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(3 dias depois e 3 dias antes do réveillon)

Pezão narrando.

Lia: Chefe, acorda aí!
-Me cutucou na cadeira e eu acordei assustado.
Pezão: Vish, bati a nave que nem vi.
-Passei a mão sobre o rosto espreguiçando.
Lia: Lais acordou.
-Disse como se fosse a coisa mais natural do mundo, como se a Laís tivesse tirando o cochilo depois do almoço.
Pezão: Porra, e tu fala isso assim?
-Levantei me ajeitando.- Cadê a dona Luiza?
-Procurei ela com os olhos.
Lia: Tá insistindo pro médico deixar ela entrar.
-Fomos caminhando o saguão do hospital até a sala do doutor Marcelo.
Lia: Eu quero ver ela também viu?
-Disse quando paramos na porta do quarto 16, depois de molhar a mão do coroa.
Luiza: Eu vou primeiro.
Pezão: Eu vou junto!
Enfermeira: Um de cada vez ou ninguém!
-Parou na frente da porta nos fitando.
Pezão: Vai a senhora primeiro.
-Ela balançou a cabeça assentindo e entrou, pelas frestas da janela eu vi a minha mulher deitada naquela cama.
Lia: Agora a gente descobre tudo o que rolou.
Pezão: Verdade loirinha.
-Uma pá de tempo depois a dona Luiza saiu, ele estava com os olhos vermelhos e levemente inchados, nem rendi assunto e ela passou batido.
Lia: Vou atrás dela, já volto.
-Assenti, minhas mãos suavam e meu coração estava acelerado. Abri a porta e os nossos olhos se encontraram.
Pezão: Laís?
-Me aproximei da cama, ela tinha vários hematomas pelo corpo, o que me fez pulsar de raiva.- Como você tá?
Laís: Com dor né!
-Disse óbvia.- Mas quem é você moço?

VIDA DO TRÁFICO - LIVRO 2 (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora