que seu olhar penetrou em mim.

– Quer tomar alguma coisa? – Ele se aproximou gentilmente de mim, o que fez meu coração disparar mais ainda.

– Acho que sim. – Ele sorriu e segurou minha mão enquanto andávamos para o bar.

– Sabe não sou muito adepto desses locais, tentei encontrar o que se adequasse mais ao meu estilo. – Ele sussurrava em meu ouvido direito por conta do barulho alto.

– Eu também não gosto muito, essa é a primeira vez que venho. – Seu perfume era forte parecia algo como pinho e cerejas.

– Sério? Bom eu só venho em lugares como esses.

– Caros? De alta classe? Sério quando você me mandou mensagem ontem eu assustei. – Ele sorriu.

– Por que? – Ele me perguntou.

– Porque simplesmente a entrada para pista "normal" era cem reais, não quero nem saber quanto você pagou por essas entradas, além do que você pagou para nos três.

– Não se encomende com isso, valeu a pena só pela sua presença. – Ele me jogou um olhar sedutor junto a uma piscada rápida, senti minhas bochechas corarem.

Nos aproximamos do bar, me encostei em seu balcão enquanto ele fazia o pedido, comecei a olhar ao redor tentando encontrar Larissa, mas ela já havia desaparecido.

– Ela não tem jeito. – Falei quase sussurrando.

– Me desculpe disse algo? – Thomas se dirigiu a mim com dois copos de cristais em mãos.

– Não, só estava tentando achar a Larissa.

– Depois a encontramos, venha comigo reservei um lugar. – Comecei a segui-lo.

O olhava de cima a baixo, sua postura era elegante, estava curiosa em conhece-lo mais. Passamos por cortinas vermelhas vinho chegando em várias separações com cortinas finas na entrada e bancos de couro preto atrás delas, começamos a andar e a passar frente a outras cabines, pelas cortinas podia ver várias coisas, desde pessoas usando drogas até sexo explícito, Thomas puxou meu braço com delicadeza enquanto passávamos pela cortina fina e sentávamos nos bancos, ele colocou a bebida em minha frente, segurou a sua para o alto em um gesto de respeito e deu o primeiro gole.

– Preferi vir aqui para que pudéssemos conversar, o som não é tão alto.

– Também acho, o que quer conversar? – Perguntei segurando a taça na mão.

– Bom acho que sobre tudo, essa é a primeira vez que conversamos. – Tomei um gole daquela bebida azul clara com gosto doce de frutas cítricas e baunilha.

– Então, quantos anos você tem? – Perguntei o olhando fixamente.

– Eu estou com vinte e seis.

– Vinte e três, você só trabalha naquela loja?

– Eu sou dono daquela loja. – O olhei espantada.

– Seus pais são ricos? – Pensando bem essa pergunta foi bem indelicada.

– Bom – Ele deu uma pequena risada. – Digamos que sim, minha mãe era a dona, porém ela adoeceu e eu estou tomando conta.

– Agora entendi seu estilo de vida. – Dei um sorriso.

– E você o que faz? – Ri de vergonha.

– Sou garçonete. – Falei baixo.

– Desculpe não entendi. – Ele me olhou fixamente.

– Eu sou garçonete. – Falei lentamente, enquanto ele me encarava com indiferença.

– Então você conseguiu seu trabalho por mérito próprio! – Ele abaixou o olhar.

– Acho que sim. – Ele parecia chateado.

– O que foi? Falei algo errado? – Perguntei colocando a mão esquerda em seu joelho.

– Não, eu só. – Ele deu uma pausa e me olhou nos olhos.

– Eu sinto que nunca consegui nada por mérito próprio, mas esqueça não vou chatear-te. – Ele era tão gentil e educado.

– Não se preocupe me sinto bem com você. – Minha mão deslizou para seu braço seguindo até sua mão, enquanto nossos olhos acompanhavam todos os movimentos.

Logoque minha mão encostou na dele meu coração disparou, nossos olhares seencontraram e ele me deu um sorriso, me senti tão atraída por ele que sempensar me aproximei, ele também não hesitou, antes que pudesse perceber nossoslábios se tocaram delicadamente e docemente    

AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora