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Lauany narrando.

Paola: Então fica assim amiga, amanhã!
Lauany: Combinado gata!
-Nos despedimos com dois beijos no rosto, ela entrou no seu carro e eu fui em direção a minha moto. Procurava a chave na bolsa quando senti algo gelado enconstando na minha coluna e uma respiração quente atrás de mim.
XxX: Quietinha loira e ninguém se machuca.
-De canto de olho eu vi um rapaz moreno com cara de cão raivoso.
Lauany: Pode levar tudo, só não me machuca.
-Pedi nervosa.
XxX: É tudo mermo loirinha, incluindo tu!
-Ele riu nervoso.- Saí andando comigo como se nada tivesse acontecendo e tu não se machuca.
Lauany: Pelo amor de Deus não me leva!
-Implorei com o choro entalado na garganta.- Eu me acerto com o Pezão, mas por favor não me leva.
XxX: Rápido loirinha, ou o bagulho vai estrala p tu aqui mermo.
-Assenti com lágrimas nos olhos, saímos apressados do estacionamento da faculdade, ele me guiava agarrado na minha cintura.
Atravessamos a rua, um Corolla prata parado com dois homens enormes nos esperava.
Eu nunca havia visto eles antes no Alemão, ó céus, o que será que o Pezão está pretendendo.
XxX: Toca, toca, toca.
-Falou me empurrando pra dentro do carro no banco de trás.
XxX2: E ai Rato, faz a mina dormir pá num dá pique pros cu azul.
XxX: Já é.
-Ele catou no bolso um vidrinho e em seguida uma toalhinha.
Lauany: Não... Não por favor...

Pedi com medo e a primeira lágrima desceu, ele deu um sorriso de orelha à orelha e eu pude ver um dente de ouro, ele não era do Alemão e sim da Rocinha, soldado do Coringa, durinha com Deus que o meu cu trancou.
Ele veio sorrindo e balançando a cabeça positivamente pra mim com o pano encharcado com aquela substância, o cara que dirigia corria muito, nem consegui lutar, ele encostou aquele pano no meu nariz, meu estômago embrulhou roncando, meu nariz ardeu demais e eu não vi mais nada.

4/10

VIDA DO TRÁFICO - LIVRO 2 (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora