Após um grave acidente de avião, Sasuke e Sakura ainda muito pequenos terão que sobreviver isolados do mundo em uma ilha paradisíaca. Muitos anos se passam e sem qualquer tipo de informação sobre a mudança de seus corpos a relação dos dois se torna...
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- Sasuke? – Sakura me chamava, porém, estava paralisado. Olhar para o rosto dele era quase como ver um fantasma.
O momento mais estranho de todos foi ouvir sua voz. Quem era ele? Não era ele! Não o mesmo Itachi que me lembrava, não exatamente o mesmo do qual brincávamos na varanda de nossa casa enquanto ainda éramos apenas duas crianças aprendendo a crescer aos olhos de nossos pais.
Mas, os olhos criados pela mãe terra jamais mentiriam, não quando você se sente olhando para seu próprio pai, sua própria mãe e para seu próprio reflexo dentro d'água. Não teve como não o reconhecer quando pronunciou seu nome, não teve como não sentir que era parte de minha família.
Estava com os cabelos grandes, amarrados, vestia roupas grandes e estranhas, usava objetos estranhos, chorava a nos abraçar dizendo que sempre acreditou que estávamos vivos.
Será mesmo? Será que ele acreditou? Porque depois de tanto tempo? E porque agora? Agora que estava com a certeza tão clara em meu coração que seria feliz para sempre com Sakura e Takato em nossa ilha abençoada pelos Deuses da natureza.
Estava feliz de saber que como nós sobreviveu ao acidente, contudo, no fundo, não queria ir embora.
Ele se afasta um pouco após o abraço, e eu, volto a olhá-lo nos olhos. Sem dúvidas era meu irmão, via em suas lágrimas que queria nosso bem e que não nos faria mal, mas, meu coração disparava ao ouvir bem no fundo de meus sentidos um pouco chocados a voz de Orochimaru sorrir a me dizer que estávamos salvos.
Queria estar mesmo sentindo que estávamos sendo salvos de tudo, entretanto, o medo de voltar à realidade e descobrir coisas que ainda não sei que existem me assustavam. O desconhecido assusta, estava com medo da maldade humana, de achar nesse mundo distante, pessoas como eu, destruidores e que deixavam a maldade subir por suas cabeças com a mera desculpa de continuar a salvar quem ama.
Quem eles amam? Como eles amam? O que eles sentem? O que pensam? O que fazem? Eu não me lembrava.
Medo, eu tenho muito medo de descobrir.
Itachi fala algo comigo de que faria tudo por nós, tentando nos passar confiança, e retira um pano de uma coisa estranha que carregava nas costas, me oferece dizendo que me apresentaria uma pessoa importante para ele após me vestir.
- Eu nunca usei roupas, e não gosto delas – falo quando analiso o que eram.
- São minhas irmão, pode usá-las por enquanto, talvez sirva em você e também vai ficar mais confortável para irmos embora.
- E tem uma moça lá atrás – Orochimaru propala já sorrindo por saber que odiava usar aquilo.
Sakura me olha num pedido para vesti-las, sabia que isso seria o primeiro passo a me distanciar de quem sou, de minha conexão com a natureza ao abandonar sua essência e usar utensílios que não vinham dela.
