Nunca que se imaginou dando conselhos amorosos para um cara de 9 anos a mais do que ele tinha, mas a vida é cheia de surpresas. Estavam Tronco e Poppy com fones de ouvido de um autêntico jogador, enquanto Gabriel simplesmente usava um fone muito discreto em uma só orelha. Estavam à caminho da casa de Rebeca:
— Como eu vim parar nessa!? — sussurrou para si mesmo
— Andando. — respondeu a voz de sua amiga
Revirou os olhos. O maior bateu na porta branca da casa da namorada, que abriu surpresa:
— Gabriel? O que traz tamanha beleza até minha humilde residência?
— Não posso visitar a minha linda e maravilhosa namorada? — disse Poppy
— Desde quando você fala assim?
— Assim como? — perguntou o homem, fingindo estar confuso (coisa que ela notou)
— Nunca ouvi você falando chique. — seguiu o fio da meada
— Gabriel, como você fala!? — perguntou nosso moreno surpreso e irritado
— Posso mudar o meu jeito de falar, não!? — fingiu estar ofendido
— Claro que pode! — riu — Mas sério, por que veio aqui?
— Queria te levar pra um lugar especial. — pegou na mão dela
— Se for a Comic-com pode esquecer!
— Assim você me ofende! Não é a Comic-com! Confia em mim ou não?
— Nem o meu peixinho dourado! — brincou
No final de uma briga de brincadeira, foram logo para onde o trio havia combinado. Era na ponte do parque. O céu estava um alaranjado e vermelho lindo por ser pôr-do-Sol, que refletia sua luz colorida nas águas azuis do lago. Sem dúvida, um clima romântico se formava. O casal de jovens adultos estava apoiado na grade da ponte, de mãos dadas e olhando para as águas que formavam marola com a ação do vento:
— Não se sente entediado? — perguntou a loira-escura
— Por quê?
— Eu sei bem que não gosta de climas muito nesse estilo.
— ... Agora gosto. — descordou
Sorriu, e Rebeca percebeu que era sincero, tanto nas palavras quanto a aquela ação:
— Bom saber ... — retribuiu o sorriso
— Nem acredito que estamos aqui. Uma psicóloga leitora voraz e um gamer que assistia o filme ao invés do livro, namorando?
— Não nos resumimos a isso e você sabe bem! Se tem uma coisa que eu sabia bem era que você não gostava muito de romance, então eu nunca forcei a barra.
— E isso é muito "fera" da sua parte ... — entrelaçou seus dedos — ... mas ficar com você me fez ver um lado diferente ...
— Como assim? — virou a cabeça, curiosa
— De como tratar as pessoas, falar, hábitos ... não consigo todos ainda, mas a maioria das burradas que eu fazia ... parei. — confessou desviando o olhar
— E você quebrou a minha ilusão de que precisava ser perfeita. — confessou num tom carinhoso
— Mas ... pra mim, você é perfeita! — disse Tronco pelo microfone, timidamente
Poppy se virou para ele, que encarava o chão. Rebeca corou ao escutar seu namorado repetindo tal fala:
— E os seus olhos ... são como dois lagos ... profundos ... tenho medo de mergulhar e nunca mais voltar para respirar. — continuou, pensando nos amados globos mel-avermelhadas, que pousavam sobre ele naquele mesmo instante — E o seu sorriso ... ofusca até o Sol ... que se recusa a sair de trás das nuvens ... sabendo que nunca terá esse brilho.
Quando seu campo de visão levantou, encontrou-se com um sorriso que, como ele próprio disse, ofusca até o Sol. Não mostrava os dentes. Era um sorriso tímido, mas tão verdadeiro quanto o brilho de seus olhos cheios de lágrimas. Já com o outro casal, trocavam olhares de carinho. Ela suspirou:
— Isso foi lindo ... mas pode me fazer um favor?
— Claro, o que é?
— Tire isso do ouvido ... — tirou o fone dele — ... pra gente conversar melhor?
O mundo dele caiu. Rebeca sorriu antes de perguntar:
— O que quer me perguntar?
Hesitante, tirou uma caixinha do bolso, ajoelhou-se e pegou a mão dela:
— Rebeca Camila Peterson ... — abriu a caixinha, revelando um anel — ... casa comigo?
Inesperadamente, puxou-o, de maneira que levantasse. Acariciou uma das bochechas dele:
— Claro que sim! — lhe deu um abraço
O outro correspondeu feliz. Com nossos dois adolescentes:
— O que será que houve? — questionou-se o moreno
— Não sei ... Tronco, o poema foi lindo! — elogiou a rosada
— ... V-aleu.
— Não sabia que tinha tanta alma de poeta.
— Bo-om ... uma pessoa pode guardar muitos segredos e talentos.
— Eu que o diga ... — seus olhos se cristalizaram
O garoto foi para perto, abraçá-la. Correspondeu assim que sentiu os braços acolhedores do rapaz envolvendo-a:
— Poppy, eu não vou mentir e dizer que isso não acontece. Não posso dizer que intendo a sua dor e não posso te prometer que nada parecido vai acontecer, mas posso PROMETER que se depender de mim, ninguém nunca mais vai te machucar!
— ... Obrigada ... por me ouvir ...
— Você me ouviu antes ... o mínimo é fazer o mesmo!
Se afastaram para encararem um ao outro. A distância entre seus rostos era mínima, e suas respirações sincronizadas. Não se beijaram, porque o simples fato de estarem assim já era reconfortante. É estranho, mas era gostoso. Ajudou-a a levantar, depois levou-a para sua casa:
— Bom ... acho que boa noite e até amanhã na aula. — disse parando de andar
— Boa noite. — estendeu a mão
Encarou-o curiosa:
— Pra que tanta formalidade?
— Ah ... foi mal. — abaixou a mão, envergonhado
— Haha ... tudo bem, foi fofo. — lhe deu um beijo na bochecha — Até amanhã, Tronco!
Andou até a porta e entrou. O garoto estava paralisado na calçada. Quando foi se dar conta, destrancava a porta da própria casa. Dormiu bem naquela noite. Será que tinha alguma chance com ela?
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Palavrinhas rápidas:
Foi mal atrasar tanto e se o cap ficou ruim. Estou em semanas de provas de matéria muito difícil e com muitos problemas pessoais pendentes, e não sobrou tempo pra quase nada (incluindo escrever). Realmente espero que entendam e que continuem esperando porque o que não falta é coisa pra acontecer. Em menos de um mês serão as férias e acho que vou conseguir escrever mais, mas por enquanto está tenso.
Beijos e roteiros,
Aliindaa.
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Trolls| o delinquente roubou o meu coração
Fiksi Penggemar"- Ninguém precisa de um assassino na escola! Ou melhor, ninguém precisa de VOCÊ!! - gritou Creek" Excluído, sofrendo bullying, recém liberto da prisão ... a vida de Tronco não anda nada fácil! Sofre de depressão forte, mora sozinho e se automutila;...