Invasores na festa

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Novo "começo". O Sol bem no alto por ser meio-dia. Tronco e Poppy caminhavam lado a lado, cada um com um embrulho em mãos. O garoto ainda se sentia incômodo pelo episódio do dia anterior. Trocavam um par de palavras e só. Avistaram a casa decorada com balões e a música. Havia meia dúzia de crianças ou mais numa roda conversando. Anny apareceu naquele meio e o viu. Seu rosto seu iluminou. Correu para dar um grande abraço nele:

— Nem acredito que você veio!

— Não é pra tanto! — respondeu meio rabugento

— Mal sair de casa você sai!

— Não briguem, por favor!? — interrompeu Poppy

Levou a dupla para conhecer seus amigos. O pessoal era muito diferente um do outro! A Ella ficava admirando e mexendo nas flores do jardim; Jake fingia estar num campo minado segurando sua arminha de brinquedo; Oli e Kãna mexiam num kit de costura, fazendo luvas e bolsinhas de pano; Lia Mi mesclava diferentes sons em seu computador enquanto Tony, Anny e Milo conversavam. Os dois garotos trocavam olhares ameaçadores quando a menina se distraía. Tal ação parecia de certa maneira engraçada para o adolescente. Aos poucos, outras crianças chegaram e o grupinho começou a brincar de outras coisas juntos. Poppy se juntou a eles como uma criancinha, puxando Tronco para a brincadeira – não resistiu aos olhinhos de cachorrinho carente. Primeiro pega-pega, depois esconde-esconde, porque, apesar da idade, eles ainda amavam jogar. O último jogo foi verdade ou desafio. Fizeram um círculo e a aniversariante pegou uma garrafa:

— A boca é pergunta e o fundo resposta. — determinou, colocou o indicador no canto da boca — Aconteceu aqui- ...

— ... -Morre aqui! — completou o grupo passando o dedo para a outra extremidade da boca

     Os adolescentes não intenderam, mas imitaram o ato. Milo girou a garrafa:

— Verdade ou desafio? — perguntou Jake

— ... Desafio, vou me lascar de qualquer jeito. — respondeu Ella desanimada

— Te desafio a dançar e cantar a música do pintinho amarelinho! — sentenciou segurando uma risada

     Levantou com pesar, fez asinhas com seus braços e raspava o pé no chão:

Meu pintinho amarelinho
Cabe aqui na minha mão
(Na minha mão)
Quando quer comer bichinhos
Com seus pezinhos ele cisca o chão

Ele bate as asas
Ele faz "piu-piu"
Mas tem muito medo
É do Gavião

Ele bate as asas
Ele faz "piu-piu"
Mas tem muito medo
É do Gavião

     Até mesmo ela caiu na gargalhada. Giraram novamente:

— Verdade ou desafio? — perguntou Tony

— Verdade. — respondeu Anny com receio

— ... Hmm ... você ainda conserva a Flor?

     Ela o olhou curiosa, sorriu:

— Lógico!

— Quem é Flor? — perguntou a rosada confusa

— A coelhinha de pelúcia dela. — respondeu uma garota meio gótica se aproximando.

     Tal garota sentou do lado da aniversariante:

— Atrasou, certo Jãnney? — observou Kãna

— Atrasei, mas não perdi o jogo mais importante!

— Até hoje você guarda!? — admirou-se Tony

Trolls| o delinquente roubou o meu coração Onde histórias criam vida. Descubra agora