XXI

1.7K 188 40
                                    

"Espero que não te importes por colocar em palavras o quão maravilhosa é a minha vida agora que estás nela"

"Espero que não te importes por colocar em palavras o quão maravilhosa é a minha vida agora que estás nela"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dakota

- Eu estou a amar estar aqui. Conheci um rapaz maravilhoso, D! - exclama feliz com um sorriso pateta. Um sorriso de quem tem um crush cujo crush é o que o tem como crush. Se é que me entendem. Eu consigo ser muito confusa às vezes, até no meu próprio pensamento.

- Olha que bom. Como é que se chama e de onde vem? - eu pergunto de imediato sem energia. Os crushs dela demoram pouco tempo. Daqui a uma semana ou já o esqueceu ou passa a odiá-lo.

- Chama-se Ubbe e é daqui. De Asgard. - ela responde excitada como se ele ser de Asgard fosse um facto extraordinário dado ao facto de estarmos em Asgard.

- E o que é que ele faz? - eu pergunto um pouco distraída entre fazer-lhe perguntas sobre o seu namorado temporário e que vou fazer à minha vida. Em relação a Erik, ao facto de me sentir inexplicavelmente ligada de alguma forma a Loki e como vou recuperar as memórias da vida passada, se é que isso é de facto possível.

- Ele é um soldado! Ele vai fazer as provas para se tornar um dos guerreiros! Não sei bem o que isso significa mas pareceu ser algo bastante importante. Suponho que saibas o que isso significa, certo? - ela pergunta olhando para mim interrogativamente.

- Os guerreiros é basicamente a mais alta patente que um soldado ou assim pode atingir. De momento há apenas 3 guerreiros. É por isso que daqui a uns dias vai haver provas para se arranjar mais 3 guerreiros. - eu explico o mais resumidamente e fácil de perceber.

- A Sif é uma das guerreiras não é? Ah já sei o que isso significa então. - ela murmura. Deve ter conhecido Sif ontem na festa por Thor.

- E quem são mais os outros guerreiros? - ela pergunta de repente interessada.

- Fandral e Volstagg. Hogun morreu há pouco tempo e Volstagg vai-se embora assim que houver quem o substitua. Está doente e quer passar o resto da vida que lhe resta com a mulher e os filhos. Odin considera que é preciso um reforço e por isso vamos recrutar um guerreiro a mais. - eu explico e ela assente com a cabeça percebendo tudo.

- Pensava que vocês nunca ficavam doentes. - ela murmura um pouco confusa.

- Não ficamos doentes com as doenças da Terra, mas há doenças aqui em Asgard e em todos os 9 reinos. - eu explico.

- Faz sentido mas não conseguem curá-lo? Sendo a medicina aqui tão avançada...

- Não é uma doença normal. É uma doença rara e sem cura.

- E então simplesmente desistiram? - ela exclama de boca aberta chocada.

- Ao que parece, pelo facto de ser uma doença rara e sem cura significa que o tempo dele chegou ao fim. Significa que é o seu destino morrer agora. E asgardianos devem seguir o seu destino. Culturas diferentes, sabes. - eu explico com um meio sorriso e ela abana a cabeça de forma reprovadora.

- Deviam lutar. Devemos sempre lutar.

- Eu sei. - Eu assinto. Se bem que não concorde lá muito com ela, se fosse eu deixaria estar, tentaria apenas aproveitar ao máximo os últimos dias que me faltam. Afinal, só aproveitamentos realmente a vida quando nos apercebemos que ela está a chegar ao fim.

- Eu tenho de ir resolver uns assuntos. - eu digo levanto-me. Decido ir falar com Heimdall, ele vê tudo e sabe do meu passado. Talvez se eu lhe perguntar o que me aconteceu na outra vida ele me conte. Nunca tentei. Mas algo me diz que ele tem ordens de Odin para não o fazer. E eu ainda não sou rainha.

- Vais aonde? - ela pergunta curiosa.

- Vou falar com Heimdall sobre uns assuntos. Eu depois explico-te tudo. - eu respondo sem demoras deixando-a sozinha no meu quarto. Ela há de arranjar algo para passar o tempo, arranja sempre.

- Sua Alteza - cumprimenta-me Heimdall com a sua típica calma e olhar distante no entanto pessoal. Não sei explicar. Tem a postura séria num entanto tem um pequeno sorriso no rosto, o sorriso de alguém que já sabe sobre o que vim pedir-lhe. Não é preciso ser um gênio para o saber. Ele já devia estar à espera disto há algum tempo.

- Suponho que há saibas o que vim aqui perguntar-te - eu digo de imediato sem delongas.

- Sim. - ele anui.

- E qual é a resposta?

- Não sou eu quem te deve contar sobre a tua vida passada. É passado e não seria bom para ti saber. No entanto, penso que vais saber algo bastante importante do passado que vai também fazer parte do presente. - ele diz filosoficamente. Não entendi bem o que ele quer dizer com aquilo.

- Não entendo... - eu murmuro um pouco confusa.

- Vais ter flashbacks dos momentos da tua vida passada que foram mais importantes e com maior significado. - ele esclarece e eu entendo.

- Vão ser como sonhos ou assim, certo? - eu pergunto.

- Penso que seria mais adequado chamar-lhe pesadelos, nesse caso. É aterrorizante sonhar com algo que sabemos ser real e não nos lembrarmos. - ele explica agora sem sorrir. Engulo um seco. A minha vida já é bastante complicada sem ter pesadelos da minha vida passada.

- Ótimo. Mas pelo menos tenho uma pequena noção do meu passado. - eu tento ver o lado positivo.

- Sim. Vai ser um processo doloroso, não vou mentir. Mas vai valer a pena. - ele diz com um sorriso tranquilizador. Ele já sabe aquilo de que eu me vou lembrar.

- Mas o que aconteceu na minha outra vida... É passado. - eu digo franzindo as sobrancelhas. Não percebo como lembrar-me uma outra vida num outro tempo me possa valer a pena os pesadelos.

- Aquilo que te vais lembrar é um sentimento forte e recíproco. Esse sentimento vai voltar. - ele explica vagamente, no entanto penso que já sei ao que ele se refere.

- Ou seja, eu tinha alguém que me amava. Alguém que eu amava. - eu digo e percebo pela sua cara que acertei em cheio. Penso que ele queria contar-me tudo desde o início mas como Odin ordenou que não o fizesse, ele contornou a situação.

- Amor verdadeiro é algo que nada pode apagar. - ele murmura num tom sonhador.

- Eu já o conheço. - Eu pergunto em tom de afirmação. Faz sentido, ele não diria que o amor verdadeiro é algo que nada pode apagar se não conhecesse nesta vida, o rapaz em questão. Heimdall apenas sorri. E percebo que voltei a acertar em cheio.



Acharam muito confuso? Perceberam aquilo que eu quis dizer?? Se não perceberam digam que eu explico melhor.

Votem e comentem por favor!!!

Beijos,

Alaska

 Out Of The Woods | Loki [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora