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Coringa narrando.

Coringa: Joga o corpo dessa mina lá no Alemão.
-Falei sem cerimônias
XxX: E ai chefe, tudo certo.
-Disse parando na minha frente.
Coringa: Achou a mãe dela?
XxX: Tá ali fora chefe.
-Assenti com a cabeça e fui encontrar com ela, minha sogra.
Inácia: Kauã! Cadê a Tatiane Kauã!
-Veio por cima de mim me batendo.- Você prometeu cuidar dela, tirou ela da família dela pra ela morrer assim Kauã?
-Ela disferia uma sequência de tapas e murros no meu peito- Quem fez isso com ela Kauã, cadê a minha menina.
-Desfez a guarda virando chorar, eu meio que sem jeito abracei ela.

Sempre fui muito claro com todos que a Tati era a mulher da minha vida, minha dama, minha fiel, minha arlequina. Ela que me mantinha nos trilhos e tu saber que perdeu toda sua base por uma mensagem do cara que tu mais odeia e esse mesmo cara ter sido quem tirou ela te transforma.

Coringa: Eu vou atrás dele dona Rita, e eu vou beber o sangue dele.
-Ela se soltou de mim limpando as lágrimas.
Rita: Você pode fazer o que quiser, mas depois de guardar os 7 dias da minha filha. É o mínimo que vce pode fazer já que falhou com ela.
-Assenti com o corpo todo tomado pelo ódio, voltei pra sala da boca e peguei 5 pinos de cocaína, fiz umas carreiras de qualquer jeito puxei tudo pra dentro.

As palavras "já que você falhou", se repetia diversas e diversas vezes, maldito Pezão. Enchi um copo com whisky mas a imagem da Tati vinha na mente a cada gole, peguei minhas seringas na gaveta e ejetei em mim sentindo aquilo me ligar.

Coringa: DESGRAÇADO!
-Joguei o copo na parede de madeira vendo o mesmo estraçalhar.

VIDA DO TRÁFICO - LIVRO 2 (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora