A carta de Orochimaru

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A porta do deque é aberta, e eu, permanecia-me do mesmo jeito

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A porta do deque é aberta, e eu, permanecia-me do mesmo jeito.

Juntando fragmentos para que a luz do sol seja compactada as forças naturais de meu corpo receptáculo, envolvo a alma do sangue de meu sangue em uma manta coberta do pó da vida que eu mesmo criei.

Rezava as mantras de uma antiga língua do vilarejo em que morei pedindo que os deuses não o levem de mim, mas, tinha plena consciência de que aquilo não seria o suficiente para fazê-lo melhorar.

- Orochimaru estamos quase chegando ao litoral da costa do país do fogo. Acha mesmo que encontraremos aqui o que quer?

- Tenho certeza, a luz que fora emitida em meus pensamentos me guiou a saber que nessa região encontraremos sua cura.

- Não existe cura para seu filho e você sabe. Até quando vai continuar insistindo nessa loucura de procurar poderes ocultos na natureza que o salvarão? Nem os melhores médicos da grande cidade deram esperança para a melhora dele. Estamos é nos arriscando viajando em embarcações clandestinas como essa, esses homens são bandidos.

- Será sua salvação! Escreve o que lhe digo, ele será curado – propalava de olhos fechados enquanto o segurava pela mão. Por sua pulsação sentia seu corpo desvairar e seus sentidos serem deixados para trás. A cada segundo sua vida estava sendo arrastada de mim.

- Encontraremos as forças aqui, encontramos a erva de meus sonhos e salvaremos você – o dizia e concentrava-me em meus pensamentos positivos.

- Você tem algum problema, sua mulher estava certa. Até ela desistiu de salva-lo e você continua nisso, eu estou de saco cheio de lhe acobertar nessas viagens perigosas. Quero meus pagamentos atrasados o quanto antes – e me bate a porta.

- As águas já nos levaram a maravilhosas descobertas, meu filho, não importa se pessoas que não são como nós não acreditam. Vou mostrá-los que estão errados sobre você, que a vida é muito mais preciosa do que acreditam que seja. Vou mostrá-los que a verdadeira medicina está na raiz do mundo, em sua essência natural.

O navio para, sinto o balançar das águas abaixo de nós se acalmar.

Dou um beijo em sua palma quando algo volta a abrir a porta daquele cubículo escondido.

- Retira de carga, ANDE – falava em um tom de nojo, éramos como escravos, sabia disso, mas nada importava se não tentasse ao máximo encontrar a solução.

O pego no colo, pedindo a Kabuto que o leve para alguma pensão da região enquanto termino de pagar o que devia pela viagem.

O pagamento era sempre cobrado com serviços pesados. Desde despachamento de carga, até a limpeza que os animais transportados ilegalmente sujavam. Tudo era feito por pessoas transportadas de cidade em cidade, que desesperadas como eu, tentavam encontrar esperanças para suas vidas em outros lugares além da imensidão azul.

Blue LaggonOnde histórias criam vida. Descubra agora