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Lauany narrando.

Coringa: Acorda bela adormecida!
-Senti alguém alisar meu rosto, meus olhos se abriram com certa dificuldade, meu nariz ardia muito.
Lauany: Aonde eu to?
Coringa: Hum, deixa eu pensar.
-Fez cara de pensativo.- Na casa do João e Maria!
-Falou gargalhando.
Lauany: Você é o Coringa né?
-Ele continuava gargalhando como se eu tivesse contando uma piada, do nada ele ficou sério e me olhou.
Coringa: Presta bem atenção no que eu vou te falar agora.
-Segurou o meu rosto com força.
Lauany: Eu to ouvindo, só não me machuca.
Coringa: Você tem duas opções, tá vendo aquela bandeija ali?
-Olhou pro canto e eu acompanhei o olhar dele, assenti com a cabeça enquanto ele esmagava o meu maxilar.
Coringa: Então bonitinha, ou você arranca a suas cinco unhas da mão direita com um alicate que tem lá, ou eu venho e arranco seus dedos das duas mãos.
Lauany: Que?
Coringa: É isso mesmo que você ouviu.
-Me soltou e se levantou.- Você tem... deixa eu ver...
-Olhou pro relógio dourado enorme que ele tinha no punho.- Dez minutos, só porque eu to de bom humor. Minha mulher está bem, eu não deveria ter te pegado sabe, mas é que eu tava com muito ódio do seu maridinho.
Lauany: Que maridinho?
Coringa: Anda logo inocente.
-Me ergueu do chão pelos cabelos.- Estou te soltando, mas não faça a besteira te tentar fugir tá? Meus cachorrinhos estão com muita fome hoje, não seria uma boa.
-Disse óbvio e tirou a fita que segurava meus punhos juntos.
Lauany: Não faz isso, por favor.
Coringa: Tic tac! Assim faz o relógio.
-Ele saiu e deu dois toques no portão de lata, alguém abriu pra ele e ele sumiu.
Lauany: Ô meu Deus, me ajude!

9/10

VIDA DO TRÁFICO - LIVRO 2 (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora