Capítulo 5

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    Meus olhos estavam trasbordando em lágrimas, porém não deixei que nenhuma caísse, aproveitei que ele havia me soltado e me levantei de seu colo, comecei a andar até a porta, ele não falou mais nada, sai pela porta sem olhar para trás a fechei com força e desci as escadas correndo, até passar pela porta do bar que estava vazio, o velho homem ainda estava sentado atrás do balcão, assim que entrei em seu campo de visão ele começou a gargalhar.

– Você me divertiu muito hoje senhorita. – Eu fiquei espantada, fingi que não havia o ouvido e segui em frente.

Ele correu atrás de mim e segurou minha mão antes que eu chegasse na porta, senti algo quente e gosmento em sua mão.

– Não finja que não me ouviu. – Ele se aproximou do meu rosto seu bafo de cigarro e cerveja me deixavam enojada.

– Eu me masturbei várias vezes pensando na sua bucetinha. – Meu coração disparou, comecei a puxar minha mão mas ele não me soltava.

– Você é um pervertido. – Ele abriu um sorriso amarelado e com alguns dentes podres.

– Bom, mas parece que você também fez isso ontem à noite. – Meu coração disparou.

– O que você disse? – Eu puxei minha mão com força conseguindo me soltar.

– Eu não disse nada. – Ele me encarava.

– Não, você acabou de falar que eu fiz isso. – Ele me olhou assustado.

– Eu não disse isso, você está louca. – Eu olhei atrás do velho e Mateus estava me encarando perto da porta.

– Vai se fuder. – Eu gritei e fechei a porta de metal.

Comecei a corre, passei pelas ruas escuras com pressa, minha respiração estava forte, minha garganta queimava e meu coração batia aceleradamente, me esforcei para chegar o mais rápido o possível em minha casa, depois de algum tempo correndo cheguei na minha rua, abri a porta com pressa, entrei na sala.

– Boa noite filha, está tudo bem? – Minha mãe estava sentada no sofá com os olhos vidrados na televisão.

– Sim mãe, vou para meu quarto dormir estou muito cansada. – Falei com calma, não queria que ela se preocupasse e me interrogasse.

Entrei e fechei a porta do meu quarto delicadamente, quando o fiz o perfume de Mateus se espalhou por todo local.

– Droga, eu não devolvi sua jaqueta. – A tirei rapidamente no mesmo instante e joguei no canto do quarto.

Sentei-me na cama pesadamente, comecei a pensar sobre os acontecimentos da noite, sentia minha cabeça doer a cada lembrança, fechei a mão com força a sentindo melada.

– Velho nojento. – Falava enquanto andava até o banheiro.

Abri a porta e acendi a luz, parei em frente a pia branca do banheiro abri a torneira e lavei minhas mãos várias vezes, enquanto a agua fria caia na palma de minhas mãos eu ia me sentindo melhor, eu estava sonolenta meus olhos mal ficavam abertos, decidi tomar um banho quente para me acalmar, Tirei minhas roupas e liguei o chuveiro, entrei em baixo da agua quente e respirei fundo.

– Que merda. – Olhei meu pulso e cintura, ambos estavam com marcas dos dedos dele.

Escutei a porta do meu quarto abrir e logo uma batida na do banheiro.

– Filha tem alguém querendo falar com você no telefone. – Minha mãe falava atrás da porta.

– Pode entrar, estou tomando banho. – Falava diminuindo a potência dos jatos d'agua.

Ela me entregou o telefone e saiu me deixando sozinha.

AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora