"Poderia haver um castelo e usar um anel, mas não, tu deixaste-me ir"
• Dakota •- Já devias saber que ninguém me dá ordens. - Loki diz com um sorriso mais divertido que propriamente malicioso assim que me vê, ao entrar de rompante no escritório de Tony Stark.
Ainda mal consegui explicar a atual situação a ele.
- É o teu namorado? Pensava que vocês estavam juntos. - comenta Stark referindo-se a mim e Erik.
Deve estar a ver um outro homem que não Loki.
Erik olha para mim de forma a avisar-me que sabe que é Loki.
- Não. Não é o meu namorado. Eu não tenho namorado. - eu abano a cabeça tentando concentrar-me no próximo passo.
- Então quem é...? - Stark pergunta franzindo as sobrancelhas.
- Sou Ragnar. Eu e Dakota somos bons amigos se é que me entende... - Loki apresenta-de estendo-lhe a mão que Stark aperta.
- Interessante. - Tony comenta com um sorriso divertido.
- Precisamos da ajuda dos vingadores antes que seja tarde demais Tony. Eu sei que estás prestes a casar-te mas é que se não impedir-mos o mais cedo possível o exército de Hela, ela tornar-se-á invencível. - eu recomeço a conversa para o qual vim.
- Oh não precisas de te preocupar com o meu casamento. Ele já não ia acontecer de qualquer das maneiras. - ele diz sorumbático.
- Mas porquê? - eu pergunto preocupada e triste. Pensava que eles jamais se separariam depois de tudo o que passaram juntos.
- Nós esperamos lá fora. - Erik avisa-me apercebendo-se que ambos precisávamos de falar sozinhos.
Tanto Erik como Loki saem do escritório. Loki nem sequer ripostou apesar de me ter lançando um último olhar indecifrável.
- O que aconteceu? - eu começo de imediato o inquérito.
- Demasiadas coisas. - ele responde curto encolhendo os ombros com um sorriso amarelo.
- Isso não explica muito.
- Tudo bem, eu conto-te tudo assim que me explicares quem são aqueles dois. - ele propõe mudando de assunto para mim. Boa tentativa.
- Eu perguntei primeiro. - eu contraponho cruzando os braços.
- E eu propôs um acordo. É tua escolha aceitares ou não. - ele argumenta.
- Erik é meu amigo e guarda real. O meu guarda visto eu ser uma princesa. E o aã hum Ragnar é alguém que eu conheço da minha outra vida que já não me lembrava mas agora comecei a lembrar-me. - eu tento explicar mas Tony não compreende. É normal. Nem eu compreendo ao certo. E não me apetece contar-lhe que Ragnar afinal é Loki. Ele passar-se-ia, no mínimo. Ele teria um ataque.
- Tens muita coisa para explicares. - ele senta-se no seu sofá de dois lugares e eu sento-me ao seu lado.
(...)
- Achas que estou preparada? - eu pergunto a Erik, sem nenhuma confiança e força na voz. Os vingadores estão agora reunidos a decidirem se se juntam a nós na batalha. Penso que deveria estar com eles visto ainda ser uma vingadora. Mas suponho que esteja demasiado envolvida nesta questão. Além disso, de certeza que já todos consideram que já não sou nem cheguei a ser verdadeiramente uma vingadora.
Estou apreensiva com a batalha e quero que Erik me esclareça se acha ou não que estou preparada para tal coisa. Devia ter sido mais específica naquilo que lhe estou a perguntar mas ele parece que me lê os pensamentos e sabe sempre aquilo a que eu me refiro apenas a olhar-me diretamente nos olhos.
- Sim. - ele assente e dá-me a mão, apertando-a. Sabe também exatamente aquilo que eu preciso. Neste momento? Apoio total.
Ele é tão tão... tão perfeito. Ele é aquele homem que todas as raparigas sonham em encontrar e apaixonar-se. No entanto, há Loki. Gostava que não houvesse Loki nenhum. Assim não teria dúvidas. E por falar nele, deve estar a escutar a reunião dos vingadores invisivel. Sim, só pode ser isso. Ele anda desaparecido há uma hora.
- Achas que eles virão connosco? - eu pergunto referindo-me, obviamente, aos vingadores.
- Penso que não virão todos. Os humanos não são unidos como nós. - ele responde objetivamente. Não podia concordar mais com ele.
- Pois não.
- Não devias ir para a batalha. - ele acaba por dizer ao fim de algum tempo em silêncio.
- Disseste que eu estava preparada. - eu noto. Eu sei que ele acha que não devia ir para a batalha... Sei qual é a justificação que ele vai dar:
- O teu pai está doente, Asgard precisa de uma rainha. - ele diz exatamente aquilo que sabia que diria.
Mas não sou estúpida. Ele só não quer que eu morra. Não para deixar o trono de Asgard vazio mas sim porque me ama.
- Os reis e principes vão sempre às batalhas. Se eu não fosse, ninguém me respeitaria e seria intitulada de a rainha cobarde. - eu brinco um bocado. No entanto, ele permanece sério.
Ele ainda abre a boca para dizer algo mas torna a fecha-la.
- Eu já tenho nomeados os meus regentes caso Odin morra e eu seja rainha e depois também acabe por morrer. - eu acabo por explicar.
- Quem? - ele pergunta suspirando vencido, sabendo que nada me fará não ir à batalha.
- Depois saberás.