(don't) Give Up ¡¡nomin!!

and the decision

*JENO*

– VOCÊ É UM PÉSSIMO NAMORADO...- Jaemin literalmente gritou no meu ouvido, só por que eu tava rindo. – .... TA QUEIMANDO DESGRAÇA. PARA DE RIR, VOCÊ NÃO IA GOSTAR SE FOSSE COM VOCÊ.

– Ok, desculpa... – Consegui segurar a risada por pelo menos dois segundos, mas logo estava morrendo de rir dele me xingando a toa.

– QUANDO CAIR CALDO DE MIOJO NA SUA COXA, EU VOU FALAR SÓ "EITA". Se considere solteiro a partir de agora. – Ele finalmente conseguiu manter a voz. – Aiai arde muito...

– Oh dó. Sinto informar que nunca vai falar, não como miojo – Não consegui nem continuar a falar por ele estar me xingando para caramba. – Para de tocar, vai arder mais, anta.

– Sai o, você não tá no direito de nada agora. Retire se dessa ligação sua encarnação do capeta.

– Como você fez isso mesmo? – Tentei lembrar, mas so consigo recordar os xingamentos de ódio dele em cima de mim.

– Minha mãe fez miojo, eu tava fazendo o exercicio. Ai ao invés dela me ajudar a tirar a apostila da frente, ela me dá o negócio e me deixa pra tirar o livro da minha frente, acontece que não tenho o dom do equilíbrio agora tá machucando.... – Ele parou de falar por uns instantes. – AOU, MARK TA ME CHAMANDO DE CRIANÇA E CHENLE TA RINDO DE MIM. TO COMEÇANDO A LEVAR PRO LADO PESSOAL.

– Calma bebezinho. Vai ficar tudo bem, vou cuidar de você... – Por que eu disse isso?

– Mesmo? – Ele disse com uma voz manhosinha. Ai que criança fofa, eu sou muito apaixonado. Não é possível.

– Sim, sim. Alguém tem cuidar da criança para não morrer por ai.

– SE FODER, LEE JENO. NOSSA EU VOU MUITO DESLIGAR NA SUA CARA SEU CRETINO, VOU FAZER GREVE. VOCÊ VAI VER.

E desligou. Já disse que a melhor coisa do mundo é ver Na Jaemin com raiva de todos? É engraçado. Ele fica com uma voz engraçada, é estranhamente fofo. Droga, eu amo demais aquele menino, chegava a doer.

Liguei de novo e ele atendeu na primeira chamada.

– Que é? Não quero mais falar com você.

– Se não quisesse você não teria atendido.

– Ae assim?

– NÃO, DESCULPA, DESCULPA... – Ri de nervoso. – Vou parar, fala comigo.

– Não, ou você automaticamente se torna uma babá.

– Vou cuidar do meu amorzinho, ok? – Ele demorou pra responder, mas ouvi ele sorrindo.

– Para, quero ficar com raiva de você.

Assumo que ficamos pelo resto da noite conversando sobre diversos assuntos. Quando a ligação acabamos, fomos para DM. Ele começou a escrever em jaemines, então mandei ele dormir.

Como estava sem sono, coloquei uma musica calma e comecei a pensar sobre a gente. Como sempre, sorri lembrando dele, era confortável ouvir sua voz e tudo mais. Quando ficamos em uma semana de chuva forte, mesmo com sono, ele ficou comigo até eu me acalmar ou dormir. Sempre fico imaginando ele me fazendo carinho ou dando beijinhos. Lembro da nossa conversa que ele disse que pensa se a gente fosse vizinhos, ele me mandou uma foto com a mão pra fora me "acenando".

E quando menos percebi, eu estava chorando. Por ser difícil nós nos conhecermos. Por ele ter a vida dele. Pela minha família não aceitar muito bem isso de homosexualidade. Por eu não me aceitar quando não falo com ele, tudo isso me deixava mal. O máximo que queria era abraçar ele e ele me falar que nada disso importa, mas ele não estava. Nem nunca poderia.

Abracei o travesseiro. Primeiro clarão, depois o barulho. Iria ser uma longa noite, de novo, sem ele. E a nova decisão tomada.